domingo, 3 de janeiro de 2021

PARA JANIO DE FREITAS, A FALTA DE VACINAS E SERINGAS SÓ PODE TER UMA EXPLICAÇÃO: SER ESTA MESMA A INTENÇÃO DO GENOCIDA!

janio de freitas
TRAIÇÃO DE BOLSONARO E PAZUELLO SE DEMONSTRA
COM POPULAÇÃO DESGUARNECIDA DE VACINAS E SERINGAS  
O contraste entre a dedicação corajosa do pessoal da saúde e a sabotagem da turma de Bolsonaro à imunização geral reflete, e denuncia, a falta de caráter coletivo das classes e categorias que dominam o Brasil.

O alheamento dessa porção poderosa, historicamente ativa na fermentação dos golpes de Estado e, com menor necessidade, contra reduções das desigualdades, oferece o alicerce para uma traição que passa de presumida a demonstrada.

O caso das seringas é eloquente. Há mais de oito meses, ainda com Henrique Mandetta como ministro, a compra de seringas e agulhas estava em questão, inclusive com referência ao Ministério da Economia sobre verbas.

A imobilidade do governo só se rompeu há duas semanas, com um pregão em que o Ministério militar da Saúde fixou e exigiu preços abaixo dos vigentes. Só conseguiu comprar 24 em cada 1.000 seringas que dizia querer.

Por mais retardadas que sejam as mentes de Bolsonaro e do general Pazuello, é impossível admitir que levassem tanto tempo para perceber necessidade assim óbvia e, apesar disso, tão advertida a ambos. Nada os moveu. Além de entupidos nos canais da inteligência e da audição, estavam cegos para a ação do mundo todo.

Bolsonaro, Pazuello e os militares do Exército ao redor de ambos deixaram o tempo correr por decisão. Foi recusa deliberada de adotar as providências simples como nas vacinações em que o Brasil e o SUS se tornaram exemplo planetário.

Nada, absolutamente nada pode explicar que Bolsonaro e Pazuello deixem a população desguarnecida de vacinas e seringas, a não ser a decisão de fazê-lo.

Dupla traição: aos deveres constitucionais das respectivas funções e à população. Logo, ao próprio país, pelas consequências sociais discriminatórias, econômicas e nas relações políticas/comerciais com o exterior.

Outros sinais indicam a permanência da decisão de protelar a compra de vacinas e seringas, por sucessivas trapaças, até onde isso seja possível.

Há pouco, Bolsonaro confirmou que não dá bola para a falta de imunizadores nem para o vergonhoso atraso brasileiro. A responsabilidade, na sua explicação, é dos laboratórios: Tinham que estar interessados em vender pra gente. Os vendedores é que tinham que vir atrás.

Para comprar cloroquina, Bolsonaro em pessoa é que foi atrás de Trump e do indiano Modi.

A explicação imbeciloide recebeu seguimento do coronel Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério militar da Saúde. Segundo ele, não houve autorização da Anvisa nem compra de vacina porque não pode
pegar a Pfizer pelo braço para negociar.

As duas explicações, como de praxe, são falsas. A verdade é que o representante da Pfizer se apresentou no ministério, em tempo hábil para o fornecimento prioritário. Tomou chás de cadeira memoráveis.

E não conseguiu ser recebido pelo general Pazuello. Com justa irritação, em poucas palavras falou a repórteres do seu insucesso. Pazuello e seus camaradas não queriam saber de compra de vacina.

Para quem se iniciou como terrorista contra quartéis do Exército e para quem, como Pazuello, diz que outro manda e ele obedece, ordem de sabotagem e traição são naturais. Tanto que recebem a complacência, ou cumplicidade, do segmento social com poder de influência.

O Bolsonaro que acumula mortes, por exemplo, tem o aplauso de 58% do empresariado —os graúdos. (por Janio de Freitas)
.
TOQUE DO EDITOR – Brilhante e corajoso como sempre, Janio de Freitas está certo em quase tudo que afirma. 

Concordo plenamente com a acusação que faz ao Bozo, de estar, desde o início, sabotando o combate ao coronavirus, o que faz dele um abominável genocida, responsável direto por uma enxurrada de crimes contra a humanidade.

Mas, tendo me dedicado desde a idade de 18 anos a conhecer cada vez melhor as intenções dos meus inimigos para combatê-los com mais eficácia, sou obrigado a discordar da acusação do Janio aos empresários graúdos

Não é por serem aqueles a quem nos cabe superar que devemos satanizá-los de forma maniqueísta, caso contrário passaremos a duelar com meras caricaturas. O que os move, já dizia o economista burguês, Eugênio Gudin, é o L-U-C-R-O, e eles nada teriam a lucrar com tais desatinos do D. Bozo, sempre em busca de moinhos de vento para chamar de dragões. 

Muito mais sentido faz considerá-lo um Tradicionalista (vide aqui) que acredita mesmo na necessidade de destruir tudo para construir de novo; ou um mero desequilibrado mental que há muito deveria estar entregue aos cuidados dos homens de branco.
Se 58% dos empresários, em pesquisa de opinião, cravaram apoio genérico ao Bozo, há mil explicações possíveis. Mas, por tudo que conheço dessa laia, afirmo que a última coisa por eles desejada é o alongamento das limitações que a pandemia impõe ao livre curso de seus negócios.

A prova em breve virá: a nocividade do Bozo hoje está superando tão acentuadamente os ganhos por eles auferidos em função de sua permanência no poder que, a partir de uma simples avaliação de custos e benefícios, os chamados
donos do PIB logo tomarão a decisão de orquestrar seu defenestramento. É simples assim.
(por Celso Lungaretti)  

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