Jair Bolsonaro, contudo, não estava sendo burro ao simular um atentado que lhe servisse de desculpa para fugir dos debates eleitorais nos quais já tinha sido derrotado por Guilherme Boulos e triturado por Marina Silva.
Burros foram os que acreditaram naquela patranha, que o vídeo Facada no Mito (depois removido do YouTube a pedido do farsante) desmascarou sem deixar margem nenhuma para dúvida.
Empossado após a eleição mais fraudulenta do Brasil em todos os tempos, ele novamente continuou a servir-se do terrorismo, mas com um novo propósito: o de eternizar sua presidência pela via do golpe de estado.
Passou quatro anos semeando ventos, mas não colheu as tempestades que almejava pelo simples motivo de que jamais passou de um poltrão se fingindo de machão.
Três vezes ele engatilhou o sonhado golpe (nos Dias da Pátria de 2021 e 2022, depois no 08.01.2023) e nas três amarelou repulsivamente, sendo o único golpista que não era encontrado no palco do golpe.
Mas, quem saiu dominante das eleições municipais não foi a direita ferrabrás, mas sim a convencional, que agora está com a faca e o queijo na mão para obter outra vitória esmagadora em 2026.
Tal direita nada tem a lucrar com o terrorismo, portanto deverá colaborar com os petistas para evitar o alastramento dessa praga.
E, se o Bolsonaro apostava todas as suas fichas em conseguir uma anistia ilegal para concorrer á presidência na próxima eleição, a palhaçada terrorista serviu para a direita majoritária se dar conta de que correrá algum risco se contribuir para os planos malucos do Bozo.
O que já era difícil (porque implicava confronto de Poderes) agora se tornou impossível. Sem força para fazer aprovar a anistia inconstitucional no Congresso, o azarão Bozo tende a ficar chupando o dedo enquanto Tarcísio participará da próxima eleição como o grande favorito.
Isto é o que ocorre quando um espertalhão coloca ideias de jerico na cabeça de imbecis, mas não tem como controlá-los o tempo todo. A chance de o tiro sair pela culatra e atingir o próprio instigador se torna enorme. (por Celso Lungaretti)
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