quinta-feira, 27 de maio de 2021

OS GOVERNANTES DEVEM PAGAR PELAS MORTES QUE PODERIAM TER SIDO EVITADAS

O
primeiro-ministro britânico foi um dos pioneiros do negacionismo na pandemia. 

Boris Johnson defendeu que o coronavírus se espalhasse e contaminasse a população até que a imunidade de rebanho fosse atingida. 

Depois, ele mudou o discurso e implantou medidas para conter a doença, mas vacilou na hora de tomar decisões mais duras.

Num depoimento considerado explosivo, um ex-braço direito de Johnson disse ao Parlamento que dezenas de milhares de pessoas morreram sem necessidade. Dominic Cummings afirmou que, no início da pandemia, o líder britânico pensava que a Covid-19 seria amena como a gripe suína e que não era preciso barrar a entrada do vírus no país.

Johnson aplicou restrições ao funcionamento do comércio e de escolas, mas seu ex-conselheiro conta que ele rejeitou um novo lockdown em setembro. Segundo Cummings, o primeiro-ministro temia o impacto econômico da medida e teria dito que seria melhor ver pilhas de corpos do que adotar outro aperto.
O comportamento do governo custou vidas. O Reino Unido tem 187 mortes por covid-19 a cada 100 mil habitantes. A alta de casos só foi contida com vacinas e medidas restritivas. 

Já o Brasil ultrapassou a marca de 220 mortes por 100 mil habitantes, com uma vacinação lenta, governadores hesitantes e um presidente que joga contra o isolamento.

A pandemia deixou claro que as decisões dos governantes podem fazer estragos gigantescos. A ação deliberada, a omissão por incompetência e a escolha de políticas tresloucadas provocaram dezenas de milhares de óbitos sem necessidade em vários países do mundo. O Brasil começou a fazer esse cálculo sinistro.

A cúpula da CPI da Covid já está convencida de que o governo poderia ter evitado mortes. Está provado que eles apostaram no tratamento precoce e na imunidade de rebanho. Por isso, não se interessaram em comprar vacina, disse o presidente da comissão, Omar Aziz, ao podcast Café da Manhã, concluindo: Não é incompetência, é proposital. (por Bruno Boghossian)

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi Celso, tudo bom por aí?!

Uma passadinha rápida,
pra deixar esta obra de um símbolo
das coisas do Rio, cada vez mais mal tratado,
e cada vez mais quente ( e não é pelo verão ),
pés descalços cada vez mais saltitantes no asfalto
( e não é pela folia das festas ), mas com as suas
belezas naturais, ainda resistentes.
Abraço do Hebert.

Nelson Sargento - Idioma Esquisito
https://www.youtube.com/watch?v=-HksBG01hZI

celsolungaretti disse...

Pra vc também, Hebert. E já que vc lamenta a situação atual do Rio, te dou esta canção de troco: https://youtu.be/7p5DFyvX-jA

Anônimo disse...

"OS GOVERNANTES DEVEM PAGAR PELAS MORTES QUE PODERIAM TER SIDO EVITADAS " coisa mais que sensata...mas como pegaremos os chefões do Partido Comunista Chinês????

celsolungaretti disse...

Não precisamos. Está mais do que provado que a culpa foi mesmo do Bolsonaro e seu negacionismo demente.

Anônimo disse...

"Não precisamos. Está mais do que provado que a culpa foi mesmo do Bolsonaro e seu negacionismo demente.'
inclusive na Índia e no mundo todo???

celsolungaretti disse...

Quando morreram muito mais pessoas do que teriam morrido caso a covid tivesse sido enfrentada com competência, sensatez e respeito pela ciência, cabe ao país apurar responsabilidades. E se o caso foi de negacionismo e sabotagem premeditada, como aconteceu no Brasil, essa responsabilização tem de ser política (afastamento do Bolsonaro no poder) e criminal (prisão).

Caso contrário o país terá perdido o respeito por si mesmo e pelo seu povo.

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