Absteve-se de mencionar, p. ex., a ideia de revogar a reforma trabalhista. Preferiu equiparar, num discurso anódino, a defesa dos direitos trabalhistas com a pregação em favor da retomada do crescimento econômico...
Declarou: "Vamos criar um ambiente de estabilidade política, econômica e institucional que incentive os empresários a investirem outra vez no Brasil, com garantia de retorno seguro e justo, para eles e para o país"...
"Precisamos fazer com que a Petrobras volte a ser uma grande empresa nacional, uma das maiores do mundo"...
Vermelha é a cor da nossa alma!
TOQUE DO EDITOR – A montanha pariu um rato. O lançamento oficial da campanha 2022 do Lula não passou de um afago escandaloso à burguesia, pior ainda do que a Carta ao Povo Brasileiro de 2002, com a qual ele garantiu que todos os contratos seriam respeitados, sem exceção (ou seja, comprometendo-se a nada fazer para tentar sustar os crapulosos e os altamente lesivos aos explorados).
Nos trechos acima citados da competente análise de Josias de Souza em seu blog (Lula lança Bolsonaro como seu cabo eleitoral) o que se percebe é que a história de amor do Lula com o capitalismo agora chega ao ponto de prometer aos empresários garantia de retorno seguro e justo para eles. Ora, o retorno que eles almejam são lucros astronômicos como os dos grandes bancos que aqui atuam.
O PT vai combater o inimigo imitando-o?! |
O céu é o limite. Então, o que Lula lhes promete é exatamente... o céu!!!
De resto, ele surfa no previsível antibolsonarismo, pois bater em bêbado é um esporte agradável e sem riscos.
Percebe-se agora por que Lula tanto quis evitar o impeachment do genocida, a ponto de boicotar todas as manifestações #ForaBolsonaro. É porque não havia adversário melhor para ele enfrentar no 2º turno do que um com chifres, rabo pontudo e fedor de enxofre.
E que morressem pelo caminho as centenas de brasileiros que a pandemia matou porque quem comandava o combate a ela não passava de um boçal em guerra contra a ciência de nosso tempo!
Por último: eu jamais abrirei mão, como a cor-símbolo dos revolucionários, do vermelho que, para Marx e Engels, evocava o sangue derramado nas lutas proletárias.
Mas considero muito positivo que o PT agora o dilua no amarelo, pois bate bem com o significado em gíria de amarelar e expressa fielmente a descaracterização do partido cujas bandeiras iniciais estão cada dia mais desbotadas.
Quanto à adoção oportunista do patriotismo, que foi uma ideia-força tanto da ditadura militar quanto o é do bolsonarismo, só veio confirmar quão certo estava Samuel Johnson ao defini-lo como o último refúgio de um canalha. (por Celso Lungaretti)
O vermelho, gota a gota, irá crescendo!
Um comentário:
Luís Ignácio 'rides again'
https://www.theguardian.com/world/2022/may/08/how-lula-allies-hope-he-will-end-bolsonaro-era
Em 26 09 2006
https://www.theguardian.com/world/2006/sep/26/brazil.mainsection
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