Bloco Unidos das Lambanças |
Este blogue continua mantendo sua característica de sempre se posicionar imediatamente e de forma contundentes sobre os acontecimentos mais importantes. Quem sabe, faz a hora, não espera ninguém definir qual é a linha justa...
Era assim durante o Caso Battisti. Lembro-me da noite em que, numa ação claramente concertada, todos os noticiosos de TV fizeram pressão fortíssima contra a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder asilo humanitário ao escritor italiano.
Poucas horas depois respondi duramente, chamando a atenção para a forma insultuosa como os italianos haviam reagido à decisão soberana do Brasil, inclusive instigando o presidente Lula a desautorizar seu ministro, o que nos reduziria à condição de república das bananas que se verga às mais descabidas imposições estrangeira. Meu post, que difundi também via e-mail, foi muito publicado e repassado; outros articulistas bateram depois nas mesmíssimas teclas.
A esquerda, até então, não estava empunhando pra valer a bandeira da liberdade para o Cesare, até porque a campanha repulsiva de Mino Carta em favor da demanda de Berlusconi confundia muita gente. Depois daquela noite, contudo, não havia mais como um esquerdista com vergonha na cara ignorar que a dignidade nacional estava em jogo. Foi quando começamos a vencer a batalha na internet, fundamental para nossa vitória final.
Hoje teve espetáculo? Teve, sim senhor! |
Hoje, tão logo foi anunciada a decisão do presidente interino da Câmara, não hesitei um segundo em antecipar o fracasso dessa tentativa de "anular uma virada de página já concretizada na política brasileira".
Só não adivinhei que ela seria fulminada por Renan Calheiros, ao resolver tocar adiante os procedimentos do impeachment no Senado, não dando bola para o circo armado por Waldir Maranhão.
Como fazia mais sentido que a própria Câmara se incumbisse de desarmar o picadeiro, eu escrevera: "São favas contadas que a maioria dos deputados reagirá, fazendo prevalecer o que decidiu".
Curiosamente, Renan também concluiu que tudo não passava de uma molecagem, "brincadeira com a democracia" segundo ele, "estrepolia" segundo eu. E o recuo posterior do Maranhão, dando o dito pelo não dito, confirmou que estávamos diante de uma grotesquerie. O rugido de leão virou miado de gatinho assustado...
Resumo da opereta: finalmente se pode falar, sem o nariz crescer, numa tentativa de golpe no Brasil. Foi a de hoje, quando um único deputado tentou anular a decisão de 71,5% dos seus pares e da comissão senatorial que já fez sua avaliação do impeachment, tudo isso sob a constante vigilância do STF. Afrontar com uma canetada só o Legislativo e o Judiciário... isto sim é que é golpe!!!
Resumo da opereta: finalmente se pode falar, sem o nariz crescer, numa tentativa de golpe no Brasil. Foi a de hoje, quando um único deputado tentou anular a decisão de 71,5% dos seus pares e da comissão senatorial que já fez sua avaliação do impeachment, tudo isso sob a constante vigilância do STF. Afrontar com uma canetada só o Legislativo e o Judiciário... isto sim é que é golpe!!!
Se a Dilma e sua equipe de propagandistas tiverem o mínimo de simancol, nunca mais tentarão nos impingir sua questionável versão do golpe. A outra, a eles adversa, é inquestionável...
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