segunda-feira, 17 de junho de 2019

MINISTRO TCHUTCHUCA SE MOSTRA UM BOM VENDEDOR DE TERRENO NA LUA

vinícius mota
GUEDES ACELERA O BONDE DO TIGRÃO
Tigrão está solto. O ministro Paulo Guedes entrou em mais um de seus transes periódicos. Rosnou para a Câmara dos Deputados e acabou de trucidar um chefe do BNDES que já havia sido crivado pela artilharia presidencial.

Tidos como animais astutos, os grandes felinos costumam ser parcimoniosos no emprego de seu poder de destruição. Não este exemplar. Ataca quando tudo parece encaminhado. Investe contra carniça da própria espécie.

Meninos e meninas da Faria Lima vão acordar nesta segunda (17) confusos com o seu ministro de estimação. Talvez comecem, enfim, a negociá-lo no preço justo, como mais um foco de instabilidade num governo repleto deles.

Mas, se observarem bem, verão que o predador não está assim tão provido. As garras e os dentes não metem medo no Congresso, onde o apoio ao governo Bolsonaro se reduz a uma minúscula patota no jardim da infância da política.

Como administrador, mostra-se um bom vendedor de terreno na Lua. Fala em arrecadar R$ 1 trilhão (risos) com privatizações, misturar água e óleo na tributação e implantar um regime extemporâneo de capitalização na Previdência. Menosprezou a Argentina e, meses depois, deu curso à fábula da moeda única com o país vizinho.

Tigrão às vezes não é o dono do pedaço nem sequer na sua pasta. Foi ignorado no episódio em que Bolsonaro deu uma de Maduro e mandou a Petrobras cancelar reajuste. Partiu para cima de Joaquim Levy só depois que o chefe gritou pega!.

Os percalços da aventura Paulo Guedes não surpreendem os analistas que conheciam a sua personalidade e as dificuldades políticas de implantação de qualquer agenda reformista numa sociedade complexa e democrática como a brasileira.

A redução das expectativas gerais quanto ao superministro ajuda a consolidar o cenário em que as lideranças do Congresso conduzem a parte mais importante do jogo, enquanto no Executivo o baile funk não para. Quer dançar?​ (por Vinícius Mota)

Um comentário:

Anônimo disse...

***
Não fosse pelos robots da Boston Dynamics e outros avanços tecnológicos estaríamos em vigoroso embate genocida.
A mania de de alimentar o ódio, típica da doentia mente humana, porém, nos oferece o tedioso espetáculo da guerra de informações, cujo palco são as redes sociais.
Lutam black e white hackers pela propriedade da versão, posto que a verdade... essa está além, muito além da pequenez das suas mentes duais.
Cada vez mais me convenço que tenho que ser extremamente cético e focar no essencial para bem viver, apesar de todo o emaranhado de anzóis que tentam fisgar os nossos corações e mentes.
Definitivamente a dialética é outra, algo como, algaravia/silêncio meditativo.
Socorro-me e parodio o meu conterrâneo Zé Ramalho: calar por tristeza, nunca calar por calar.
Serenamente a caravana passa, os cães ladram a direita e a esquerda.
Olho a Estrela do Oriente e vou seguindo neste deserto, certo que existe o oásis.
Aves voejam adiante.

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