sábado, 16 de agosto de 2025

MACACO QUE MUITO PULA QUER CHUMBO: AS MICAGENS DO 'BANANINHA' FAZEM A DIREITA RECHAÇAR BOLSONARO.

Interessado em herdar votos do inelegível Jair Bolsonaro, o presidenciável Tarcísio de Freitas fingiu ter esquecido quem é o personagem político mais prejudicial para o Brasil neste momento, ao afirmar que "o Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula".

É uma jogada que faz sentido, porque não há hipótese de o país vergar-se à chantagem do Donald Trump para salvar o Jair da condenação como golpista. No entanto, o que o palhaço ultradireitista dos EUA está conseguindo é apenas dar o tiro de misericórdia nas chances do bufão ultradireitista do Brasil. 

Tarcísio faz média com o Jair  porque não tem dúvidas quanto a ser ele uma carta fora do baralho, portanto inofensiva para seu objetivo maior. Daí a tentativa de seduzir o gado bolsonarista com tal frase de amoralismo explícito e oportunismo rasteiro.

Mas, expôs-se ao contra-ataque daqueles direitistas que ainda conservam a sanidade mental e sabem muito bem que o Brasil, acima de tudo, não aguenta mais governantes capazes de condenar ao extermínio centenas de milhares de seus governados apenas por pirraça contra a ciência (como fez o Jair ao sabotar a vacinação e induzir o uso de placebos fatais durante a epidemia de covid 19). 

Eu nunca fui nem sou devoto do reformista Lula, pois a situação trágica dos explorados e excluídos brasileiros não comporta soluções meia-boca como a simples maquilagem do capitalismo extremamente predatório aqui dominante. 

Desviar algumas migalhas do banquete dos poderosos para a mesa dos pobres é tão inócuo quanto atirar num crocodilo com um estilingue. 

Mas faltaria à verdade se não reconhecesse que todos os prejuízos causados ao Brasil pelo Lula durante a vida inteira são irrisórios se comparados ao catastrófico mandato presidencial do Jair,

Então, os conservadores que não embarcaram no trem fantasma bolsonarista estão capitalizando tal vacilada do Tarcísio. E o jornal O Estado de S. Paulo, que os representa, lançou neste sábado (16) um editorial contundente, destacando que "o Brasil não aguenta mais o bolsonarismo também". Foi convincente:
"O antipetismo viabilizou a ascensão de Bolsonaro, e o antibolsonarismo viabilizou o retorno de Lula, mantendo o País cativo de um ciclo infernal de ressentimento, radicalização e estagnação. Rompê-lo é condição para avançar".   
De resto, será hilário se a atuação repulsiva de Eduardo Bolsonaro junto ao governo estadunidense for punida com uma consequência diametralmente oposta à pretendida. O que, entretanto, jamais deverá servir de desculpa para a Câmara Federal não cassar seu mandato e para a Procuradoria Geral da República não denunciá-lo por traição à pátria. (por Celso Lungaretti) 

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