O que se depreende do trágico apoio de 57% dos moradores da capital e da região metropolitana do Rio de Janeiro à carnificina promovida pelo governador Cláudio Castro?
Simplesmente que o PT falhou por completo naquela que deveria agora estar sendo a sua principal tarefa: conscientizar a população de que a civilização é melhor do que a barbárie.
Não, o PT abandonou o povaréu ao proselitismo desumano de evangélicos, defensores do empreendedorismo e da meritocracia, saudosos da ditadura militar, etc.
Não se ocupou mais de propor soluções igualitárias e compassivas para as aflições dos excluídos, dos humilhados e dos ofendidos.
Tornou-se um partido que só existe para disputar eleições e depois governar com um tiquinho maior de benefícios para os coitadezas, umas migalhas a mais caídas da mesa dos opulentos sendo distribuídas para os famintos.
Então, como não vai mais onde o povo está para lutar ao lado dele contra as injustiças sociais, deixou que o fascismo passasse a fazer a cabeça dos proletários e dos lúmpens. O resultado é o péssimo Congresso que está aí, forçando o Lula a comprar a aprovação legislativa de cada uma de suas medidas mais importantes; ele finge que governa enquanto mal consegue disfarçar a sua impotência.
E que ninguém se surpreenda se a direita retomar a presidência no ano que vem; ela é a favorita disparada.
Até mesmo se massacres cada vez mais chocantes se tornarem a única forma de combate ao crime organizado: enquanto o povo aplaudir, sempre haverá Cláudios Castros fornecendo-lhe o sangue pelo qual anseia.
E enquanto puder tirar proveito disto, a direita continuará defendendo o governador matador, inclusive os ditos católicos e ditos evangélicos, que mandam às favas o quinto mandamento cristão: "Não matarás". (por Celso Lungaretti)
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