— os decorrentes da sabotagem sanitária; e
— os que advêm da fome e das doenças causadas pela miséria, já que a incompetência de Jair Bolsonaro em conduzir o país em meio a uma recessão econômica é tão grande quanto a que ele escancara na sua lida genocida com a pandemia
Então, qualquer fórmula para encurtar a lengalenga do impeachment será providencial – principalmente alguma que coloque sob os holofotes uma prática tão repulsiva quanto a de lucrar de maneira crapulosa com o extermínio de brasileiros. Isto tornaria o acusado tão repulsivo aos olhos dos cidadãos que poucos discordariam da necessidade e urgência do seu impedimento.
Uma nova opção despontou com força na CPI da Covid após os acachapantes depoimentos dos irmãos coragem Luís Cláudio e Luís Ricardo Miranda, conforme declarou nesta 6ª feira (25) o vice presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues.
Segundo ele, há elementos mais do que suficientes para o enquadramento do genocida no crime de prevaricação, devido à aquisição a toque de caixa e com preços superfaturadíssimos da vacina indiana por parte do seu governo, embora estivessem disponíveis opções muito melhores em termos de custo e benefício; e de isto lhe ter sido comunicado em tempo hábil sem que desse a mínima.
"...foram apresentados todos os elementos de um crime cometido por S. Ex.ª, o presidente da República. O sr. presidente da República recebeu a comunicação de um fato criminoso, não tomou a devida providência para instaurar inquérito, nem para deter o continuado delito".
Um presidente incorre no crime de prevaricação quando retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica "contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal".
A CPI já incluiu a prevaricação presidencial entre os crimes de responsabilidade elencados no mega-pedido de impeachment que vai protocolar na Câmara Federal, 4ª feira que vem (30).
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COMO É O TRÂMITE
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Eis as disposições da Constituição Federal a tal respeito:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal nos crimes de responsabilidade.§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
O que, tudo indica, está agora bem próximo de ocorrer, dependia de que alguém, com um ato de coragem, pusesse fim às fanfarronices de quem nunca passou de um gatinho blefando descaradamente para parecer leão.
E não é que, do nada, surgiram irmãos coragem para, provavelmente, acabarem com nosso pesadelo?! (por Celso Lungaretti)
5 comentários:
Grande Celso,
Você vaticinou isso bem antes.
E tudo está acontecendo como previsto.
Bingo!
A Bozanagem avança + irmãos sacanagem 01,02,03 e 04!
Então: perdido por perdido, truco!
https://extra.globo.com/casos-de-policia/levantamento-revela-ligacao-de-80-agentes-egressos-de-forcas-de-seguranca-com-milicia-de-ecko-25079157.html
Quanto vai demorar para Cármen Lúcia mandar recolher os 5 passaportes??
E segue a lesma lerda!
Fico contente com você ter percebido, meu caro, mas eu sou apenas aquele que tem um olho na terra de cegos. Nunca adivinho nada, apenas tiro as conclusões cabíveis do que está à vista de todos.
E, claro, a vida que levei me ajuda a identificar os cenários futuros. Já fazia isso rudimentarmente quando era comandante da VPR aos 18 anos. Com a imprensa censurada, era obrigado a montar quadros da situação política a partir do que os informantes me passavam, de uma coisa ou outra que saía nos jornais sem destaque nenhum e embutia informações proibidas de forma cifrada, etc.
Depois, como jornalista, aprimorei-me nesse tipo de análise. Como preso político, aprendi muito sobre a cabeça dos militares. Como profissional de comunicação empresarial, pude observar de pertos os círculos de decisão das grandes empresas.
Como integrante da assessoria de imprensa de um governador paulista, ficava sabendo de praticamente tudo que rolava nos bastidores, embora não pudesse passar adiante caso contrário seria descoberto e exonerado. Mas, adquiria o tempo todo conhecimentos sobre as esferas governamentais que me seriam úteis adiante.
Minha maior mágoa é que sempre estive na contramão das duas forças políticas dominantes, a direita e a esquerda eleitoreira, então cansei de lançar alertas que teriam evitado muitos desastres para o nosso lado, não ser escutado e depois assistir, amargurado, à concretização de tudo aquilo que tentei evitar.
P. ex., fui dos primeiros a colocar o Bozo como o inimigo principal e a maior ameaça contra nós, já em 2017. Ainda havia tempo mais do que suficiente para o desconstruirmos, mas os petistas e seus aliados estavam sempre muito ocupados desacreditando os tucanos.
Tirei leite de pedra para obter a minha anistia quando o PT exercia influência decisiva na comissão respectiva e encaminhava os trabalhos como uma "ação entre amigos", priorizando os seus e deixando os outros para mais tarde. Como eu estava em péssimas condições financeiras, a um passo de ser despejado, obter a anistia depressa era praticamente a única forma que me sobrava para dar a volta por cima. E fui buscar, na raça, aquilo a que tinha total direito.
E consegui que minhas coordenadas prevalecessem no Comitê de Solidariedade ao Cesare, tendo de suar sangue para evitar que fossem cometidos erros fatais (como a levar a luta para fora do STF, conclamando as massas a pressionarem o Lula a passar por cima do Supremo, o que era tudo de que os italianos e seus pistoleiros de aluguel precisavam para nos demonizar e vencerem a parada).
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A muito custo, consegui convencer os companheiros com peso decisivo no comitê de que a única chance de vitória era lutar no Supremo até o fim e, se não vencêssemos, pelo menos fazermos prevalecer a prerrogativa presidencial de dar a última palavra, pois sabíamos que o Lula, embora intimamente desse uma banana para o Cesare, não ousaria discrepar de alguns grãos petistas que exigiam que a extradição fosse barrada.
Enfim, resta-me o consolo de que, nas principais questões pelas quais me bati, o desenrolar dos acontecimentos acabou sempre me dando razão; e de que fiz tudo que podia para impedir os desastres que acabaram acontecendo.
No dia em que a Câmara Federal autorizou a abertura do processo de impeachment contra a Dilma, já antecipei que, transposto o obstáculo principal (a necessidade da concordância de dois terços dos deputados), ela perderia, uma por uma, todas as batalhas seguintes.
E recomendei que renunciasse imediatamente, para a esquerda poder unir-se num novo movimento tipo diretas-já, exigindo que o presidente-tampão fosse escolhido pelas urnas, ao invés de ser o impopular Michel Temer.
Tivéssemos feito isso e, ao invés de sangrarmos durante quatro meses e meio até a Dilma ser afastada definitivamente do cargo, seríamos nós a estarmos acumulando força durante todo esse tempo. Ao invés disto, quem acumulou forças foram nossos inimigos, o que foi fundamental para o crescimento do Bozo.
Para completar a lambança, muitos esquerdistas embarcaram emocionalmente naquela tentativa de golpe contra o Temer orquestrada pelos lavajatistas em conluio com a Rede Globo, o que acabou com as chances de o centro reerguer-se e empurrou os acontecimentos no sentido da polarização.
Cansei de alertar que estávamos enfraquecidos e um confronto com a extrema-direita naquele momento nos seria desfavorável, mas também nisto não fui escutado.
Deu no que deu: estamos há dois anos e meio tendo de suportar o Bozo e vendo ser exterminadas centenas de milhares de brasileiros.
Faltou especificar acima que a função que assumi na VPR, ao nela ingressar aos 18 anos de idade, foi a de comandante de INTELIGÊNCIA, integrando o comando estadual da organização e hierarquicamente abaixo do Comando Nacional.
Alguns estranharão eu haver assumido desde logo uma responsabilidade dessas, mas tem uma explicação: foi uma novidade introduzida por estarmos em 1969 nos organizando para dar prioridade total à luta armada, daí a necessidade de um bom serviço de informações.
E como nunca houvera nenhum, também não existia nenhum quadro com experiência para assumi-lo. Se existisse algum, certamente o Comando Nacional o escolheria. Como era para começar do zero, fazia sentido optar por alguém que acabava de ingressar na organização.
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