terça-feira, 20 de dezembro de 2022

YO SOY UN HOMBRE SINCERO. E, DE VEZ EM QUANDO, ENCONTRO OUTRO...

Defendendo minha causa sozinho neste colegiado, dei mais uma volta por cima em 1985 
M
eu último emprego fixo como jornalista profissional terminou juntamente com o ano de 2003. 

E não foi por desejo meu que, quando acabava de completar 53 anos, tive de ir me virar com bicos malpagos e acabar me salvando da ruína graças à anistia de ex-preso político que fui buscar na bacia das almas. 

[Motivo: uma ação entre amigos estava em curso para se atenderem primeiramente os bons companheiros da esquerda institucional, deixando para as calendas gregas os encrenqueiros da esquerda independente. 

Só consegui virar aquele jogo porque li atentamente as regras do programa e constatei que os critérios de priorização de casos para a marcação de julgamentos estavam sendo desobedecidos.] 

Tudo era mais difícil para mim naquele tempo porque estava nas listas negras da direita (tanto da selvagem quanto da civilizada) e também das da esquerda domesticada, aquela que deixara inclusive de utilizar a palavra revolução 

Pelos motivos certos, vale dizer; hoje agiria da mesmíssima maneira.

Tendo as viúvas de Hitler e Mussolini, os devotos do Deus Mercado e os discípulos de Eduard Bernstein contra mim, não sobrava quase ninguém influente ao meu lado. 

Mas, já passara por situações terríveis em 1970 e, se então sobrevivera, não seria por aquele muito menos que eu entregaria os pontos.

E lembrei a lição do Bob Dylan: when you ain't got nothing, you got nothing to lose. Então, dali em diante levei meu compromisso com a verdade às últimas consequências, não passando pano para mais ninguém. 

Malquisto por malquisto, preferi sê-lo por não me curvar a convencionalismos e hipocrisias. Mesmo porque, não pertencendo a nenhuma elite, nada me obrigava a aceitar as regras de bom tom de qualquer uma delas.

A minha mais recente verdade inconveniente está neste post do último domingo.

E hoje tive a satisfação de encontrar outro jornalista que não rasga seda para famosos: o comentarista esportivo Luís Augusto Simon, conhecido como Menon

É um arraso o seu texto de três horas atrás. (por Celso Lungaretti)
.
NÃO SENTIREI FALTA DE GALVÃO BUENO
A
Argentina ganhou seu terceiro título. 

Messi ganhou o seu primeiro.

O Brasil, uma vez mais, caiu para um europeu nas quartas. 

Marrocos levou a África pela primeira vez à semifinal da Copa do Mundo. 

E, por aqui, há um movimento para se transformar a despedida de Galvão Bueno da Globo num dos fatos predominantes da Copa. E ele também faz parte do movimento. 

Como eu não vejo a Globo, por motivos óbvios, desde 2016, não sentirei falta alguma. Nada. 

Há tempos não me irrito com aquela lenga-lenga incentivando rivalidade com a Argentina. Eu, que gosto da América do Sul e gosto do futebol argentino, vou ficar escutando aquele blablablá? 

Não é um narrador. É a voz amplificada do Brasileiro médio. No me gusta

Galvão não se comporta como um narrador, Ele é o dono da seleção. É a Voz do Brasil

Quando leva o treinador ao seu programa, é só bola levantada, nenhum questionamento. Depois, quando perde, fica dando indiretas e fazendo críticas. 

Como alguém que perdeu o seu brinquedo. Como um namorado que não aceita a separação. 

Não vou analisar a voz de Galvão Bueno. Não sou capacitado. Quem o é garante que sua técnica é perfeita. Para mim, tanto faz. 

E de quem eu gosto? De poucos narradores.

Na Olimpíada, cansado de pachequismo, via as competições nos canais sem áudio. Mesmo assim, foi surpreendido por repórter chorando ao fazer pergunta para o surfista. 

Realmente, não gosto do jornalismo tomado pelo entretenimento. Se não é assim na política, na saúde etc., por que precisa ser no esporte? 

A Voz do Brasil não é a minha voz. (por Menon)

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