segunda-feira, 10 de outubro de 2022

BATALHA DE URNARARÉ: MILITARES SE RETIRAM SEM RECONHECER A DERROTA

jânio de freitas
INVESTIDA CONTRA URNAS AGORA TEM SILÊNCIO SEM DEFESA

Em condições anormais, o percurso daqui ao dia 30 se encerrará com vitória do ex-presidente Lula. 

Contudo, não está extinto o risco de que se volte ao que é a normalidade destes tempos, sucessão impune de aberrações e crimes do governo, um tanto contidos desde o 1º turno eleitoral.

A combinação de derrota inapelável do golpismo na batalha inicial e condições mais promissoras para Lula nos dados preliminares, não garante sucessão tranquila com possível derrota de Bolsonaro.

O Tribunal Superior Eleitoral proclamou os 100% de aprovação às urnas e à contagem. Importa pouco ou nada o silêncio de Bolsonaro a respeito. Não é o caso do Ministério da Defesa e do general-ministro Paulo Sérgio Nogueira.
Foram a infantaria no ataque às urnas e à lisura eleitoral, dando realidade às circunstâncias golpistas em que Bolsonaro foi e é o instigador.

A investida da Defesa em nome dos militares, sem precedente algum que a justificasse, foi pública e documentada em questionamentos com óbvio propósito de induções na opinião geral.

Os experts informáticos e eleitorais das Forças Armadas perscrutaram os intestinos das urnas e os hipotéticos mistérios do processo. O próprio general pôde conhecer a iluminada e transparente sala secreta e escura denunciada pelo despudor de Bolsonaro.

Quantas fraudes ou indícios a operação militar detectou? E as urnas, que tal? Ou não era no processo eleitoral que estava o desvio alegado pela operação?

É razoável esperar que a Defesa e seu ministro cumpram o dever de informar o país sobre o assunto com que o inquietaram. E o diminuíram no mundo. 

Oposição à democracia não isenta de deveres. (por Jânio de Freitas)

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails