sexta-feira, 6 de setembro de 2019

UM ANO ATRÁS, UMA FACADA PROVIDENCIAL FACILITOU A VITÓRIA DE BOLSONARO, AO LIVRÁ-LO DOS DEBATES ELEITORAIS

"...aquela facada... pra mim tem alguma coisa muito estranha... uma
facada em que não aparece sangue em nenhum momento...
uma facada em que o cara que dá a facada é protegido
 pelo segurança do Bolsonaro. Eu conheço 
segurança de palanque, [se fosse 
comigo] eu teria que pular 
em cima do segurança"
Esta declaração do Lula na entrevista que deu à TVT em junho último foi rechaçada de forma furibunda por um general do governo e tratada com sarcasmo por analistas da grande imprensa, como se não fosse possível levar-se a cabo uma conspiração para simular atentado a um candidato medíocre e fazê-lo ganhar uma eleição que jamais venceria se fosse obrigado a participar dos debates eleitorais que o estavam destruindo (nos dois primeiros, únicos em que deu o ar de sua desgraça, havia sido levado às cordas por Guilherme Boulos e mandado à lona pela Marina Silva).
Atentado a Bolsonaro suscita dúvidas que foram ignoradas

Mantenho a posição que assumi desde o dia em que foi postado no Youtube o vídeo A facada no mito (vide aqui meu artigo de então): enquanto não me provarem que o documentário seja fake, continuarei confiando nos meus olhos e crendo que de fake neste episódio só existiu o proveniente daqueles que, durante a campanha, utilizaram o fake numa escala nunca antes vista no Brasil.

O documentário levanta várias dúvidas pertinentes e reconstitui, de forma impecável, a facada em si. Quem o assiste, conclui inevitavelmente que se tratou, o tempo todo, de uma ação concertada entre Adélio Bispo de Oliveira, seguranças do candidato, personagens estranhos que circulavam o tempo todo ao redor dando assessoria e... o próprio Bolsonaro. 

Nas duas vezes em que Adélio Bispo de Oliveira arremeteu para o ato culminante, Bolsonaro gesticulou levantando o braço e... desguarnecendo a área do corpo em que receberia a facada ou facada. Mera coincidência? Acredite quem quiser...

Mas, é possível uma conspiração com tantos personagens dar certo no Brasil de hoje? Ora, se deu certo nos Estados Unidos de 1963, mesmo sendo um país bem menos crédulo com relação às versões oficiais, por que tanto espanto? 
Em ambos há perguntas que não querem calar
Aliás, há semelhanças perturbadoras: no atentado contra John Kennedy usaram um dono de night club envolvido com a máfia e ciente de que adiante morreria de câncer (Jack Ruby) para queimar o arquivo chamado Lee Harvey Oswald, suposto único atirador de um inconfundível fogo cruzado, o que não difere muito de um doido de pedra assumir o papel de vilão inimputável.  

Para os jovens que nunca ouviram falar ou não sabem direito como se deu a maior farsa judicial da História (eu poderia citar muitas outras, igualmente com falhas gritantes e que igualmente prevaleceram porque os poderosos conseguiram impor sua vontade), vale darem, na janelinha abaixo, uma conferida num dos muitos filmes que pulverizaram a falácia, sem que disto resultasse qualquer consequência prática.

Trata-se de JFK – a pergunta que não quer calar, dirigido por Oliver Stone em 1991, com Kevin Costner no papel de um procurador de Justiça honesto, desses que não encontramos em certas forças-tarefas cá do Brasil. (por Celso Lungaretti)

Um comentário:

Andre disse...

Concordo com você!! Assisti o documentário por meio do seu blog e confesso que também passei a questionar o que eu achava inquestionavel. hoje em dia vejo que as noticias só colaboram com a teoria do video ao inves de desmentir. e mais, o ultimo video do mesmo canal postado no mês passado mostra que a cicatriz da facada sumiu e isso eu acho que já é mais do que especulaçao, é prova mesmo de que a facada e fake. Só nao ve quem nao quer!

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