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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

LULA BAIXA PACOTAÇO CONTRA OS TRABALHADORES

Quando mais um capítulo da arrastada e mal engendrada novela do GOLPE distraí o distinto público, o essencial foi levado adiante pelo medíocre ministro Fernando Haddad, o pior dos ocupantes da Esplanada dos Ministérios. Após cerca de um mês de conversas, Lula determinou, através de seu poste da Economia, uma série de ações contra a classe trabalhadora, particularmente os mais vulneráveis. 

Cinicamente, os ataques foram anunciados junto com a medida paliativa de isentar do imposto de renda quem ganha até 5 mil reais, promessa de campanha de Lula, e que serviria apenas para aliviar um pouco a escrachante carga tributária que pesa sobre as miudezas deste país. É inconcebível que pague imposto quem não possui renda! Muito pior, pois os trabalhadores não conseguem escapar da cobrança, pois essa vem retida na fonte do pagamento de seus salários, ao contrário dos ricaços que sonegam o quanto podem seja ao maquiar seus balanços de pagamento, seja ao pura e simplesmente darem calote no Leão ou seja ao encontrarem infinitas brechas jurídicas para não pagar nada. 

Os dois principais ataques de Lula contra a classe trabalhadora foram no salário mínimo e no BPC -Benefício de Prestação Continuada. Pelo primeiro, a correção do mínimo será feita limitada a um valor ínfimo acima da inflação, levando ao virtual congelamento dele ao longo do tempo. Já as mudanças do segundo irão jogar milhões de pessoas na indigência, pois o BPC é um benefício pago a pessoas em extrema vulnerabilidade que em geral nunca ou quase nunca tiveram empregos regulares, possuem doenças incapacitantes, eram trabalhadores rurais sem vínculos empregatícios ou já são idosos sem fonte de renda. Lula e Haddad, com isso, condenam milhões de velhos e doentes à fome.
Além destas ações, ainda existem cortes na saúde e na educação, inclusive com a possibilidade de um possível fim dos pisos constitucionais para essas áreas, o que representaria a falência da educação e da saúde públicas no Brasil. 

Na realidade, Lula, ao impor tal pacotaço de maldades, leva adiante seu programa austericída, cumprindo com o acordado com as elites econômicas brasileiras que o retiraram da cadeia e o recolocaram no governo justamente para impor com mais eficiência o programa de arrocho sobre os trabalhadores, destruição do serviço público e financeirização da economia, fundamentando o país em uma base extrativista. Se trata do mesmo programa de Bolsonaro, mas vendido como sendo o programa da democracia. É no ferro no povo dentro da legalidade. 

Enquanto os aloprados do golpismo vão sendo exibidos no noticiário ao velho estilo novelão da Globo - que, não nos esqueçamos, era também o estilo da Lava Jato - o capital vai tratorando o país através de seu servo Lula. (por David Coelho)


terça-feira, 7 de maio de 2024

GOVERNO LULA QUER MATAR OS APOSENTADOS DE FOME

 

A última grande proposta a ser apresentada pelo calhorda governo Lula é algo que fatalmente levará os aposentados brasileiros a morrer de fome. De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, a ministra Simone Tebet, que é uma coadjuvante do patético Fernando Haddad, estaria propondo a desvinculação entre salário dos aposentados e salário mínimo. 

Hoje, pela Constituição, o salário dos aposentados possui isonomia frente ao salário mínimo. Sempre que esse último é reajustado, o primeiro também o é. Esse fato assegura que os aposentados tenham garantido o mínimo para sua sobrevivência, mínimo esse que já é pouquíssimo quando se consideram os imensos gastos com medicamentos, planos de saúde, terapias e outras atividades requeridas para essa faixa etária. E o quadro dos aposentados é ainda pior porque eles não estão mais ativos economicamente, então sua força para pressionar o governo e o capital é muito diminuta, dependendo sempre da ação dos trabalhadores da ativa. 

Assim, ao fazer tal proposta, Tebet, em nome de Lula, está propondo esmagar ainda mais o já parco rendimento dos aposentados, abrindo a porteira mesmo para uma possível não correção desses salários pela inflação. No limite, os aposentados podem passar a viver futuramente em situação de total indigência, igual a milhões de idosos chilenos que foram vítimas do regime de aposentadoria desenhado pela ditadura de Pinochet, podendo mesmo enfrentar a fome. 

Ao governo Lula 3 interessa apenas o pagamento da dívida aos banqueiros, despejar toneladas de dinheiro no agronegócio, entupir os bolsos dos pastores, dos militares e de comerciantes. Para isso, sustenta o Teto de Gastos, atualizado com o nome eufemista de Arcabouço Fiscal, e planeja acabar com os gastos mínimos constitucionais para a Educação e a Saúde. Que morram velhos, que se apodreçam as escolas, que os hospitais fechem, mas que o capital continue em frente explorando, destruindo, pilhando e exaurindo a humanidade e o planeta! Esse é o lema do lulismo! 

E assim, após um ano e meio de governo, vai se confirmando todas as sinistras previsões a respeito do quadro horrendo que se materializaria em um novo governo Lula. No ataque contínuo aos trabalhadores, agora também aos aposentados, o presidente vai marchando a passos rápidos para o fiasco. (por David Coelho) 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

DE TANTO ENXUGAR-SE GELO NA SOCIEDADE DA MERCADORIA, ELA ESTÁ DERRETENDO...

Há práticas sociais sob o capitalismo que, mesmo não havendo dúvidas quanto à sua nocividade, são combatidas de forma tão superficial e displicente que continuam existindo.

É como enxugar gelo ou, se quisermos exagerar, secar um iceberg com guardanapos de papel.

Como se admitir que o processo eleitoral seja expurgado da influência direta ou indireta do poder econômico por uma legislação que condena tais práticas e, ao mesmo tempo, sejam o Ministério Público e a Justiça eleitoral, instituições do Estado capitalista, os incumbidos de processar e julgar tais delitos???

Como se pretender que o parlamento burguês, cujos membros, em sua grande maioria, sempre foram e continuam sendo eleitos sob a influência do poder político-econômico capitalista, legisle em favor dos explorados por esse mesmo sistema???

Como se querer que a estrutura vertical dos partidos políticos respeite o seu (falacioso) programa estatutário e democraticamente acate a vontade majoritária dos seus membros, se a hierarquia de mando partidário, especificada nos estatutos e corroborados por lei, estabelece privilégios ditatoriais aos dirigentes que se perpetuam indefinidamente como definidores das regras e responsáveis pela condução partidária??? 

Como se combater eficientemente a corrupção com o dinheiro público se o custo eleitoral para a disputa de novos mandatos é proibitivo para ser bancado pelos meros salários de parlamentares e governantes; se as obras públicas e compras de mercadorias são objeto de barganhas comerciais impossíveis de serem coibidas pelas licitações públicas manipuladas; e se os pagamentos que lhes correspondem são feitos com o dinheiro do erário (que somente em teoria é do povo)???

Como se conseguir que o Poder Judiciário resista às pressões políticas, quando a ascensão aos cargos superiores da magistratura (e do próprio Ministério Público, que tem a função constitucional de processar quem escolhe seus dirigentes) se dá a partir de indicações por critérios políticos e corporativos obedientes à lógica do capital???

Como se fazer com que os planos de saúde, que vendem a mercadoria tratamento médico-hospitalar e consultas médicas, sustentando-se na equação contábil de redução de custos e receitas advindas dos contribuintes que deles compram tal assistência, não se guiem pela conhecida mesquinhez na hora mais difícil de cada doente, quando este está necessitado dos seus serviços e hospitais??? 

Como se forçar as escolas e universidades privadas a prestarem uma educação de qualidade também à população assalariada de baixa renda??? 

Como se exigir da escola pública que proporcione uma educação básica eficiente, apesar da conhecida precariedade infraestrutural (prédios e equipamentos) e dos salários aviltantes pagos aos professores enquanto servidores públicos???
Como se pretender que haja segurança pública eficiente e paz social se em toda a periferia das cidades capitalistas grassa a miséria, obrigando os cidadãos a adotarem a estratégia do salve-se-quem-puder??? 

Como se clamar por uma polícia militar que defenda o cidadão se seus integrantes são fortemente tentados a se mancomunarem com o crime organizado, além de terem justificados receios de serem vítimas da guerra urbana entre bandidos e supostos mocinhos

Como se diferenciar o banqueiro que cobra juros extorsivos no cheque especial do político corrupto que cobra pedágio no superfaturamento, bem como do traficante que vende a mercadoria droga que vai escravizar o viciado e levá-lo à morte e/ou ao crime???

Como se almejar que  não haja concentração da riqueza abstrata e material socialmente produzida, medida em valores e capital, se o regime concorrencial de mercado exclui do próprio mercado o produtor ou comerciante que sucumbe diante do poderio econômico predatório e monopolista do seu concorrente mais forte???
Como um trabalhador que recebe salário-mínimo (R$ 1.045) poderia sustentar a sua família (alimentos, vestuário, água, luz, transporte, remédios, lazer, etc.,) e ainda adquirir uma pequena habitação???

Como sequer cogitar-se que, num quadro social destes, o problema habitacional (que requer a cara mercadoria terra urbana, mais materiais de construção, infra-estrutura sanitária e equipamentos sociais como postos de saúde, creches, escolas, transporte, etc.), possa ser satisfatoriamente resolvido sob critérios capitalistas nos países periféricos, neste mundo atual que se divide em raras ilhas de prosperidade e e enormes oceanos de pobreza???    

Como se esperar que haja uma cultura de honestidade se a prática social, que é o critério da verdade comportamental, tem como base de mediação social o roubo do valor produzido em e pela sociedade, mas apropriado individual e indebitamente pelo capitalista, que assim acumula o mesmo capital que lhe servirá de arma na guerra concorrencial de mercado para destruir seus competidores?

Como se entronizar uma cultura de paz se cada ser humano trabalhador (que é glorificado como tal pelo capital para mantê-lo como um idiota explorado) e produtor de valor é adversário do seu semelhante na disputa pelo emprego escravizador???

Como acreditar que os sindicatos possam vir a ser libertadores do jugo do trabalho abstrato produtor de valor se as suas diretorias vivem da estrutura sindical e dos impostos e contribuições pagas pelos associados, não lhes sendo conveniente, portanto, erguerem outras bandeiras que não as de (impossíveis) melhoras dos salários e das condições de trabalho, isto numa economia capitalista depressiva que atingiu o seu ponto de inflexão e prenuncia o seu próprio colapso causado pelo desemprego estrutural crescente???   

Estava certo Nicolau Maquiavel quando escreveu O príncipe, ensinando aos déspotas monárquicos do seu tempo as artimanhas da obtenção do poder e de como nele se manter, de vez que o poder escravista de então precisava de tais artifícios para parecer ao povo explorado que o rei era seu defensor. 

Se por acaso Maquiavel fosse escrever hoje um livro sob os mesmos parâmetros absolutistas do Estado nacional burguês, ele seria intitulado O presidente e o capital, e os conselhos a serem dados seriam os mesmos, pois mesma é a inépcia que prevalece no hipócrita combate às mazelas da democracia burguesa.

Maquiavel dificilmente conseguiria ir além dos engôdos já adotados para iludir os incautos cidadãos, oprimidos sob o disfarce de cânones jurídicos que lhe conferem pretensos direitos e uma pretensa soberania de vontade eleitoral. 

Tais cidadãos, contudo, não só estão sendo garfados enquanto produtores de valor abstrato, como também o são na condição de contribuintes do imposto que sustenta o Estado e suas instituições opressoras (perpetuadoras da dominação que lhes é imposta). 

Trata-se de um colossal jogo de cartas marcadas, cujos atos de enxugar gelo tendem, contudo, a se desacreditar socialmente ao longo do tempo, como tudo que é hipócrita e falso. Por Dalton Rosado

domingo, 6 de janeiro de 2019

OS TENENTES DO APOCALIPSE CUMPREM FIELMENTE AS ORDENS ANTI-HUMANISTAS DO CAPITÃO, MAS GOVERNO BATE CABEÇA

"um presidente que, quando se materializa , só causa confusão"
david coelho
IOF, IR E O PRESIDENTE FANTASMA
A primeira semana do governo de extrema-direita não poderia ter sido pior. Embora recém empossado, a impressão dada é de um governo já envelhecido, talvez pelo próprio clima reacionário que envolve a nova presidência. 

A promessa de ataques aos trabalhadores, índios, LGBTs, mulheres e negros estão sendo conduzidas sem perda de tempo, seja esvaziando a Funai, extinguindo secretarias pró-minorias ou encolhendo o reajuste do salário mínimo. 

Neste campo, não era de se esperar coisa diferente e os tenentes do Apocalipse de Bolsonaro estão cumprindo fielmente as ordens anti-humanistas do capitão. 

No entanto, é de notar o ambiente caótico do novo governo. Conforme já detalhei neste post, o governo Bolsonaro é formado por quatro grupos diversos de interesses, os quais aproveitaram a oportunidade de um presidente vazio de programa para ascender ao controle do Estado. 

Não tendo, porém, uma liderança orgânica capaz de articular efetivamente o novo regime, cada grupo sente-se à vontade para proceder como achar melhor, usando o presidente apenas enquanto um relações públicas
O dr. Frankenstein criou um candidato vencedor, mas não um presidente apto
Neste sentido, patético foi o conflito sobre o IOF e o Imposto de Renda na última 6ª feira (4). Tendo anunciado um aumento do IOF e uma redução do IR, Bolsonaro passou pelo ridículo de ser desmentido por seus subordinados, os quais alegaram equívoco do presidente. Isto mesmo após uma suposta reunião ministerial, a qual teria servido justamente para colocar o chefe a par das iniciativas e decisões dos seus ministros. 

Pior: segundo fontes de bastidores, o neofascista já teria assinado um decreto determinando justamente o que foi negado depois, daí haver sido forçado a, logo após, assinar novo decreto anulando o anterior. Ou seja, o presidente mostra não estar no comando de absolutamente nada, assinando e desassinando decretos de acordo com os caprichos de seus subordinados. 

Tal acontecimento mostra profundo desencontro da equipe do novo governo e também falta de perspectiva. Na realidade, é o prosseguimento do vício de origem de uma candidatura sem programa articulado, criado no puro negativismo. A irracionalidade e amadorismo do programa político do então candidato Bolsonaro cobra agora seu preço na falta de rumo e horizonte do presidente.

Qualquer governo normal, em sua primeira semana, estaria aproveitando a boa vontade inicial para reforçar sua popularidade, com o presidente projetando a imagem de que está firmemente no controle do timão, proativo e presente. 

O governo neofascista de Bolsonaro, porém, passa a impressão de ser capitaneado por um presidente fantasma que, quando se materializa, só causa confusão. (por David Emanuel de Souza Coelho)

sexta-feira, 11 de março de 2011

IN BRAZIL WE TRUST

Está na Folha de S. Paulo:
"Até o dia 4 deste mês, a entrada de dólares no Brasil superou o montante de 2010 inteiro, mostram os dados do Banco Central. O número é resultado de investimentos externos de longo prazo, empréstimos de empresas brasileiras no exterior e especulação no câmbio. Em pouco mais de dois meses, o ingresso chegou a US$ 24,356 bilhões; durante todo o ano passado, o saldo foi de US$ 24,354 bilhões".
OK, a confiança do  mercado  a Dilma já tem.

Falta reconquistar a dos trabalhadores, que até hoje continuam perplexos com o  mínimo merreca  que o Governo e o Congresso lhes enfiaram goelas adentro.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SEM A MÍNIMA COERÊNCIA

O salário-mínimo foi instituído em 1940 por Getúlio Vargas para garantir a uma família-padrão de quatro pessoas (o casal e dois filhos) o suficiente para sua subsistência, com alguma sobra.

A Constituição de 1988 reafirmou que o mínimo deve atender às necessidades do trabalhador e sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência.

Então, só podemos concluir que, há décadas, os sucessivos governos vêm burlando despudoradamente a Constituição, com a cumplicidade do Legislativo.

Por quê? O Brasil não tem recursos para assegurar uma subsistência digna a cada família de trabalhadores?

Não, os recursos são mais do que suficientes.

Mas, o capitalismo os desvia para outros fins, antagônicos aos da grande maioria dos brasileiros. Embora seja uma categoria moral e não econômica, o adjetivo perverso continua sendo o que melhor o define.

Do governo de um partido dos trabalhadores, tínhamos o direito de esperar que se comportasse como tal, fixando o mínimo num patamar condizente com o papel que deveria cumprir e pondo a nu a contradição fundamental entre o bem comum e o lucro -- primeiro passo para a conscientização das grandes massas.

Só posso deixar registrados minha mais profunda decepção e meu mais veemente protesto face à decisão do Governo Dilma Rousseff de apenas gerenciar o capitalismo, agindo em conformidade com a racionália da classe dominante e esquecendo seu compromisso com a justiça social.
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