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terça-feira, 2 de junho de 2020

LULA É O FURA-GREVE DA MOBILIZAÇÃO DOS BRASILEIROS LÚCIDOS CONTRA BOLSONARO

alberto bombig
A MIOPIA POLÍTICA DE LULA AO CRITICAR
 MANIFESTOS SUPRAPARTIDÁRIOS
Lula voltou a comprovar que seu projeto prioritário para o País é apenas um e somente um: a volta do PT ao poder central. 

Ao rechaçar em reunião o endosso a manifestos suprapartidários e da sociedade civil, como o Estamos Juntos, o ex-presidente também dá sinais de ter sido acometido por grave miopia política.

Afinal, os tempos mudaram, a democracia está sob ameaça e, principalmente, os petistas deixaram faz tempo de ter força para, sozinhos, representar um caminho seguro rumo a qualquer ideia de modernidade. Em sentido contrário, caminharam no sentido do fisiologismo e dos desvios éticos, até o ocaso de suas gestões.
“Eu não tenho mais idade para ser maria vai com as outras. O PT já tem história neste país, já tem administração exemplar neste país. Eu, sinceramente, não tenho condições de assinar determinados documentos com determinadas pessoas”, disse Lula em encontro do partido nesta 2ª feira (1º).

O Estamos Juntos reúne, p. ex., Luciano Huck, Fernando Henrique Cardoso, Caetano Veloso e Fernanda Montenegro. Prega, em texto, a defesa da “vida, liberdade e democracia”. Diz que governantes devem exercer “com afinco e dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o País”. 

Mas, para Lula, referendar essas ideias é, antes de qualquer coisa, colocar azeitona na empada de rivais políticos, alguns com potencial de chegar à Presidência um dia, como Huck. Cabe perguntar: com qual parte do manifesto Lula não concorda?

A miopia política de Lula não enxerga que o futuro do Brasil está em jogo neste momento, acima de partidos e de ideologias. 

Não vê também que ele fará mal ao PT e à oposição se continuar mirando apenas o próprio umbigo, seja porque não tem mais força para, sozinho, mobilizar as massas e conquistar novos corações e mentes, seja porque, com esses gestos, fortalece Jair Bolsonaro.

A menos que esse seja o verdadeiro projeto de poder de Lula: apostar na polarização, rachar ainda mais o País e, a exemplo de Bolsonaro, jogar com o caos, mas com sinal contrário. (por Alberto Bombig)

O TREM DA HISTÓRIA JÁ PARTIU DA ESTAÇÃO E ESTÁ GANHANDO VELOCIDADE

UNIDADE JÁ
Começa a desfazer-se a letargia da sociedade civil no isolamento imposto pela epidemia de coronavírus. A democratas cumpre erguerem-se para arrostar as repetidas agressões do presidente Jair Bolsonaro à ordem constitucional.

Multiplicam-se os manifestos em favor da democracia. Adversários eleitorais e antípodas ideológicos põem divergências e ressentimentos à parte para defender a liberdade de expressão e outros direitos fundamentais contra os quais ladra uma minoria de fanáticos a levantar bandeiras extremistas.

Iniciativas como Estamos Juntos, Basta! e Somos 70 por cento ganham adesões rapidamente. Centenas de integrantes do Ministério Público Federal se insurgem contra a prostração do procurador-geral, Augusto Aras, perante os mármores do Planalto.

Pesquisas de opinião registram elevação contínua da reprovação ao presidente, com 43% dos entrevistados a avaliar seu governo como ruim ou péssimo. Rejeitam a ideia de armar seguidores nada menos que 72% dos ouvidos; 52% repudiam o aparelhamento dos órgãos de governo por militares.
Em que pesem obstáculos para mobilizar a maioria não ensandecida do país, em meio à sabotagem dos esforços para conter a mortandade da Covid-19, a opinião pública se desanuvia com a lembrança do vendaval Diretas Já, lufada que varreu a ditadura militar.

Urge, p. ex., desmontar a interpretação liberticida de que o artigo 142 da Constituição daria autorização para as Forças Armadas investirem contra o Judiciário ou o Legislativo, a mando do Executivo. Estultices do gênero merecem enérgica resposta da sociedade.

O presidente e sua família cevada no baixo clero parlamentar se encontram enrascados em múltiplas frentes policiais e judiciárias, a demandar esclarecimentos.

Das rachadinhas à promiscuidade miliciana e do aparelhamento da Polícia Federal ao desmonte da capacidade de reação diante da epidemia e da devastação ambiental, proliferam as condutas suspeitas ou escandalosas sobre as quais um gabinete de ódio busca erguer cortinas de fumaça tóxica.

Se faltam votos para deslanchar uma investigação de crime de responsabilidade, essa é tão somente a situação do momento. Os manifestos são demonstração de que existem setores vigilantes.

Restam ainda os flancos abertos no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral —este com a revelação de malfeitos do exército de robôs informáticos mantidos por uma camarilha de empresários aliados.

Bolsonaro está cercado, mas o bastião da Presidência é forte. Há um caminho duro pela frente para quem se reúne em torno da Carta. (editorial de 02/06/2020 da Folha de S. Paulo)
"Siset, tu não vês a estaca/ a que estamos atados?/ Se não nos livrarmos dela,/
não poderemos caminhar!/// Se a puxarmos, ela cairá/ e não muito 
mais durará,/ decerto tomba, tomba, tomba,/ bem podre ela
já está./// Se eu a puxar com força aqui/ e tu a 
puxares com força aí,/ decerto tomba,
tomba, tomba/ e poderemos
nos libertar"
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