sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

UMA BALA PARA O GENERAL (SE O CALMANTE LEXOTAN NÃO RESOLVER O PROBLEMA...)

S
e alguém considerar pretensão demasiada da minha parte intitular de Festival do Western Italiano esta modesta iniciativa, não discordarei. 

Afinal, de há muito o blog já vinha oferecendo filmes expressivos desse filão, mais não fazendo porque nenhum membro da equipe saberia postar no Youtube os bangue-bangues à italiana importantes que ainda não estão lá disponibilizados (existe algum voluntario?).    

Mas há uma novidade, sim: os vários filmes que estão estreando de uma vez só no blog, como este marco da nova abordagem dada pelo western italiano à revolução mexicana, que passou nos cinemas brasileiros com o título de Gringo e foi lançado em VHS como Uma bala para o general

É o filme de 1967 que apontou um novo rumo para a carreira do diretor e roteirista Damiano Damiani, cujas incursões pelos épicos, dramas e comédias haviam tido resultados inexpressivos. 

Ao contar uma história com fundo político e todos os ingredientes do cinema de ação procurados pelos fãs dos westerns, conseguiu agradar não só à clientela habitual dos bangue-bangues (desacostumada a roteiros com essa qualidade superior e a tal excelência de interpretações, trilha sonora e direção), como também atrair um público mais politizado.
Tendo a receita funcionado às mil maravilhas, ele passou a aplicá-la também em policiais sobre a máfia – uma dezena deles, com destaque para O dia da coruja (1968) e Confissões de um comissário ao procurador-geral da República (1971). 

Janota estadunidense (Lou Castel), fingindo estar refugiado no México para escapar de uma condenação à morte em seu país, consegue infiltrar-se num bando que rouba armas para vendê-las ao comandante revolucionário General Elias (Jaime Fernández). 

El Chuncho
 (Gian Maria Volonté), o líder, já integrara as fileiras de Elias por idealismo, mas havia se tornado mercenário sem que o resto do grupo, nem mesmo o seu messiânico irmão El Santo (um papel sob medida para o carismático Klaus Kinski!) o soubesse. Acreditavam estar ainda agindo em nome da revolução.

Apelidado por ele de
El Niño, o infiltrado acaba despertando uma afeição paternal em Chuncho e, graças a ela, depois de muitas peripécias, consegue chegar ao acampamento de Elias, cuja localização era conhecida por bem poucos.   

Mas, o único detalhe em que aquele calculista impiedoso cede a um sentimento humano poderá ser-lhe desastroso. (por Celso Lungaretti) 

3 comentários:

Fausto Neves disse...

Caro Celso
Quando li, no título, Uma Bala para o General, pensei que fosse um dôce

Leninho no país da piada pronta se estrebucha

Com relação a berço e essência do Leninho, deve ser muito penoso incorporar o
Silvio Frota, Hellraiser. Certamente, tal condição pode provocar convulsões.

Em se tratando de Lexotan sugiro a leitura de 'Benzodiazepínicos na crise convulsiva: sempre usar a via intravenosa?'

Como disse o Ziraldo: Só dói quando eu rio
http://4.bp.blogspot.com/_Je_FjgzI47c/SAzfdWVAZRI/AAAAAAAABB8/ncraVKLq1YQ/s400/fotos.jpg

Abraços

celsolungaretti disse...

Fausto,

alguém precisa dizer para esse fulano que só criança tem medo de bicho-papão.

Eu fico pensando naqueles "valentes" de briga de botequim que só tentam ir pra cima do desafeto quando já tem um monte de gente segurando.

Que jogue o calmante no lixo e deixe o Bozo tentar algo contra o Supremo, pois assim nos livraremos dele mais depressa.

Quer que acreditemos que aquele bufão insano ainda tem poder suficiente para dar um golpe do Estado? EU NÃO ACREDITO! E não conheço ninguém perspicaz que creia nisso.

No 7 de setembro vimos muito bem do que ele é capaz: de rugir na véspera e miar no dia.

Como dizia o nosso bom Raulzito, plunct-plact-zum, não vai a lugar nenhum...

SF disse...

Filme bão dimamis da conta!

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