Excluídos os ditadores que usaram a faixa presidencial mas foram empossados pelas tropas e não pelos eleitores, o Brasil jamais teve presidente da República pior nem mais nocivo para os governados do que Jair Bolsonaro.
Insisto em considerá-lo uma miniatura do Adolf Hitler, só se diferenciando do führer nazista pela escala do morticínio que causou: algo entre 350 mil e 400 mil brasileiros foram vítimas fatais da pandemia de covid graças à sua sabotagem alucinada da vacinação, pois sob um presidente mentalmente equilibrado se salvariam, segundo concluíram instituições do mundo civilizado cuja credibilidade é incontestável.
O que equivale a dizer que Bolsonaro é o maior exterminador de brasileiros de todos os tempos.
Mesmo assim, o levantamento do DataFolha divulgado neste sábado (2) aponta que só 48% dos brasileiros são capazes de ter a única posição aceitável face a tal abominação, ou seja, querem vê-lo preso; e 46% não passam de gado tangido pelos berrantes da desumanidade e da barbárie, a ponto de preferirem vê-lo solto para continuar defendendo os privilegiados e desgraçando os coitadezas.
E isto no momento em que ele e seu clã chegam ao fundo do poço em termos morais, mancomunados que estão com um governo estrangeiro que tenta passar como um trator sobre a soberania brasileira, recorrendo à mais vil chantagem para impor-nos seus caprichos.
Trata-se de um como queríamos demonstrar que chega seis dias depois do mais doloroso e importante artigo que escrevi na vida, Melancólica conclusão: a democracia não sobrevive à agonia do capitalismo.
Curvando-me à evidência dos fatos, admiti que o capitalismo, ora em estado terminal, levará de roldão a democracia burguesa:
"...a minoria de privilegiados já não conta apenas com a força bruta para sufocar os anseios da maioria de explorados. Eventualmente ainda recorre a golpes de estado (...), mas consegue também conquistar maioria no Executivo e no Legislativo pelo voto popular, mesmo quando prega ostensivamente mentiras cabeludas e desumanidade extremada.
Uma coisa é certa: a democracia já não nos serve mais como trincheira, pois é cada vez maior a facilidade com que o inimigo ocupa tal bastião".
Se não encontrarmos a resposta correta, estaremos nos condenando a mais mil anos de retrocesso civilizatório, como o ocorrido após a queda do Império Romano.
Isto, claro, se a nossa espécie não for extinta pelas alterações climáticas e caos econômico que nos golpearão com força total a partir da segunda metade deste século. (por Celso Lungaretti)
Um comentário:
E as coisas não serão o que parecerão:
https://www.aljazeera.com/economy/2025/8/1/trump-says-economic-growth-shatters-expectations-data-says-otherwise
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