terça-feira, 6 de agosto de 2019

NO EXTERIOR JÁ SE DISCUTEM LINHAS DE AÇÃO PARA DETER A DESTRUIÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA

O jornalista Daniel Buarque, no blog Brasilianismo, alerta que importantes publicações do exterior já trazem discussões sobre o que os países civilizados poderão fazer para evitar que o desatinado Governo Bolsonaro continue dando liberdade de ação para o agronegócio destruir a floresta amazônica.

Um deles é Quem vai invadir o Brasil para salvar a Amazônia? (vide aqui), uma divagação de Stephen M. Walt, professor de relações internacionais de Harvard, publicada numa importante revista de diplomacia, a Foreign Policy

Walt ressalva que não está "recomendando esse curso de ação, agora ou no futuro", mas implicitamente propõe uma maneira soft de atingir o mesmo objetivo, ao ponderar que "o Brasil pode ser um pouco mais vulnerável à pressão do que alguns outros Estados". 

No seu entender, a questão ambiental e o combate ao aquecimento global podem ser vistos como tema central da política internacional do futuro.

Já o analista político e escritor Tyler Bellstrom, no magazine New Republic, assina o artigo Brasil é uma ameaça maior do que o Irã ou a China (vide aqui), cujo foco é este:
"Um nível adequado de atenção às mudanças climáticas como uma preocupação urgente de segurança exigiria que os EUA reordenassem suas prioridades. Enquanto a China é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa, devemos prestar mais atenção ao que está acontecendo em nosso hemisfério. 
Em particular, isso significa abordar o perigo mais imediato que estamos enfrentando de um estado que oficialmente é parceiro e do presidente aliado de Trump: o Brasil de Jair Bolsonaro e seu desmatamento acelerado na Amazônia".
Além do quanto há de humilhante para nós em estrangeiros já começarem a avaliar formas de tutelar-nos, convido os leitores a considerarem o seguinte cenário futuro, perfeitamente plausível:
1. o Senado brasileiro, atestando a própria inutilidade, verga-se à pressão de Bolsonaro e aprova a indicação do filho 03 para embaixador em Washington;
2tendo fracassado em entregar aos estadunidenses o boom econômico que prometera na campanha, Donald Trump é despejado da Casa Branca e os democratas reassumem no ano que vem;
3aí as pressões no sentido de forçar Bolsonaro a deter a fúria predatória do agronegócio se tornariam uma possibilidade bem concreta, cabendo a um amador fanatizado a incumbência de negociar a melindrosa questão com os competentes profissionais dos EUA.
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O erro trágico de 39% dos eleitores brasileiros em outubro de 2018 tende a gerar consequências cada vez mais nefastas, que recairão também sobre os 61% que, por ação, omissão ou impotência, deram tamanha sopa pro azar. (por Celso Lungaretti)

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