"Quem afrouxa na saída
ou se entrega na chegada,
não perde nenhuma guerra
mas também não ganha nada"
(Geraldo Vandré)
Enquanto a esquerda domesticada prioriza eleições municipais, as torcidas organizadas do futebol tomam seu lugar no que realmente importa: levar às avenidas a indignação nacional contra nosso pior presidente da República em todos os tempos.
Há quem deveria regozijar-se por ver afinal brilhar a chama da resistência, mas preferiu criticar aqueles valentes que, correndo o risco de se contaminarem com o coronavírus e de serem barbarizados pelas polícias estaduais, foram dar um basta! ao celerado que está destruindo o país e exterminando brasileiros com sua postura genocida diante da Covid-19.
As lutas sociais sempre foram grandes devoradoras de caracteres. É nos momentos decisivos que constatamos quem conserva intacto seu espírito de luta e quem perdeu o trem da História.
Durante minha militância de mais de meio século sempre preferi cair lutando do que me preservar para oportunidades futuras que nunca chegam. A hora de lutar é sempre agora!
O que não implica quixotismo. Em cada momento, devemos ir até onde a correlação de forças permite. Quem prega a luta armada neste momento é um insensato. Quem prega a omissão abúlica diante de todos os desmandos e abusos e um pusilânime.
O que não implica quixotismo. Em cada momento, devemos ir até onde a correlação de forças permite. Quem prega a luta armada neste momento é um insensato. Quem prega a omissão abúlica diante de todos os desmandos e abusos e um pusilânime.
Temos de estar preparados para sofrer por nossas convicções, trocando o olho por olho, dente por dente pela superioridade moral. É tempo de Gandhi e não de Guevara, mas lembrem-se: ambos conseguiram libertar países pelos quais lutaram.
Por último, fingirmo-nos de estátuas em nada ajuda nossa causa. Quando brasileiros morrem como moscas devido à administração caótica da crise sanitária, não podemos permanecer de braços cruzados, à espera de que os poderosos deem um jeito de remover o bode que colocaram na sala e agora está inclusive atrapalhando os negócios deles.
Primeiramente porque já o deveriam ter feito há muito tempo (crimes de responsabilidade existem aos montes!), então o medo da explosão social talvez seja o ingrediente que falta para lhes cair a ficha de que a solução tem de chegar com urgência.
Primeiramente porque já o deveriam ter feito há muito tempo (crimes de responsabilidade existem aos montes!), então o medo da explosão social talvez seja o ingrediente que falta para lhes cair a ficha de que a solução tem de chegar com urgência.
Depois porque, se forem apenas os poderosos a agirem em nome da Nação, serão os interesses deles que prevalecerão na montagem do novo esquema de poder.
Ou seja, tenderá a repetir-se 1985, quando a esquerda deixou-lhes a iniciativa após a rejeição da emenda das diretas-já e se condenou (condenando os brasileiros) a governos desastrosos como os de Sarney e Collor.
É fundamental nossa firme participação na aliança que se formará para a salvação nacional. Se nossa pasmaceira recente impede que sejamos a força dominante no processo de desfascistização do Brasil, força insignificante é que não podemos ser!
Então, este domingo nos apontou o caminho a seguirmos doravante. Já reconquistamos as avenidas: é nosso melhor momento em 2020!
Precisamos mantê-las nossas até a vitória, pois não há tempo a perder. Temos um país para reconstruir! (por Celso Lungaretti)
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