Um amigo de décadas acaba de receber pelo WhatsApp e me repassar um áudio de 1'05" (clique aqui para abrir), cujo locutor se identifica como Beto Fontes, de Londrina, PR.
No seu perfil no Youtube, apresenta-se como "jornalista investigativo, analista de mídias sociais, ativista e coaching"). E é ele quem faz esta convocação para uma versão brasileira da Marcha sobre Roma de 1922, que marcou a conquista do poder por parte dos fascistas italianos:
No seu perfil no Youtube, apresenta-se como "jornalista investigativo, analista de mídias sociais, ativista e coaching"). E é ele quem faz esta convocação para uma versão brasileira da Marcha sobre Roma de 1922, que marcou a conquista do poder por parte dos fascistas italianos:
"Este áudio é curtíssimo para que vocês possam compartilhar em todas as redes.
Dia 30/06/2019 voltaremos às ruas contra o crime político organizado.
A pauta será única e objetiva, ou seja, o tiro letal contra a corrupção que vem atravancando um governo que nós elegemos democraticamente.
Todo poder emana do povo, artigo 1º, é constitucional. E o povo irá às ruas ordenado para que o presidente Jair Bolsonaro acione o artigo 142 da Constituição Federal e faça uma faxina constitucional.
[Que] Juízes e políticos corruptos, inclusive jornalistas criminosos, [sejam] julgados e condenados sem redução de pena.
Quem manda no Brasil somos nós e o governo que nós elegemos democraticamente está precisando do nosso apoio.
E a pauta é objetiva e única: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
Quanto ao citado artigo 142, eis o que ele estabelece:
"As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem".
Então, depreende-se que se pretenda colocar o povo nas ruas para dar ao presidente Jair Bolsonaro um pretexto para ele, presumivelmente em nome da defesa da lei e da ordem, ordenar às Forças Armadas que barbarizem o Judiciário, o Legislativo e a imprensa.
Isto se faz com anuência do próprio presidente ou à sua revelia? Não há como provar, mas se pode conjeturar, a partir deste relato de hoje (2ª feira, 17) do jornalista Reinaldo Azevedo:
"É de assombrar a sequência de ações destrambelhadas do senhor presidente da República em 96 horas. Entre a quinta, data em que o deputado Samuel Moreira apresentou o texto da Previdência, e este domingo, o chamado Mito se dedicou incontinente à tarefa de gerar crises.
E não! Não se trata de coisas irrelevantes. Pior: em duas das invectivas contra o bom senso, contou com o auxílio de Paulo Guedes, tido por incautos como âncora da estabilidade do governo.
...Atenção! Na mesma quinta em que se apresentou o texto da Previdência, Bolsonaro demitiu Santos Cruz da Secretaria de Governo e pôs em seu lugar um general da ativa: um paraquedista vai fazer articulação política.
Na sexta, anunciou que vai pôr na rua o presidente dos Correios e criticou o STF, voltando a defender um evangélico no tribunal. No mesmo dia, Guedes disparou contra Joaquim Levy, então presidente do BNDES, e desferiu duras críticas ao Congresso e ao texto da reforma.
No sábado, o presidente disse que a cabeça de Levy estava a prêmio e que, para governar, precisa mais do povo do que do Parlamento. Adicionalmente, defendeu o armamento da população e, se preciso, a luta armada propriamente.
E isso em meio ao escândalo das conversas de pornografia política e jurídica explícita entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol".
Ou seja, há fortes motivos para supormos que Bolsonaro esteja mesmo decidido a virar a mesa para obter poderes bem maiores do que a Constituição lhe concede. E que ele sonhe com uma reedição do êxito de Mussolini ao marchar com seus fascistas sobre Roma.
Um comentário:
O Rodrigo Maia se referiu ao (des)governo do bozo como uma usina de crises.
Ele sabe muito bem o que estão tramando nos bastidores do poder, em especial os generais com a orientação dos istêits.
E é isso mesmo, uma situação de caos ininterrupta, crises institucionais até que...os milicos assumem de vez e "põe a ordem na nação"...
É isso mesmo, CL, o Brasil está prestes a bisar 64, pois para os istêits nosso país é apenas uma peça no xadrez da geopolítica mundial. Dessa forma, os gringos vão controlar o pré sal e o agronegócio contra China e Rússia...
E os istêits não estão nem aí para o genocídio dos pobres...
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