segunda-feira, 23 de junho de 2025

ESSA VELHA DAMA INDIGNA MERECE SER ENTERRADA COMO INDIGENTE

oliveiros marques
MORRE A ONU
A poucos meses de completar 80 anos, morre em Washington uma senhora que veio ao planeta com a missão de garantir a concertação mundial. 

Apesar de ter falhado algumas vezes ao longo dessa trajetória, nunca antes se mostrara tão incapaz de reagir. Nunca fora tão desprezada, humilhada e violentada quanto neste 21 de junho. Os Estados Unidos tripudiaram sobre ela.

Trump, em sua postura de imperador do mundo, comete um crime gravíssimo ao contrariar diversas resoluções internacionais. A mais séria delas: a que proíbe ataques a instalações nucleares. 

O imbecil laranja sequer tinha autorização de seu Congresso para realizar o ataque contra o Irã. Mas, como imperador, julga-se autossuficiente.

Os Estados Unidos repetem o roteiro do Iraque. Baseados em falsas narrativas sobre armas nucleares, atacam o Irã — país signatário do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares — apenas para fazer o jogo sujo de seu comparsa Benjamin Netanyahu. Vale lembrar: Israel nunca assinou o tratado, e os EUA abandonaram-no já no primeiro governo Trump.

Com esse ataque ao Irã, a mão que pairava sobre os Estados nacionais deixa de existir. O recado é claro: se eu quiser o seu petróleo, suas terras raras, seu lítio — qualquer riqueza do seu território — direi que você tem armas nucleares e o atacarei. 

E não nos esqueçamos: não há qualquer relatório da
Agência Internacional de Energia Atômica que aponte enriquecimento de urânio em nível necessário para fins militares no Irã.

O único país no mundo que já utilizou armas nucleares — os EUA, contra Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial — não pode se arrogar o direito de regular a ordem global. Aliás, mesmo quando ainda eram signatários do Tratado de Não-Proliferação se empenharam em reduzir seu próprio arsenal. 

Cinicamente, sustentam um discurso que vale para os outros, mas não para si mesmos. E o objetivo é escancarado: manter-se como a maior potência militar do planeta, a ponto de ameaçar anexar o Canadá, tomar a Groelândia na mão grande, ou mudar o nome do Canal do Panamá.

É urgente a refundação, articulando-se um novo pacto entre os países, para além da ONU — que se mostra, a cada dia, mais subserviente aos interesses estadunidenses. Um novo eixo precisa emergir no mundo, capaz de confrontar, de forma firme e definitiva, a postura imperial dos Estados Unidos. (Oliveiros Marques é sociólogo e colaborador do Brasil 247)
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