Em outubro de 2013, o senador Randolfe Rodrigues (Psol) foi agredido pelo deputado Jair Bolsonaro (PP) ao integrar um grupo de parlamentares ligados à Comissão Nacional da Verdade que visitava as instalações de um dos piores centros de tortura da ditadura militar, o DOI-Codi do Rio de Janeiro.
Em outubro de 2018, como o Intercept acaba de revelar, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) serviu de laranja para a força-tarefa da Lava Jato, que tentava impor limites à atuação do ministro Gilmar Mendes no Supremo.
A articulação entre o crítico do antigo totalitarismo e os tenentes togados do novo autoritarismo resultou na apresentação, por parte de Randolfe, de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no STF para impedir que Gilmar soltasse presos em processos nos quais ele não fosse o juiz da causa.
A articulação entre o crítico do antigo totalitarismo e os tenentes togados do novo autoritarismo resultou na apresentação, por parte de Randolfe, de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no STF para impedir que Gilmar soltasse presos em processos nos quais ele não fosse o juiz da causa.
O que estará dizendo? "Seu pai me bateu, mas já esqueci"? |
A força-tarefa da Lava Jato, sabe-se agora, tinha Deltan Dallagnol como figura de proa e Sergio Moro como comandante secreto. Desempenhou papel de primeira grandeza na tomada da Presidência da República pela horda bolsonarista.
Se Randolfe tiver conservado um pingo de dignidade, renunciará imediatamente ao mandato.
Se não o fizer, muita gente concluirá que ele mereceu mesmo a porrada na cara que tomou em 2013, não pelo que fazia naquele momento, mas pelo que viria a fazer cinco anos depois. (por Celso Lungaretti)
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