terça-feira, 26 de abril de 2022

TEM DIAS QUE A GENTE SE SENTE COMO QUEM PARTIU OU MORREU...

...e é assim que eu me sinto depois de o Supremo Tribunal Federal contemporizar vergonhosamente com o palhaço sinistro e seu ogro de estimação.

É óbvio que o genocida não ganhou nada, pois sua graça está mais para gracejo: faz rir. 

A desculpa esfarrapada dos supremamente pusilânimes é que poderão virar o jogo adiante, quando o destino do Daniel Silveira estiver realmente sendo decidido.

Isto porque o celerado só poderia ter concedido a graça após a conclusão do processo, portanto ela caiu num vazio jurídico: o maluco perdoou os crimes gritantes e aberrantes de um criminoso que, aos olhos da lei, continua inocente, pois sua condenação ainda não é definitiva e pode ser revertida. A graça só caberia no final da linha.

Mas, para os descerebrados seguidores do tosco ignaro, foi uma vitória. E o recuo do STF, a comprovação de que o dito cujo fraqueja nos momentos decisivos. 

Então, outros blefes virão, cada vez mais inaceitáveis. E, de tanto recuarem, os togas amarelas acabarão caindo no abismo que se abre às suas costas.

Quanto ao Lula, como sempre fingiu que a encrenca não era com ele, comprovando mais uma vez, se necessário fosse, que nem de longe é o candidato de que a esquerda necessita desesperadamente neste instante. 

Se dependermos do grande ausente de todas as manifestações #ForaBolsonaro, podemos já ir nos preparando:
— 
ou o abominável conseguirá comprar os votos necessários para se reeleger com os pacotes de bondades que irão se sucedendo, agora que o Paulo Guedes se rendeu de vez à gastança eleitoreira (o que permitirá ao Bozo, parafraseando o Orestes Quércia, afirmar adiante: "quebrei o Brasil, mas me reelegi"); 
— ou virará a mesa depois de perder a eleição, obtendo êxito onde o Trump fracassou, pois aqui as hordas de bárbaros poderão invadir o TSE à vontade, sem que ninguém, absolutamente ninguém, reaja.

Está tudo perdido? Não. Uma explosão social ainda é possível, mas o diabo é que, num país de verdade (e não cá na República Miliciana do Centrão), ela já teria acontecido quando a sabotagem explícita do bestial killer contra a vacinação condenava à morte centenas de milhares de brasileiros que poderiam ter sobrevivido à covid.

Outra possibilidade é a esquerda se lembrar de que existe para lutar pela justiça social e pela liberdade,  não para ganhar eleições com plataformas reformistas e administrar o estado burguês enquanto a burguesia permite. Mas, esta segunda hipótese me parece mais remota ainda... (por Celso Lungaretti
 

6 comentários:

Anônimo disse...

Como disse Lima Barreto "o Brasil não tem povo, tem público"Já as instituições estão abarrotadas de oportunistas, covardes, pilantras e afins. Sobre a dita esquerda, só se afunda na âncora lulopetista.

Um abraço, Celso

Marcelo Roque

celsolungaretti disse...

Um abraço pra vc também, velho amigo!

Anônimo disse...

Caro Celso

"Bolsonarismo fala com valores do Brasil profundo, dizem pesquisadores"
Shin Suzuki Da BBC News Brasil em São Paulo
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61185034

Será a BBC entrando na campanha do Bozo?!
Cruz Credo!

celsolungaretti disse...

Companheiro das 12h03,

não é matéria plantada para alavancar o Bozo, é a conclusão de especialistas. E faz todo sentido.

O que é o "Brasil profundo"? Miséria, atraso, ignorância, misticismo e subserviência aos poderosos. O caldo de cultura ideal para os reacionários.

Como disse o Lênin certa vez: "O campesinato constitui tanto uma classe quanto as batatas colocadas num saco constituem um saco de batatas".

Ou seja gente rústica e manipulável, perseguindo objetivos individuais, sem nenhuma propensão para somar forças com seus iguais para travar lutas coletivas.

Precisamos voltar aos clássicos do marxismo. O universo que nos favorece é o de pessoas e categorias que são beneficiadas quando as forças produtivas estão se desenvolvendo, nas as que vegetam na estagnação.

Temos de personificar a mudança, a evolução, a marcha para o futuro.

E o bolsonarismo, coerentemente, representa o retrocesso civilizatório, a truculência, a volta ao passado medíocre da Idade Média, em que os pobres aguentavam resignados o sofrimento porque a Igreja lhes prometia o paraíso após a morte.

Na atual pasmaceira, com o Brasil crescendo 0,000001% ao ano, o bolsonarismo tem tudo a ver.

Nós é que estamos errados, tentando mudar as coisas nas urnas. A esquerda brasileira parece estar esquecida do que significou 1789, 1917 e 1968. Sorte dos reaças.

Anônimo disse...

Caro Celso

Agradeço por me ajudar a entender qual é o tal "Brasil profundo"!

SF disse...

***
Depois dos ritos nos quais, sintomaticamente, Exu foi declarado vencedor.
***
Miséria e carestia.
Baixa geração de valor válido.
Fake news e ALGARAVIA!
Querelas e palavrórios
É o capital em agonia!
***

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