Com sua conhecida humildade, Lula já pretendeu ser uma metamorfose ambulante (o Raulzito engasgaria...). Com quem ele parecerá de agora em diante? Com a pantera cor-de-rosa?
Segundo noticiaram Luiz Vassalo e Beatriz Bulla no Estadão, a descaracterização tornará o PT praticamente irreconhecível para quem ainda se lembra de como ele era nos seus saudosos primórdios (1979/80):
"O vermelho não deve sumir, mas pode perder a preponderância para o verde e amarelo. O discurso, hoje voltado às bases, como movimentos sociais e sindicatos, deve mudar e fazer acenos, também, ao empresariado".Basta ou querem mais?
"Sócio de empreendimentos de cifras milionárias e ligado a políticos de centro-direita do PSDB e do União Brasil, o publicitário Sidônio Palmeira – recém-contratado – quer dar à campanha do ex-presidente Lula um tom que amplie seu alcance para além dos militantes, grupo que ele considera fechado e à esquerda".
Quem acompanha com espírito crítico a trajetória do PT neste século, não se surpreenderá muito. A comunicação do partido apenas vai refletir melhor a tendência que vem se acentuando internamente desde aquela melancólica Carta ao Povo Brasileiro de 2002, quando rendendo-se às exigências do grande capital para que este lhe permitisse vencer a eleição e ser empossado, Lula prometeu solenemente que os contratos, por mais crapulosos que fossem, seriam todos honrados!
Foi o início da direita, volver!, a guinada que transformou a estrela da esperança numa anã negra (estrela sem brilho).
E agora tal processo chega à culminância, com o PT passando recibo de que deixou de ser vermelho e vai disputar com o Bolsonaro o direito de utilização da marca verde e amarela.
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