segunda-feira, 17 de julho de 2023

EU SOU O MESTRE DO MEU DESTINO, EU SOU O COMANDANTE DA MINHA ALMA.

Nelson Mandela não aparece na galeria dos personagens inspiradores deste blog por acaso: admiro-o profundamente.

Mandela estava certíssimo ao pegar em armas contra a dominação dos africâneres e o brutal  apartheid dela decorrente, permaneceu preso por 27 anos como consequência de seus ideais, mas teve a lucidez política de reciclar-se para atingir seu objetivo de maneira diferente, noutro contexto.

Quanta diferença em relação ao Lula, que esbanja elogios ao Mandela mas permanece com a cabeça firmemente enraizada no passado, insistindo, p. ex., em exumar o totalmente anacrônico nacional-desenvolvimento de meados dos anos 50!

Lula, que passou apenas 1 ano e 7 meses preso, não se livrou até agora dos rancores então acumulados, a ponto de ter várias vezes demonstrado, inclusive em pleno Governo Bozo, que preferia vingar-se do já debilitado Sergio Moro do que minar a autoridade do genocida hidrófobo.

Assisti a vários filmes sobre o Mandela e considero que o melhor, disparado, é Invictus, de 2009, por ser, dentre todos, o que tem o melhor diretor (Clint Eastwood), o melhor roteiro (de Anthony Peckham e John Carlin) e o melhor ator principal (Morgan Freeman, superlativo!).
Freeman (esq.) conheceu Mandela (dir.) e diz
tê-lo admirado mais do que ao próprio Papa.

Infelizmente o Youtube não permite que ele seja postado na nossa tradicional janelinha, pois o disponibilizou apenas para compra. Também é encontrado em vários
streamings e quem sabe lidar com torrents pode baixá-lo clicando aqui.

A ideia de escrever este post me veio ao encontrar a poesia que o Mandela do filme diz ter-lhe dado forças nos piores momentos de seu calvário: é de William Ernest Henley, escrita em 1875. 

Tem tudo a ver com a trajetória dos que dedicam suas vidas ao bom combate, daí eu estar reproduzindo-a abaixo. (por Celso Lungaretti)
.
INVICTUS
Nas noites que me encobrem,
negras como um poço, de ponta a ponta,
eu agradeço a um deus qualquer
pela minha alma inconquistável. 

Das garras impiedosas das circunstâncias
não recuei nem chorei.
Sob os golpes do destino,
minha cabeça sangra mas não se curva.

Além deste lugar de ódio e lágrimas,
há apenas o horror das sombras.
Entretanto, a ameaça dos anos
ne encontra, e me encontrará, destemido.

Não importa quão estreito o caminho,
quão cheia de punições a minha sina,
eu sou o mestre do meu destino,
eu sou o comandante da minha alma.

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite Celso, tudo bem por aí?
Bem, se não tivesse lido sua crônica a alguns dias atrás,
diria que se trata de uma resposta (ou contraponto),
a fala desastrosa (mais uma), do atual mandatário,
desta vez, sobre escravidão.
E quanto à aquelas indicações de filmes "trash",
terror, faroeste, gangster (ou mesmo noir),
alguma indicação nova?
Um Forte abraço do Hebert.

celsolungaretti disse...

O Lula contempla o futuro com a nuca o tempo todo, Hebert. Depois do Capitão Cloroquina temos como presidente o Companheiro Naftalina.

Quanto às dicas de filmes, a nova postura do Youtube me desanimou.

Agora, filmes como esse do Mandela são exclusivamente para venda. E os que ainda podem ser baixados (há também os que têm características mais adultas e só podem ser assistidos no próprio Youtube) tem chatíssimas propagandas embutidas.

Só em situações especiais recomendarei mesmo sem poder acrescentar a janelinha no final.

Um abração!

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