segunda-feira, 10 de outubro de 2016

TARSO GENRO: AO ABDICAR DO "UTOPISMO DEMOCRÁTICO E LIBERTÁRIO", O PT SE TORNOU UM PARTIDO IGUAL AOS OUTROS.

"Para retomar o sentido histórico, democrático e social que esteve na raiz da sua fundação, nós do PT temos de nos colocar a seguinte questão: mesmo não sendo numericamente os maiores responsáveis pela corrupção no país, como o PT se envolveu em práticas que sempre condenou? 

E por que isso se tornou um modo de fazer política e de promover a governabilidade em nosso meio? 

Pragmatismo, sistema de alianças e sistema político são explicações verdadeiras, mas insuficientes. 

Para mim, a principal causa do nosso ingresso nessa crise foi a transformação do partido num organismo voltado principalmente a manter o poder, como qualquer outro partido fez até agora, abdicando do utopismo democrático e libertário, para o qual não vale a pena alcançar determinados fins por quaisquer meios." (Tarso Genro, um petista que até hoje permanece fiel aos ideais históricos do partido)

2 comentários:

Valmir disse...

(Tarso Genro, um petista que até hoje permanece fiel aos ideais históricos do partido)??????? isso me lembra um certo PMDB, como perdão da má palavra, "Autentico"...que taí até hoje...quanto a roubar para "promover certa governabilidade" é um negocio tão absurdo que não consigo nem achar palavras pra comentar..ladrões roubam pq são ladrões e é isso que ladrões fazem..."Sabemos que ninguém toma o poder com o objetivo de abandoná-lo. Poder não é um meio, mas um fim. Não se estabelece uma ditadura para proteger a revolução. Faz-se a revolução para instalar a ditadura. O objetivo da perseguição é a perseguição. O objetivo da tortura é a tortura. O objetivo do poder é poder. - George Orwell." o objetivo de roubar é roubar, diria eu...

celsolungaretti disse...

Valmir, "1984" é uma brilhante distopia que caricaturiza o stalinismo. A frase que vc cita é apenas a apresentação do RESULTADO PRÁTICO como se fosse a INTENÇÃO DESDE O INÍCIO. O efeito dramático é poderoso. Mas, a vida não é assim. Os personagens históricos não se veem assim. Hitler, Mussolini, Médici, Pinochet, Pol Pot, todos dessa laia se viam fazendo o necessário, embora fosse remédio amargo; nenhum deles pensava em si próprio como um genocida bestial. E a trajetória inteira do Tarso Genro é a de alguém que realmente acredita no "utopismo democrático e libertário" e o defende.

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