Nunca o pior presidente do Brasil em todos os tempos pareceu tão próximo de cair quanto no último domingo (31/05), quando:
— as apurações judiciais dos crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro e dos crimes comuns e eleitorais de seus filhos contraventores ganhavam velocidade;
— manifestos pluripartidários contra a fascistização em curso no país brotavam como cogumelos; e
— as torcidas do futebol iam para as avenidas substituir uma esquerda que ultimamente parece ser ligada na tomada apenas para fazer campanhas eleitorais e depois desligada para poupar energia.
— as apurações judiciais dos crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro e dos crimes comuns e eleitorais de seus filhos contraventores ganhavam velocidade;
— manifestos pluripartidários contra a fascistização em curso no país brotavam como cogumelos; e
— as torcidas do futebol iam para as avenidas substituir uma esquerda que ultimamente parece ser ligada na tomada apenas para fazer campanhas eleitorais e depois desligada para poupar energia.
Aí entrou em cena a Brigada Anti-Esquerda Autêntica, sob o comando do seu principal porta-voz, que fez as mais veementes declarações no sentido de que os inimigos políticos podem unir-se à vontade nas maracutaias e na politicalha sórdida (a exemplo das alianças que ele sempre fez com reacionários empedernidos e corruptos com carteirinha assinada), mas nunca, jamais, para darem um fim ao sistema responsável pelas maracutaias, pela politicalha e por todos os privilégios e desigualdades atuais, abrindo caminho para uma sociedade emancipada, igualitária e livre.
Acredito, contudo, que tal chocante divisionismo esteja chegando tarde demais e as esperanças despertadas nos melhores brasileiros farão o Basta! continuar avolumando-se como bola de neve e levando de roldão tanto o governo que além de destruir o país agora se tornou explicitamente genocida, quanto a esquerda desvirtuada que hoje é muito mais um sustentáculo do status quo do que mobilizadora para as transformações sociais de que nosso país carece desesperadamente.
Contra esses que desde 1968 reagem histericamente à simples visão dos protestos espontâneos dos explorados e oprimidos, satanizando tudo que não conseguem controlar, vamos continuar escrevendo uma nova página da História neste fim de semana, sem medo do bicho papão fardado que tanto bolsonaristas quanto lulistas utilizam como espantalho para insuflar conformismo e resignação nos que vimos sendo pisoteados há quase um ano e meio e finalmente nos colocamos de pé!
Desta vez o blefe não colará! Temos plena consciência de que, enquanto o combate à Covid-19 estiver sendo sabotado, privado dos recursos desviados para finalidades nem remotamente tão prioritárias quanto a salvação de vidas humanas e tornado um pandemônio pela dispersão dos esforços (já que o Ministério da Saúde, ao qual caberia centralizá-los, virou um puxadinho da caserna e não inspira mais confiança em ninguém bem informado), brasileiros morrerão aos milhares, semana após semana, de óbitos que poderiam ser evitados.
Desta vez o blefe não colará! Temos plena consciência de que, enquanto o combate à Covid-19 estiver sendo sabotado, privado dos recursos desviados para finalidades nem remotamente tão prioritárias quanto a salvação de vidas humanas e tornado um pandemônio pela dispersão dos esforços (já que o Ministério da Saúde, ao qual caberia centralizá-los, virou um puxadinho da caserna e não inspira mais confiança em ninguém bem informado), brasileiros morrerão aos milhares, semana após semana, de óbitos que poderiam ser evitados.
Desta vez não tremeremos! Tomando as precauções possíveis contra o vírus e tendo em mente que a violência é trunfo dos desesperados e não de quem luta pelos objetivos mais nobres e necessários, iremos às avenidas mais uma vez, e tantas quantas se fizerem necessárias!
Desta vez não recuaremos! Já andamos para trás demais, como caranguejos. É hora de o Brasil ir de novo ao encontro do futuro, ao invés de abdicar das conquistas da civilização, retrocedendo para nefandos períodos de obscurantismo, fanatismo e absolutismo.
Não nos deterão! (por Celso Lungaretti)
Não nos deterão! (por Celso Lungaretti)
Nenhum comentário:
Postar um comentário