Interpretava o bom rapaz, na contramão de Franco Nero, Clint Eastwood, Anthony Steffen, George Hilton, Tony Anthony, Gianni Garko e outros que personificavam anti-heróis, geralmente caça-prêmios (até Terence Hill, antes de se consagrar em clave humorística como Trinity, fazia o gênero soturno).
A diferenciação até que favoreceu Gemma, pois ele pôde se projetar como contraponto ao niilismo e amoralidade dos spaghetti westerns –cuja característica mais marcante era a desmistificação dos congêneres estadunidenses, colocando a feia realidade histórica no lugar das fantasias edificantes e do maniqueísmo forçado.
Neles não existiam vaqueiros rigorosamente escanhoados e respeitadores das pudicas moçoilas em quaisquer circunstâncias, nem o primado da lei & ordem, mas, tão somente, indivíduos selvagens, dispostos a tudo para atingirem seus objetivos.
Neles não existiam vaqueiros rigorosamente escanhoados e respeitadores das pudicas moçoilas em quaisquer circunstâncias, nem o primado da lei & ordem, mas, tão somente, indivíduos selvagens, dispostos a tudo para atingirem seus objetivos.
Sua carreira de coadjuvante vinha desde 1958, mas foi em Os filhos do trovão (1962) que Gemma começou a decolar. Atlético e bem apessoado, levava jeito para os épicos da Cinecittà (atuou em 12 deles).
Quando já estava a um passo do estrelato, nova porta se abriu para ele: os bangue-bangues, ciclo iniciado por Sergio Leone em 1964, com Por um punhado de dólares.
Utilizando nos seus três primeiros bangue-bangues um pseudônimo americanizado (Montgomery Wood), Gemma encontrou o caminho do sucesso em 1965, como o astro dos também americanizados Uma pistola para Ringo e O dólar furado. Na esteira faria outros 15 westerns, além de passar sem destaque por outros gêneros.
No Brasil, seu maior êxito foi O dólar furado, que permaneceu uma eternidade em cartaz... mas estava longe de ser um grande filme.
Talvez seu maior atrativo haja sido o par romântico (outra raridade no filão) formado por Gemma e Ida Galli, além da inesquecível canção principal, "Se tu non fossi bella como sei".
Bem melhor é o abaixo disponibilizado Dias de Ira (1967), de Tonino Valerii, aplicado discípulo de Sergio Leone –o mestre até lhe permitiria ser creditado como único diretor de Meu nome é Ninguém (1973), embora o tivessem dirigido a quatro mãos.
Decidido a mudar de vida, deixando ser espezinhado pelos cidadãos respeitáveis, Scott persevera e, após salvar a vida de Talby, é finalmente admitido como seu aprendiz.
Depois de assumirem juntos o controle da cidade, Talby passa, contudo, a ver Scott como uma futura ameaça e resolve se livrar dele antes disto.
Scott, que não conhecera o pai biológico, havia adotado como figura paterna um velho homem da lei (Walter Rilla), mas transferira sua devoção a Talby.
É tangido, contudo, ao confronto mortal com o pai substituto, quando utiliza apropriadamente os 10 mandamentos de um pistoleiro que dele aprendera. (por Celso Lungaretti)
lista final de filmes do Festival do Western Italiano
(clique nos títulos p/ abrir):
2 comentários:
Puxa, quanta coincidência!! Assisti este filme ( que tenho
junto com a trilogia Sartana, e muitos outros do gênero ),
semana passada!!
Um dos atrativos do blogue, está nas ótimas dicas de filmes.
Abraço do Hebert.
Obrigado, Hebert.
Tenho encontrado coisas interessantes disponibilizadas no Youtube. O festival está com 7 filmes e ainda vou decidir se fecho com 12 ou levo até 15.
Tenho na fila "O vingador silencioso", "Django", "Réquiem para matar" e "Quando os brutos se defrontam". Garimpando bem talvez encontre mais 4.
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