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segunda-feira, 10 de junho de 2019

COMO ÓLEO NA ÁGUA, AS IDÉIAS MARXISTAS CONTINUAM VINDO SEMPRE À TONA – 1

Afirmação de Marx em 1879, aos 61 anos
dalton rosado
AS TESES IRREFUTÁVEIS
DE KARL MARX
Nenhum pensador sobre economia é tão atual quanto Karl Marx. Suas principais teses sobre a dita cuja, todas críticas, ainda que duramente contestadas pelos defensores da sociedade do capital, permanecem válidas e sendo cada vez mais confirmadas pelo desenrolar dos acontecimentos. 

Considero que as teses políticas de Karl Marx não têm a mesma consistência das suas teses econômicas. Aliás, há contradições entre elas, o que não significa que devamos rejeitar a crítica da economia política marxiana em razão dos equívocos de proposições políticas pouco consistentes do marxismo tradicional (o qual não pode ser dissociado do leninismo, que adiante lhe daria forma detalhada). 

O marxismo-leninismo sempre foi bom em guerra de movimento (de conquista do poder), mas falho em guerra de posição (realização do sonho comunista), motivo pelo qual não sobreviveu à corrosão implacável da história.

Por seu turno, a crítica da economia política marxiana permanece cada vez mais confirmada por essa mesma história. Os críticos do marxismo se aferram ao marxismo tradicional na impossibilidade de refutarem consistentemente as teses marxianas da crítica da economia política.

Não é por menos que o capitão presidente Boçalnaro (e outros ignaros) tenta relacionar todos os movimentos de reconhecimento de direito da sociedade civil como o caminho da bolivarização venezuelana, por ele citada como mantra para qualquer situação.
"nenhum pensador sobre economia é tão atual quanto Marx"

O marxismo tradicional, mesmo quando bem intencionado, quedou perante as imposições fetichistas e ditatoriais da mediação social da forma-valor, na qual todas as relações de produção se dão a partir da produção da mercadoria (tudo nela é mercadoria, principalmente a força de trabalho do Estado dito proletário), bem como todas as nossas emoções, em maior ou menor grau, estão contaminadas por sua interveniência nefasta. 

A crítica da economia política é exatamente o contrário do marxismo-leninismo, já que nela a primeira tese levantada é a crítica da mercadoria, por vezes tida como incompreensível pelos próprios marxistas e tratada como devaneios filosóficos sem maior importância. 

Tal tese se encontra logo no primeiro capítulo d'O Capital, sua obra principal, derivada  dos Grundrisse (que, embora sejam rascunhos dos estudos sobre a crítica da economia política –portanto, um livre pensar de reflexões sem obrigação publicitária– são indispensáveis para o aprofundamento desta questão). 

A guinada do pensamento de Marx se deu quando começou a estudar a essência dos mecanismos sob os quais se funda o capitalismo, estudos esses que ele iniciou ainda jovem, com 26 anos, ao escrever os Manuscritos Econômico-Filosóficos em 1844.

Ali se encontram os primeiros esboços de Marx sobre o significado do salário e do trabalho alienado, do lucro do capital, da renda da terra, da propriedade privada, das relações comunistas, ainda sem a profundidade a que ele só chegaria anos mais tarde.  
A heroica Comuna de Paris: primeira tentativa da humanidade de livrar-se dos grilhões do escravismo
Na juventude, Marx se dividia entre o político revolucionário e o cientista capaz de perscrutar a essência das relações de produção capitalistas e sua negatividade.

A Europa vivia os tempestuosos momentos das transições monárquico-eclesiásticas feudais para o republicanismo iluminista burguês que parecia revolucionário (e o era em relação ao absolutismo feudal) ao mesmo tempo em que fervilhavam as ideias dos socialistas utópicos Pierre–Joseph Proudhon, Charles Fourrier, Saint-Simon, Robert Owen e outros, tendo a França como cenário icônico das transformações derivadas das marchas e contramarchas da revolução republicana francesa do final do século 18.

O sentimento revolucionário de então envolveu Marx e Engels de tal forma que a ação política requeria ações imediatas num quadro de capitalismo ascendente, e que, diante das agruras relativas a esse momento de transição, terminou por desembocar na Comuna de Paris em 1871, como primeira tentativa da humanidade de livrar-se dos grilhões do escravismo. 
As condições conjunturais demonstraram cedo a força das correntes conservadoras do poder; a inconsistência dos rumos a serem tomados diante da dubiedade de proposições revolucionárias desembocou numa tomada de poder abrupta; e o movimento revolucionário comunista foi logo sufocado.
Por Dalton Rosado
Mas, a obra de Marx não foi escrita para um espaço de tempo imediatista, razão pela qual ele afirmou nos Grundrisse que, quando a tecnologia aplicada à produção mercantil atingisse um estágio de desenvolvimento que prescindisse em maior parte do trabalho assalariado, isto faria voar pelos ares de toda a lógica capitalista fundada nessa base reduzida. 
(continua neste post)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

RETROCESSOS HISTÓRICOS NÃO DURAM MUITO; CIRCOS DE HORRORES PASSAM E A MARCHA PARA A CIVILIZAÇÃO PROSSEGUE

"O Brasil passa por seu pior retrocesso histórico desde 1964"
Uma velha tese marxista é a da alternância de fluxos e refluxos revolucionários.

O ascenso atinge um ponto máximo e, se a revolução não ocorre, sobrevém um período de pasmaceira e recuo, quando somos obrigados a nos manter em defensiva estratégica, acumulando forças para a onda seguinte.

Isto me parecia mais uma bela teoria do que algo real, até vê-lo acontecer no Brasil.

Houve um avanço impressionante, teórico e prático, ao longo de 1968, quando passamos a ter total clareza sobre o inimigo e sobre como tínhamos  de agir contra ele.

A correlação de forças, entretanto, nos era adversa demais. Não havia como vencermos.

Pior: fomos à luta com o que tínhamos de melhor, expondo quadros formados ao longo de décadas; e perdemos boa parte deles.

Então, disse-me um velho amigo sergipano, o que sobrou para reorganizar a esquerda foi a raspa do fundo do tacho.
Lamarca preferiu morrer como combatente

Eu não iria tão longe, mas era gritante a diferença qualitativa entre muitos dos companheiros tombados e parte dos que ascenderam depois do dilúvio.

Até porque alguns destes últimos eram os que haviam optado pela autopreservação naquele momento no qual os que tinham espírito de verdadeiros revolucionários não conseguiam ver-se a si mesmos fora da luta, por mais perigosa, até suicida, que ela se revelasse.

[ou alguém acredita que o comandante Carlos Lamarca, ao resistir aos insistentes apelos dos companheiros para que se pusesse a salvo no exterior, tenha perseverado por ainda acreditar na existência de chances de vitória naquele devastador ano de 1971?]

Até hoje a esquerda sofre com essas perdas. Até hoje não atingiu de novo os marcos então alcançados.

O que explica a posterior adesão a posições tão anacrônicas e desastrosas como:
— o apoio a ditadores sanguinários, na suposição de que seriam mal menor face ao imperialismo ianque (aos panfletários que utilizam tal expressão deve ter escapado o pequeno detalhe de que a guerra civil estadunidense terminou em 1865...), sem levar em conta que a desmoralização ao associarmos nossa imagem a tais abominações excede infinitamente os ganhos geopolíticos alegados – e não comprovados;
Francis já dizia: combate à corrupção é bandeira da direita
— o apoio a estados teocráticos, que faria Marx surtar se ainda estivesse vivo, pois o velho barbudo passou a vida inteira tentando alavancar a marcha da civilização para estágios mais avançados de desenvolvimento, nunca a volta a um passado obscurantista (e não há obscurantismo mais nefasto do que o fanatismo religioso!);
— o combate à corrupção, que, como Paulo Francis já dizia nos tempos d'O Pasquim, é bandeira da direita, pois desmoraliza a política e políticos como um todo, tornando o povo descrente da possibilidade de mudar seu destino, além de levar água para o moinho dos golpistas de direita;
— a bandeira do combate à privatização, como se empresas e órgãos públicos, sob o Estado atual, já não estivessem sob o controle indireto dos capitalistas, e como se fizesse grande diferença tal controle ser direto ou indireto; e
— a desistência de organizar o povo para uma transformação em profundidade da sociedade brasileira, preferindo apostar em pequenas melhoras sob o capitalismo, obtidas pela via eleitoral, sob estrita obediência aos valores republicanos.
Cada vez que tocava num destes pontos, defendendo posições que no segundo semestre de 1968  já nem mais se discutiam de tão axiomáticas se haviam tornado, eu era alvo de algumas críticas civilizadas e de muitas desqualificações primárias por parte de cidadãos que perderam ou jamais adquiriram o hábito de discutir cordialmente com outros expoentes do seu campo, acabando por se mostrarem mais virulentos contra os ditos cujos do que contra o próprio inimigo.

Recuos esporádicos não detêm a marcha da História
Mesmo assim, nestes dias em que o Brasil passa por seu pior retrocesso civilizatório desde o golpe de 1964 (e no qual, por infeliz coincidência, eu vejo ruir mais uma vez meu castelo de cartas pessoal), só uma coisa é certa: perseverarei até o fim com minhas heresias, convicto de estar expressando os valores e posturas do ápice da última onda revolucionária, que serão o ponto de partida da próxima.

As fases de refluxo podem até durar algumas décadas mas têm fim, pois a humanidade acaba sempre retomando sua caminhada para a frente.

Então, como Marx e Engels vislumbraram ainda no século 19, a História não acabou nem acabará até que tenhamos chegado ao ponto final de nossa evolução: o
reino da liberdade, para além da necessidade, sem classes, sem estados, sem fronteiras, tendo a concretização do bem comum como prioridade máxima de nossas existências. (Celso Lungaretti)

sexta-feira, 15 de junho de 2018

HÁ 90 ANOS NASCIA ERNESTO CHE GUEVARA, O ÚLTIMO GRANDE REVOLUCIONÁRIO INTERNACIONALISTA

O mito de Che Guevara expõe uma fratura na teoria e prática da esquerda mundial: grande parte dela desistiu, provisória ou definitivamente, de unir os proletários de todos os países numa maré revolucionária que varra o planeta, conforme Marx e Engels pregaram desde o Manifesto do Partido Comunista de 1848.

Levando em conta não só que os trabalhadores do mundo inteiro estavam irmanados pela sina de terem uma substancial parcela da riqueza que geravam (a mais-valia) expropriada pelo patronato, como também que a exploração capitalista havia subjugado países e culturas, submetendo proletários de todos os quadrantes a uma mesma lógica de dominação, os papas do marxismo profetizaram que o socialismo seria igualmente implantado em escala global, começando pelas nações de economias mais avançadas e progressivamente se estendendo a todas as outras.

O movimento revolucionário foi, pouco a pouco, conquistado pela premissa teórica do internacionalismo, ainda mais depois que a heróica Comuna de Paris foi esmagada em 1871 pela ação conjunta de tropas reacionárias francesas com o invasor alemão. Se as nações capitalistas conjugariam suas forças para sufocar qualquer governo operário que fosse instalado, então os movimentos revolucionários precisariam também transpor fronteiras, para terem alguma chance de êxito – foi a conclusão que se impôs.
Internacional Socialista, que havia sido fundada sete anos antes, soçobrou principalmente devido ao impacto da derrota da Comuna de Paris sobre o conjunto do movimento operário europeu, mas a semente plantada frutificou na poderosa 2ª Internacional, que aglutinou em 1889 os grandes partidos socialistas consolidados nesse ínterim.

A bonança, entretanto, não fez bem a esses partidos. Muitos dirigentes, deslumbrados com os  aparelhos  conquistados, passaram a querer mantê-los a qualquer preço, lutando por melhoras para a classe operária do seu próprio país, em detrimento da solidariedade internacional. E teorizaram que o socialismo poderia surgir a partir das reformas realizadas pacificamente e do crescimento numérico da classe média, sem necessidade de uma revolução.
A deflagração da 1ª Guerra Mundial cindiu definitivamente o movimento revolucionário: os reformistas acabaram alinhados com os governos de seus respectivos países no esforço guerreiro, enquanto os marxistas conclamaram os proletários a não dispararem contra seus irmãos de outras nações.

Lênin, Trotsky e Rosa Luxemburgo encabeçaram a reação contra os (por eles designados pejorativamente como)  sociais-patriotas  e os trâmites para a fundação da 3ª Internacional, contraponto àquela que perdera sua razão de ser.

O SOCIALISMO NUM SÓ PAÍS – Em 1917, surgiu a primeira oportunidade de tomada de poder pelos revolucionários desde a Comuna de Paris. E os bolcheviques discutiram apaixonadamente se seria válida uma revolução em país tão atrasado como a Rússia – uma verdadeira heresia à luz dos ensinamentos marxistas.

Para Marx, o socialismo viria distribuir de forma equânime as riquezas geradas sob o capitalismo, de forma que beneficiassem o conjunto da população e não apenas uma minoria privilegiada. Então, ele sempre augurara que a revolução mundial começaria nos países capitalistas mais avançados, como a Inglaterra, a França e a Alemanha.
Um governo revolucionário na Rússia seria obrigado a cumprir tarefas características da fase da acumulação primitiva do capital, como a criação de infra-estrutura básica e a industrialização do país. O justificado temor de alguns dirigentes bolcheviques era de que, assumindo tais encargos, a revolução acabasse se desvirtuando irremediavelmente.

Prevaleceu, entretanto, a posição de que a revolução russa seria o estopim da revolução mundial, começando pela tomada de poder na Alemanha. Então, alavancada e apoiada pelos países socialistas mais prósperos, a construção do socialismo na Rússia se tornaria viável.
Os bolcheviques venceram, mas seus congêneres alemães foram derrotados em 1918. A maré revolucionária acabou sendo contida no mundo inteiro e, como se previa, várias nações capitalistas se coligaram para combater pelas armas o nascente governo revolucionário. Mesmo assim, o gênio militar de Trotsky acabou garantindo, apesar da enorme disparidade de forças, a sobrevivência da URSS.

Quando ficou evidente que a revolução mundial não ocorreria tão cedo, a União Soviética tratou de sair sozinha da armadilha em que se colocara. Devastada e isolada, precisou criar uma economia moderna a partir do nada.
Nenhum ardor revolucionário seria capaz de levar as massas a empreenderem esforços titânicos e a suportarem privações dia após dia, indefinidamente. Só mesmo a força bruta garantiria essa mobilização permanente, sobre-humana, de energias para o desenvolvimento econômico. A tirania stalinista cumpriu esse papel.

A revolução nunca mais voltou aos trilhos marxistas. Como único país dito socialista, a URSS passou a projetar mundialmente seu modelo despótico, que encontrou viva rejeição nas nações avançadas. Nestas, as únicas adesões não se deveram à atuação política dos trabalhadores, mas sim às baionetas do Exército Vermelho, quando da vitória sobre o nazismo.
Tomada autêntica de poder houve em outros países pobres e atrasados, como a China, Cuba, Vietnã e Camboja. E todos repetiram a trajetória para o modelo autoritário do socialismo num só país  stalinista.

UM GRANDE MITO LIBERTÁRIO – Este é o quadro sobre o qual se projeta a figura impressionante de Che Guevara. Totalmente identificado com Fidel até a tomada de poder e durante os primórdios do governo castrista, ele acabou percebendo que o socialismo de seus sonhos não seria possível numa ilha pobre, asfixiada pelo embargo comercial estadunidense e obrigada a sujeitar-se às imposições da URSS em troca de ajuda econômica e proteção militar.
Seguindo o exemplo de Garibaldi e Bolívar, ele foi lutar noutros países. Abriu mão do poder e de honrarias para efetuar tentativas desesperadas de romper o isolamento da revolução cubana. E, após sua morte, acabou se tornando o símbolo maior do internacionalismo revolucionário.

Seu exemplo e seu martírio inspiraram os jovens que, em 1968, protagonizaram a última maré revolucionária. Tanto os marxistas que foram à luta armada, quanto os neo-anarquistas que barricaram Paris e cercaram o Pentágono, tinham Che como símbolo.

Tornou-se o maior mito libertário do nosso tempo, alimentando as esperanças de que ainda aconteça aquela revolução com a qual os melhores seres humanos sempre sonharam e Marx tão bem delineou, o reino da liberdade, para além da necessidade, em que:
  • cada cidadão contribua no limite de suas possibilidades para que todos os cidadãos tenham o suficiente para suprirem as suas necessidades e desenvolverem plenamente as suas potencialidades; e
  • o estado desapareça, com os cidadãos assumindo a administração das coisas como parte de sua rotina e a ninguém ocorra administrar os homens, já que eles serão, para sempre, sujeitos da sua própria História.
Para os esquerdistas que consideram irrealizável a utopia marxista e defendem situações intermediárias, o mito de Che evoca a rebelião jovem de 1968, por eles tão execrada. Daí reverenciarem Guevara apenas por obrigação.

Já aqueles que (como eu) acreditam que a retomada revolucionária se dará a partir dos marcos atingidos em 1968, estes sim são verdadeiramente entusiastas do mito  Che Pueblo.
Observação: os intérpretes não identificados nas janelas acima são Caetano Veloso (Soy loco por ti, America), Quilapaiún (Canción fúnebre para el Che Guevara) e Inti-Illimani (Carta al Che).

sábado, 24 de fevereiro de 2018

FRASES QUE NÃO CONSTAM DO 'MANIFESTO DA UNIDADE DA ESQUERDA PARA RECONSTRUIR O CAPITALISMO BRASILEIRO'

"Ser governado é ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legisferado, regulamentado, depositado, doutrinado, instituído, controlado, avaliado, apreciado, censurado, comandado por outros que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude.

Ser governado é ser, em cada operação, em cada transação, em cada movimento, notado, registrado, arrolado, tarifado, timbrado, medido, taxado, patenteado, licenciado, autorizado, apostilado, admoestado, estorvado, emendado, endireitado, corrigido.

É, sob pretexto de utilidade pública e em nome do interesse geral, ser pedido emprestado, adestrado, espoliado, explorado, monopolizado, concussionado, pressionado, mistificado, roubado.

Depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, corrigido, vilipendiado, vexado, perseguido, injuriado, espancado, desarmado, estrangulado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, para não faltar nada, ridicularizado, zombado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis sua justiça, eis sua moral!

E dizer que há entre nós democratas que pretendem que o governo prevaleça; socialistas que sustentam esta ignomínia em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade; proletários que admitem sua candidatura à presidência! Hipocrisia!" (PIERRE-JOSEPH PROUDHON)

"Onde quer que tenha chegado ao poder, a burguesia destruiu todas as relações feudais, patriarcais e idílicas. Dilacerou impiedosamente os variegados laços feudais que ligavam o ser humano a seus superiores naturais, e não deixou subsistir entre homem e homem outro vínculo que não o interesse nu e cru, o insensível 'pagamento em dinheiro'.

Afogou nas águas gélidas do calculo egoísta os sagrados frêmitos da exaltação religiosa, do entusiasmo cavalheiresco e do sentimentalismo pequeno-burguês. Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca e no lugar das inúmeras liberdades já reconhecidas e duramente conquistadas colocou unicamente a liberdade de comércio sem escrúpulos.

Numa palavra, no lugar da exploração mascarada por ilusões políticas e religiosas ela colocou um exploração aberta, despudorada, direta e árida." (KARL MARX e FRIEDRICH ENGELS)

"Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo." (Proudhon)

"Até agora os filósofos se preocuparam em interpretar o mundo, de diversas maneiras. O que importa é transformá-lo." (Marx e Engels)

"Se o capitalismo é incapaz de satisfazer as reivindicações que surgem infalivelmente dos males que ele mesmo engendrou, então que morra!" (LEON TROTSKY)

"A propriedade é o roubo." (Proudhon)

"De cada um, de acordo com suas habilidades, a cada um, de acordo com suas necessidades." (Marx e Engels)

"O primeiro homem que inventou de cercar uma parcela de terra e dizer 'isto é meu', e encontrou gente suficientemente ingênua para acreditar nisso, foi o autêntico fundador da sociedade civil. De quantos crimes, guerras, assassínios, desgraças e horrores teria livrado a humanidade se aquele, arrancando as cercas, tivesse gritado: 'Não, impostor!'" (Jean-Jacques Rousseau)

"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempos de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar." (BERTOLD BRECHT)

"A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo." (Marx)

"Pereça a pátria e salve-se a humanidade." (Proudhon)

"Que meu país morra por mim." (JAMES JOYCE)

"A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos." (Marx)

"Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados."  (Che Guevara)
Essas pessoas na Praça dos 3 Poderes são ocupadas em nascer e morrer

sábado, 4 de novembro de 2017

FRASES QUE TODOS DEVERIAM CONHECER

"Ser governado é ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legisferado, regulamentado, depositado, doutrinado, instituído, controlado, avaliado, apreciado, censurado, comandado por outros que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude.

Ser governado é ser, em cada operação, em cada transação, em cada movimento, notado, registrado, arrolado, tarifado, timbrado, medido, taxado, patenteado, licenciado, autorizado, apostilado, admoestado, estorvado, emendado, endireitado, corrigido.

É, sob pretexto de utilidade pública e em nome do interesse geral, ser pedido emprestado, adestrado, espoliado, explorado, monopolizado, concussionado, pressionado, mistificado, roubado.

Depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, corrigido, vilipendiado, vexado, perseguido, injuriado, espancado, desarmado, estrangulado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, para não faltar nada, ridicularizado, zombado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis sua justiça, eis sua moral!

E dizer que há entre nós democratas que pretendem que o governo prevaleça; socialistas que sustentam esta ignomínia em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade; proletários que admitem sua candidatura à presidência! Hipocrisia!" (PIERRE-JOSEPH PROUDHON)
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"Onde quer que tenha chegado ao poder, a burguesia destruiu todas as relações feudais, patriarcais e idílicas. Dilacerou impiedosamente os variegados laços feudais que ligavam o ser humano a seus superiores naturais, e não deixou subsistir entre homem e homem outro vínculo que não o interesse nu e cru, o insensível 'pagamento em dinheiro'.

Afogou nas águas gélidas do calculo egoísta os sagrados frêmitos da exaltação religiosa, do entusiasmo cavalheiresco e do sentimentalismo pequeno-burguês. Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca e no lugar das inúmeras liberdades já reconhecidas e duramente conquistadas colocou unicamente a liberdade de comércio sem escrúpulos.

Numa palavra, no lugar da exploração mascarada por ilusões políticas e religiosas ela colocou um exploração aberta, despudorada, direta e árida." (KARL MARX e FRIEDRICH ENGELS)
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"Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo." (Proudhon)

"Até agora os filósofos se preocuparam em interpretar o mundo, de diversas maneiras. O que importa é transformá-lo." (Marx e Engels)

"Se o capitalismo é incapaz de satisfazer as reivindicações que surgem infalivelmente dos males que ele mesmo engendrou, então que morra!" (LEON TROTSKY)

"A propriedade é o roubo." (Proudhon)

"De cada um, de acordo com suas habilidades, a cada um, de acordo com suas necessidades."(Marx e Engels)

"O primeiro homem que inventou de cercar uma parcela de terra e dizer 'isto é meu', e encontrou gente suficientemente ingênua para acreditar nisso, foi o autêntico fundador da sociedade civil. De quantos crimes, guerras, assassínios, desgraças e horrores teria livrado a humanidade se aquele, arrancando as cercas, tivesse gritado: 'Não, impostor!'" (Jean-Jacques Rousseau)

"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempos de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar." (BERTOLD BRECHT)

"A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo." (Marx)

"Pereça a pátria e salve-se a humanidade." (Proudhon)

"Que meu país morra por mim." (JAMES JOYCE)

"A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos." (Marx)

"Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados."  (Che Guevara)

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

AINDA PODE SER VISTO O FILME COMPLETO E LEGENDADO SOBRE OS PRIMÓRDIOS DE MARX E ENGELS, ATÉ CRIAREM O 'MANIFESTO'

Se você, caro leitor, chegou até aqui e não se deparou com o filme que prometi, devo-lhe uma explicação e algumas dicas de como ainda encontrá-lo na web.

Eu o achei disponibilizado no Youtube na 2ª feira, 2, e não pensei que a empresa proprietária dos direitos autorais (California Filmes) fosse tão rapidamente exigir sua retirada do ar. É indício de que o lançará nos cinemas ou em DVD/blu ray dentro em breve.

Felizmente, encontrei uma página do Facebook na qual O Jovem Karl Marx está postado e ainda pode ser assistido on line: esta.

Tenho também dois links a sugerir àqueles que sabem baixar filmes: este (pelo Mega) e este (por torrent).

Suponho ser desnecessário avisar que, tanto quanto no Youtube, tudo isso pode mudar rapidamente. Então, recomendo aos interessados n'O Jovem Karl Marx que façam jogo rápido.

"Com pouco mais de 20 anos, Marx conheceu em Paris Friedrich Engels, o filho de um industrial de Wuppertal, que trazia consigo uma rica experiência da Inglaterra. Em Manchester, seu pai tinha uma tecelagem.

Marx e Engels ficaram amigos. Junto a Jenny, esposa de Karl Marx, os jovens desenvolveram o Manifesto Comunista. O texto deveria reunir tudo o que os três consideravam importante observar numa época de grandes mudanças sociais.

O filme acompanha a juventude de Marx e Engels, delineia a amizade inabalável entre os dois e mostra como um trio único nasce a partir das dificuldades que eles viveram durante a sua turbulenta juventude."

Assim o diretor e roteirista haitiano Raoul Peck introduz seu O jovem Karl Marx (2017), que reconstitui a trajetória de Marx (August Diehl), Engels (Stefan Konarske) e Jenny (Vicky Krieps) entre Paris, Bruxelas e Londres, nos primeiros cinco anos de sua amizade e colaboração intelectual, até criarem um dos livros mais influentes da história da humanidade, o Manifesto do Partido Comunista.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

DALTON ROSADO: "POR UM MANIFESTO EMANCIPACIONISTA".

"Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o
que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos
como os nossos pais..." (Belchior)
.
Faz-se necessária a proposição de linhas gerais de um Manifesto Emancipacionista, como reflexão sobre a necessidade urgente de superação das muitas categorias capitalistas desenvolvidas desde 3 mil anos. Tomamos inicialmente, como exemplo, o instituto jurídico da propriedade.

Quando se institui o instituto jurídico da propriedade (mais uma abstração tornada real), está-se, implicitamente, derrogando a força do instituto natural e justo da posse necessária ao uso individual e coletivo. É para isto que o instituto jurídico da propriedade foi inventado; ele é um construto da forma-valor e carrega em si a negatividade daquilo que lhe deu forma. Dá forma jurídica à coerção do poder do Estado, à detenção da acumulação do capital em seu conteúdo social segregacionista.

As pessoas geralmente defendem a propriedade porque a confundem com o direito de posse, que no direito burguês é inferior ao direito de propriedade. Com a propriedade se derroga, em maior parte, a posse.

O que as pessoas destituídas de qualquer propriedade mais almejam é um dia serem proprietárias (como de uma casa para morar, p. ex.); então, defendem, sem o perceber, aquilo que não passa da resultante jurídica da acumulação capitalista da riqueza abstrata que a oprime. Mais uma vez a inconsciência da sociedade sobre seu modo social de ser fica evidenciada.

Na verdade, caso fosse instituída a soberania do direito de posse individual para uso das casas e, assim, se assegurasse o direito à moradia (hoje negado para grande parte da população), todos aqueles beneficiados com a partilha das moradias veriam a posse como um direito natural e o direito à propriedade como abstração jurídica injusta.  

O direito de propriedade, que permite a acumulação individual de muitos bens transformados em mercadorias (centenas de casas nas mãos de único proprietário, para seguir no exemplo citado), nada mais é do que um grande acúmulo de horas de trabalho abstrato (valor) que foram subtraídas dos trabalhadores por meio da extração de mais-valia, permitindo tal acúmulo. 

A existência do direito de propriedade se constitui num exemplo claro do direito legislado como negação da realização do ideal de justiça ao qual, teoricamente, se propõe. A propriedade é a expressão do direito como a antítese da justiça. Não faz muito tempo que a legislação permitia a propriedade de um ser humano, trazido acorrentado da África e aqui submetido à escravidão. 

Mas, a questão não se cinge apenas ao combate ao direito de propriedade. Ele não é causa, mas efeito. Da mesma forma, a questão não se cinge apenas à transferência da extração de mais-valia das mãos privadas e acumulação de propriedade nas mãos do Estado. A extração de mais-valia é efeito da forma-valor e não a causa da dita cuja, embora se constitua no seu mecanismo funcional via trabalho abstrato, este sim a sua substância primária. 

Não basta transferir a propriedade e a extração de mais-valia das mãos privadas para as mãos estatais como quis o marxismo do movimento operário, exotérico. Este foi apenas o momento da luta pela afirmação e da busca de direitos dentro da imanência capitalista no seu processo de modernização. 
A questão que se coloca agora é a superação da forma-valor como modo de mediação social, pois só assim estaremos erradicando o mal pela raiz.     

Com a forma-valor se instalou um critério fetichista de relação social, sem sujeito personalíssimo, criando-se o sujeito automático (Marx) decorrente de uma lógica que tomou conta do seu criador (os seres humanos) e que se constitui numa estrutura por trás das costas dos envolvidos, os quais, inconscientemente, atuam como meras peças de uma engrenagem autofágica que transforma energia humana concreta numa abstração real (o dinheiro, expressão materializada da forma-valor).
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AGORA O PAPO É OUTRO
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Pela primeira vez no curso da evolução histórica do capitalismo atingimos o estágio no qual se faz inadiável a discussão sobre a inviabilidade do capital como modo de mediação social, juntamente com todas as categorias que lhe dão suporte.  
Antes, o capitalismo vivia a sua fase de ascensão, ainda que imposta sobre um rastro de sangue e desigualdade. A questão que se coloca agora é a sua, cada vez mais evidente, incapacidade de prover a vida social. 

Hoje em dia, quem (re)lê o Manifesto Comunista de Marx e Engels (1848) constata sua importância histórica elucidativa de um momento, mas, também, uma falta de sintonia com os tempos atuais. Aquele documento buscava a defesa de direitos para os trabalhadores dentro da imanência capitalista; eram possíveis de ser obtidos, tanto que muitos deles seriam conquistados (principalmente nas nações capitalistas desenvolvidas).

Era o que dava para ser feito num momento em que a industrialização ainda tinha muito terreno a percorrer e se queria apenas combater a brutal exploração perpetrada pelo capital, mas não negá-lo como forma de mediação social pseudo-libertadora. 

A extração de mais-valia absoluta (e não mais-valia relativa, como agora ocorre) era a tônica, sendo os trabalhadores submetidos a jornadas massacrantes de trabalho, frequentemente sob condições insalubres. A defesa dos direitos trabalhistas estava na pauta (como hoje volta a estar, mas sem chances de sucesso).

Assim, a questão se cingia à luta de classes, cujo foco seria a vitória da classe trabalhadora sobre a classe capitalista, como se isso representasse o fim do capitalismo; e se supunha que o Estado proletário, mesmo sem uma efetiva superação do capitalismo (cujo controle teria apenas trocado de mãos),  conseguisse promover a igualdade social.   

Reivindicar o fim da mais-valia subtraída aos trabalhadores pelo ente privado não significava, entretanto, abolir a produção de mercadorias, que implica, necessariamente, na sua extração. A Coréia do norte é capitalista de estado! 

Segundo o marxismo exotérico, a saída para tal impasse seria a entronização de um Estado proletário, no qual se continuasse produzindo mercadorias e extraindo mais valia, o que, contudo, passaria a ser feito em benefício do próprio trabalhador. Uma interpretação incongruente das teses de Marx, tornada possível por sua (então) falta de clareza sobre a dinâmica autotélica da forma-valor.

Sob o Estado proletário, a relação social sob a forma-valor seria tão-somente ontologizada, mudando-se a forma político-jurídica de sua ocorrência.       

Mais tarde Marx chegaria à essência da questão, compreendendo que não bastava reivindicar direitos, sendo necessário abolir a causa da opressão na sua base constitutiva ontológica. Os elementos do Marx exotérico da modernização capitalista davam lugar ao Marx esotérico da análise da natureza destrutiva e autodestrutiva da forma-valor que veio a seguir, embora ignorado pelos seus pretensos seguidores do século 20 (e, por muitos, até hoje!).    

Em O capital (sua obra definitiva, escrita de dez anos depois da publicação do Manifesto Comunista) é que se delineia com força a crítica da economia politica, como síntese daquilo que fora objeto dos seus estudos nos Grundrisse, escritos em cuja leitura se compreende melhor o antagonismo de conteúdo entre o Marx exotérico, reivindicador de direitos dentro da imanência capitalista, e o Marx esotérico, defensor da necessidade de superação do próprio capitalismo e de todas as suas categorias e construtos institucionais, sem a qual não se vai a lugar nenhum. 

Agora chegamos a uma situação-limite, na qual se faz necessária a elaboração de um Manifesto Emancipacionista, como continuidade histórica do Manifesto Comunista.  

A questão que se coloca atualmente não é mais a luta por direitos (que não virão!), em torno dos quais se digladiam situação e oposição políticas num hipócrita embate no qual tudo se resume à assunção ao poder político-burguês e não à sua superação como tal.

Ainda que isto esteja se tornando uma obviedade, ainda não foram delineados os alicerces fundamentais de uma superação que possa construir a nova sociedade sobre os escombros sociais e ecológicos da lógica capitalista. Tento aqui fazê-lo em linhas gerais, mesmo correndo o risco de ser incompreendido, tal é o grau de introjeção mental que o fetichismo da mercadoria atingiu, impedindo-nos de pensar fora da caixa.    

Entretanto, não me furto à indicação de alguns princípios indispensáveis à sua consecução: 
— uma administração de coisas (ao invés de administração de mercadorias), que nos permita retomarmos a razão sensível, ao invés de sermos teleguiados por uma lógica fetichista;
— a definição do direito à posse individual (para coisas de detenção pessoal), coletiva (para coisas coletivas) e públicas (para bens de uso público), com a extinção do direito de propriedade;   
— instituição do universalismo mundial (com a preservação das culturas regionais), no qual as carências de uma região sejam supridas pela abundância de outras, e vice-versa; 
— a supressão do Estado e de todos os seus poderes, mantenedores que são de uma relação social (capitalista) tornada obsoleta;   
— a decretação do fim do trabalho abstrato, passando todos os seus empregados e desempregados à condição de ativos contribuintes sociais; 
— a instituição de práticas ecológicas saudáveis, sem levarmos em conta o restritivo conceito mercantil de viabilidade econômica (a produção de bens e serviços sendo determinada por critérios de necessidade e não mais dos lucros, que estarão abolidos);
Por Dalton Rosado
— a elaboração de códigos de direitos civis e penais que sejam consentâneos com a realização do ideal de justiça segundo critérios de isonomia e de equidade; 
— de todos, segundo a sua capacidade, para todos, segundo sua necessidade.
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