Como o presidente brasileiro em vias de ser atirado à lixeira da História tem muitas afinidades ideológicas com tal governo e como essa vergonha francesa é pouquíssimo lembrada nos dias de hoje, resolvi recordar Vichy:
1. por meio de um artigo escrito pelo professor Pedro Eurico Rodrigues para o site InfoEscola; e
1. por meio de um artigo escrito pelo professor Pedro Eurico Rodrigues para o site InfoEscola; e
2. do filme Sessão Especial de Justiça (dirigido por Costa-Gravas em 1995, com roteiro de Jorge Semprún e tendo Michael Lonsdale e Jean Bouise como atores mais conhecidos).
Vale ressalvar que as semelhanças cessam no tocante a quem encabeçou tais repulsivas indignidades históricas. No caso da França, um herói da 1ª Guerra Mundial que se tornou um vilão na 2ª. No brasileiro, um ex-militar expulso do Exército e que passou as três décadas seguintes parasitando o Legislativo, como figura secundária das fileiras fisiológicas e corruptas.
Ou seja, o primeiro havia sido algo um dia, o segundo jamais passara de uma nulidade absoluta, como os brasileiros tardiamente constataram. (CL)
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TRABALHO, PÁTRIA E FAMÍLIA ERA O LEMA
DE VICHY. QUALQUER SEMELHANÇA COM O DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA
DO BOZO NÃO É MERA COINCIDÊNCIA...
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O Bozo genocida faz jus ao mesmo destino |
Este governo se opôs à resistência francesa que tinha seus líderes em Londres, na Inglaterra, e em Argel, na Argélia. Logo após a ocupação o marechal Philippe Pétain torna-se o primeiro-ministro do Governo de Vichy e trata com os alemães em 17 de junho um armistício com a intenção de acabar com a guerra.
Em 22 de junho de 1940 o armistício é assinado com as seguintes condições:
— dois quintos do país seriam administrados pelo governo francês;
— todos os judeus da França seriam entregues aos alemães;
— o exército francês contaria apenas com cem mil homens;
— permanência dos presos de guerra no cativeiro;
— caberia a França arcar com os custos da ocupação alemã; e
— os franceses não poderiam deixar o país.
A Inglaterra imediatamente retira todos os tratados diplomáticos com o Governo de Vichy. Cinco dias depois disso, em 10 de julho de 1940, a III República francesa é extinta por votação na Assembleia Nacional. Em seguida, Philippe Pétain acaba com a constituição francesa de 1875 e faz todos os poderes convergirem para si ao promulgar três decretos.
O governo de Vichy, com o controle de Pétain teve certa aceitação popular, e trocou o bordão francês Igualdade, Liberdade e Fraternidade por Trabalho, Pátria e Família.
Dificultou várias pautas progressistas em seu mandato, tais como o divórcio e o aborto, pois enaltecia os valores da família mononuclear burguesa, tendo o marechal inclusive condecorado pais de família.
Pétain torna-se neste momento uma personalidade com grande aceitação popular. Muitas pessoas importantes colocam-se ao lado dele, acreditando que ergueria a França graças à sua revolução nacional.
Após a libertação da França pelos aliados, em de agosto de 1944, o país volta a ser uma república, anulando a ata de 10 de julho de 1940.
Pétain, acusado de alta traição e alvo da indignação nacional, foi condenado à pena de morte, porém Charles de Gaulle, grande líder da resistência, concede a ele prisão perpétua.
Pétain morreria na prisão, em 1951. (por Pedro Eurico Rodrigues)
O filme mostra os contorcionismos jurídicos do governo fantoche
para condenar cidadãos inocentes, visando servirem como bodes
expiatórios de um atentado cometido contra militares alemães
6 comentários:
Caro Celso
Mais alguma contribuição
https://www.poder360.com.br/opiniao/legado-de-bolsonaro-inclui-recordes-de-pobreza-desigualdade-e-fome-jose-paulo-kupfer/
http://www.obinoadvogados.com.br/conteudo/bolsonaro-e-o-indice-de-miseria/
https://economia.ig.com.br/2022-07-10/miseria--inflacao--dividas-e-desemprego-impacto.html
https://www.oanhanguera.com.br/arquivos_personalizados/uploads/biblioteca_imagens/indicemiseria_62cad856734b7.webp
https://s2.glbimg.com/zUJD1R54fQ9ayWypHM_Qw-njgBk=/0x0:621x610/640x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/c/f/R7kkJTR22YKvKEJhqW0w/razao-entre-rendimentos.jpg
https://www.bbc.com/ws/includes/idt2/fd1d046a-8f98-4342-be7a-6d0e1e35ee92/image/816
Falando em franceses... depois do (quase) ilegível Heidegger estou lendo Sartre (O Ser e o Nada).
Sartre é melhor escritor e mais fácil de ler.
Ele escreveu Ser e Nada depois de ler Ser e Tempo num campo de concentração alemão onde ficou preso.
O Sartre e o Camus foram os primeiros escritores de livros adultos por quem me fascinei. Antes, o Monteiro Lobato.
Ignorava que ele esteve preso num campo de concentração alemão. Não me lembro de haver lido nada que o indicasse, ao contrário do Jorge Semprún, cujas memórias de prisioneiro renderam uma meia-dúzia de livros, a ponto de os últimos ficarem repetitivos e previsíveis.
Devo ter lido umas cinco ou seis vezes a trilogia "Os caminhos da liberdade". Me identificava com o professor de filosofia Mathieu Delarue, que passa a vida não se engajando para preservar sua liberdade e, no fim, a exerce num suicídio romântico: com os franceses já rendidos, ele resiste a bala à chegada das tropas alemãs, com um único objetivo final: durar 10 minutos antes de ser por eles abatido.
Eu pensava que fosse parecido. No entanto, engajei-me na minha guerra mal acabava de completar 18 anos.
Também não tinha muito a ver com o Mersault d'O Estrangeiro. Então como agora, as motivações das pessoas comuns me parecem bizarras, tipo "como conseguem dar tamanha importância a uma besteirinha dessas?".
Mas, não as vejo como espécimes sob um microscópio, e sim de forma compassiva. Sei que, noutras circunstâncias, esses pobres coitados poderiam ser muito, mas estão reduzidos a nada. Isso me entristece.
Dos livros de filosofia do Sartre, o único fácil de compreender é O Existencialismo é um Humanismo. E a peça As Moscas é uma das melhores que conheço, no sentido de expressar noutra linguagem uma discussão filosófica.
A versatilidade dele também se nota em A Engrenagem, um panfletão impecável para a época. Escritores militantes seriam incapazes de produzir um igual.
Um abração!
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Epa! Celso.
Não sou da intelectualidade. Nem tenho erudição.
Minha leitura diletante dessas obras a respeito ontologia é porque eu quero ver como essas mentes brilhantes traduziram para a linguagem algo que sempre me pareceu impossível de dizer: a questão do ser.
Depois de ter ficado atônito com linguagem usada por Heidegger, estou amando Sartre que tem verve e escreveu em idioma latino.
Divertiu-me o nó que ele dá ao tentar explicar que o ser não é um círculo vicioso, mas um fenômeno circular. Ou quando afirma que a consciência só pode ser a consciência de alguma coisa e, ao mesmo tempo, tenta negar que ela (a consciência) exista em potencial, para concluir que a consciência é e não é "nada" ao mesmo tempo.
Sartre também é moralista e o Ser e Nada é um tratado de moral ateísta.
Ele confessa isso em um vídeo "Sartre por Ele Mesmo", no qual ele destaca que exagerou na teórica liberdade do ser e confessa que relevou um pouco a contingência no livro.
Também neste vídeo ele diz que leu Ser e Tempo na biblioteca do campo em que foi prisioneiro de guerra alemão. Não era de campo de concentração, mas quase.
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No mesmo vídeo ele assevera que "O Existencialismo também é um Humanismo" não é um livro de filosofia, mas sim a transcrição de uma palestra da qual autorizou apenas 1000 cópias. Só que imprimiram milhares!
O cara era um gênio! Uma palestra dele repercute até hoje.
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Quanto a política atual e pretérita não há como dizer melhor do que os caras da teoria do jogos quando definem um jogo honesto.
Simetria de informação e oportunidades.
Isso existe na política? Não?! Então ela é um jogo desonesto.
Inevitavelmente chegará ao equilíbrio de Nash, no qual um jogo cooperativo (honesto) se torna um jogo de soma zero (competitivo) com os perdedores de sempre.
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Não sei se foi Diógenes ou Schopenhauer (ou o Grande Nihil) quem disse que "quanto mais conheço os humanos mais gosto do meu cachorro"!
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Se você não é intelectual, eu muito menos. Já li e "decodifiquei" alguns livros bem herméticos, mas só me dou a esse trabalho quando o que deles quero extrair vai ser de algum proveito para mim nas batalhas da vida.
No começo, era para entender a mim mesmo e ao meu papel no mundo. Depois, passou a ser para revolucionar esse mundo.
Escolhi um destino que a bem poucos gratifica: as chances de alguém desempenhar papel minimamente relevante numa revolução são mínimas, pois exigem que estejamos no lugar certo, na hora certa e tenhamos as aptidões que aquele momento exige. Tudo isto acontecer simultaneamente é mais difícil ainda do que uma moeda cair em pé ou achar uma agulha num palheiro.
Mas, tive lá meus momentos e, se pudesse refazer a minha trajetória, trataria apenas de ser mais eficiente no que me dispus a realizar; escolheria os mesmíssimos caminhos.
Acho fascinantes suas incursões pelo campo teórico, tenho uma boa noção do esforço que elas exigiram de você para chegar ao estágio atual, mas não me arrependo nem um pouco de ter abandonado esse caminho.
O que mais quis na vida foi fazer História, não cheguei nem perto, mas mesmo minhas tentativas inconclusas já me deram um vislumbre de como seria se as coisas tivessem dado mais certo.
E, num país no qual o que mais se vê são "os filhos teus fugindo à luta", eu pelo menos lutei com todas as minhas forças e habilidades.
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Tá certo, companheiro.
Entendo que não queira mais estender esse assunto.
Faria o mesmo se estivesse no seu lugar.
Posso estar errado, mas, quando vi os recentes acontecimentos em Shanghai, em especial o uso de cães robôs nas ruas para promover o aprisionamento da população, comecei a perceber que é o humano e a humanização, a consciência (este nada que alguma coisa é) e a Liberdade que farão frente ao tecno-fascismo que está se impondo.
Então, despertar as pessoas para seu potencial humano será mais efetivo do que envolver-se em jogos de soma zero contra máquinas (coisas).
Ao nos afirmarmos enquanto Projetos (de vida), e não como objetos inconscientes e inconsequentes envolvidos em lutas perdidas, estaremos dando uma resposta superior a proposta dos tecnocratas de plantão.
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Em tempo...
https://youtu.be/7GmDJ1xofTI
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