Pedalada fiscal e Fiat Elba. Estes foram os motivos dos dois impeachments que triunfaram no Brasil. Óbvio, estas causas foram apenas a justificativa jurídica para deposições cujas causas primordiais eram econômicas e sociais.
Impeachments anteriores foram brincadeira de criança |
Sou cético quanto a isto e meu ceticismo se justifica pelo histórico do capitalismo, particularmente do brasileiro.
O capitalismo nasceu sobre o genocídio: primeiro dos indígenas, depois dos negros escravizados e, por fim, dos negros residentes na África.
Estes genocídios foram fundamentais para o desenvolvimento capitalista nos primeiros quatro séculos de sua existência. De modo algum eram uma vergonha para a iluminada Europa, mas antes motivos de orgulho da superioridade da civilização burguesa domando os povos bárbaros do mundo.
Este genocídio marcou nascimento da América |
Mas não ficou por aí. No século 20, a burguesia aplaudiu um genocida igual a Hitler, visto como exemplo de líder moderno, capaz de fazer frente ao perigoso comunismo soviético.
Fato é que o capitalismo alemão não teve nenhum pudor em explorar a mão de obra escrava dos prisioneiros dos campos de concentração e, assim, alavancar a níveis estratosféricos o lucro das empresas nacionais.
E no Brasil? Por quanto tempo a escravidão sustentou os aristocratas brasileiros que iam à Europa brilhar nos salões cosmopolitas?
Assim era no paraíso perdido dos bolsonaristas |
E depois, quantos milhões não morreram de fome?
Milhões em plena ditadura militar, segundo projeções. No capitalismo, a vida dos trabalhadores é descartável.
Nossa elite, cujos membros chegam a ser piores ainda do que os oligarcas russos, terá sensibilidade diante das mais de 200 mil mortes pela covid-19 ou vai estar mais interessada em completar seu projeto de super-exploração?
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