Cada vez que o Bozo leva seu circo para fora do Brasil, o prestígio internacional do nosso país despenca mais um pouco.
São tantas as asneiras que dispara como metralhadora e os vexames por ele protagonizados, que vou abster-me de enfileirar exemplos, até porque não caberiam no espaço deste post.
Eu precisaria fazer uma série de, digamos, umas cem partes, não hesitando em eclipsar os três volumes do Festival de Besteiras que Assola o País. Mas, tive pena do saudoso Sérgio Porto (nome real do Stanislaw Ponte Preta)...
Entrevistado pelo jornal El País em Madri, Lula cometeu a mesmíssima lambança tantas vezes repetida pelo palhaço sinistro: trombetear em países civilizados o que só pega bem junto aos seguidores fanatizados daqui. No caso do Lula, defender o indefensável ditador bananeiro da Nicarágua, Daniel Ortega.
Teimoso como uma Lula, o mula (ôps, troquei as bolas...) continua insistindo em não admitir os erros crassos que cometeu ou endossou, tais quais:
— ter voltado as costas aos manifestantes de junho/2013 e do #NãoVaiTerCopa enquanto eram massacrados pelas polícias de alguns governadores e tratados com rigor extremo pelo Judiciário dos mesmos estados, o que facilitou a investida da extrema-direita para, assumindo o controle das ruas, desempenhar papel importante na acumulação de forças visando ao impeachment da Dilma;
— a recusa do PT em fazer autocrítica por, no exercício do poder, haver-se igualado aos partidos convencionais, fisiológicos e corruptos, deixando de ser visto como uma alternativa a eles;
— haver, com a catastrófica política econômica do primeiro governo da gerentona trapalhona, conduzido o Brasil a uma recessão que pavimentou o caminho para a retomada direitista;
— ter entregue a vitória na eleição de 2018 numa bandeja ao Bozo, pois detonou a possibilidade de união das forças de esquerda contra o inimigo comum ao puxar o tapete de Ciro Gomes e jogou tempo precioso no lixo com a ridícula candidatura fantasma do Lula, cuja rejeição pela Justiça Eleitoral eram favas contadas, só servindo para criar confusão e protelação no nosso campo.
VACILADAS E TIROS NO PÉ – Eis, comentadas por mim, as incontinências verbais nas quais Lula incorreu na entrevista a El País. Elas só serviram para o mundo ficar sabendo que, se o Bozo é um desastre absoluto como presidente, a perspectiva de volta do Lula ao poder leva jeito de tornar-se um desastre relativo:
"Quando eu governei, tentaram me convencer de que fosse a um terceiro mandato, e eu disse não, porque sou favorável ao rodízio de poder.
Disse em uma entrevista que todo político começa a acreditar que é imprescindível e insubstituível e começa a virar um pequeno ditador".
[Papo furado: Lula percebeu que o mandato seguinte seria uma roubada, com uma tempestade econômica se formando e os grandes empresários exigindo a imposição das reformas neoliberais. Então preferiu preservar-se, deixando a adoção das medidas impopulares a cargo da sua pupila e esperando voltar na boa em 2018, após a limpeza de área.]
"Eu era contra a candidatura de Daniel Ortega mais uma vez. A Frente Sandinista tem muita gente para se candidatar. Também fui contra Evo Morales ser candidato –ele já havia feito dois mandatos extraordinários. E o mesmo com Chávez.
Posso ser contra, mas não posso interferir nas decisões de um povo. Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder, e Daniel Ortega não? Por que Margaret Thatcher pode ficar 12 anos no poder, e Chávez não? Por que Felipe González pôde ficar 14 anos no poder?"
Descontentamento só se deve à instigação imperialista e à ingratidão dos cubanos? |
[Os devotos da democracia burguesa quebrarão as pernas do Lula apontando, entre outros aspectos, o despropósito de ele comparar primeiros-ministros dos parlamentos europeus com presidentes latino-americanos reeleitos em pleitos de cartas marcadas, com gritantes evidências de abuso do poder.
Já para mim, o maior problema é tais regimes autoritários não terem absolutamente nada a ver com os ideais marxistas ou anarquistas.
(Pois estes preveem a diluição do poder entre os trabalhadores, de forma que as decisões sobre seus destinos cada vez mais lhes pertençam, e não sua concentração nas mãos de odiosas nomenklaturas que garantem para si próprias privilégios inacessíveis à maioria da população, eternizando, sob outra forma, a desigualdade e a exploração do homem pelo homem.]
"Essas coisas não acontecem só em Cuba, mas no mundo inteiro. A polícia bate em muita gente, é violenta".
[De novo a relativização daquilo que o PT antes condenava furiosamente nos governos e partidos adversários!
Justificar a proibição de manifestações de protesto e a repressão aos que pensam diferente chega a ser até compreensível no caso de um indivíduo formado na ambiência do coronelismo nordestino e repaginado pelo sindicalismo de resultados aprendido em São Paulo, um personagem que jamais conheceu, compreendeu ou optou pela visão revolucionária.
Mas, tal postura é simplesmente incompatível com o papel de estrela de um partido que pretende representar uma alternativa ao neofascismo. Para Lula, ditadura ruim é só a dos adversários.
Nem sequer se dá conta de como tal posicionamento conflita com o dos idealistas que querem construir um novo modelo de sociedade, com justiça social e liberdade plena
Nem, tampouco, de quanto ele o aproxima dos atuais detentores do poder, cuja relutância em recuar de suas asneiras é tamanha que destruíram a si próprios, irremediavelmente, ao travarem uma guerra insana contra a vacinação.] (por Celso Lungaretti)
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