Muitos ficaram indignados com o que eu escrevi quando o Atlético Mineiro conquistou a Copa Libertadores da América de 2013:
"É uma pena que a noite de Cinderela atleticana deva acabar por aqui, a menos que aconteça o pra lá de improvável: a substituição do Cuca por um técnico de ponta.
...O Atlético deitou e rolou antes das quartas de final, mas depois encruou, nivelando-se com equipes inferiores e dependendo da sorte e de acasos para levantar a taça.
Não conseguiu fazer um mísero gol a mais do que o Tijuana (dois empates), o Newell's Old Boys (derrota e vitória pelo mesmo placar, 2x0) e o Olimpia (idem, idem).
Salvou-se graças a gols marcados no apagar das luzes, ao pênalti desperdiçado pelos mexicanos também no apagar das luzes... e ao fato de que as luzes, desta vez não metaforicamente, sofreram um providencial apagão quando a equipe estava perdida em campo, na semifinal.
Ademais, por duas vezes seguidas tirou o bilhete premiado na loteria dos pênaltis.
O que poderia ser uma conquista tão fácil e categórica quanto a do Corinthians em 2012, tornou-se um drama de explodir corações. Por culpa de quem?
Do mediano Cuca, claro. Ele não soube armar um esquema para obter vitórias ou, pelo menos, empates fora de casa, contra os adversários mais qualificados. Nem para, organizadamente, fazer os placares em casa. Daí ter ficado na dependência do tudo ou nada nos instantes derradeiros.É inimaginável o time do Cuca vencer o time do Guardiola no Mundial".
Nem sequer chegou à final, sendo eliminado antes pelo nono colocado do campeonato marroquino, o Raja Casablanca. Um time que se limitou a defender bem e contra-atacar com rapidez, aproveitando os buracos da defesa do galo.
Como eu destacara, o técnico Cuca tinha sido incompetente para conseguir vitórias ou empates fora de casa na fase de mata-mata da Libertadores e continuou sendo-o no Mundial. Com a diferença de que não havia jogo de volta para permitir uma reversão do quadro na bacia das almas.
O Atlético se apequenou diante de uma torcida entusiástica e de um adversário brioso e taticamente aplicado, mas bem inferior em termos técnicos. Perdeu e mereceu perder.
Talvez os leitores que não gostam de avaliações críticas, preferindo os oba-obas triunfalistas, passem agora a me compreender melhor.
Nem de longe eu torcia contra o Atlético. Mas, tudo que conheço de futebol, após acompanhá-lo com razoável interesse durante cinco décadas, me levava a concluir que o galo só teria alguma possibilidade de conquistar o título mundial se trocasse de treinador. Com um time muito inferior ao do Bayern e um técnico muitíssimo inferior ao Pep Guardiola, suas chances seriam irrisórias.
Meu alerta de nada serviu e aconteceu exatamente aquilo que eu tentava evitar. Paciência.
Da mesma forma, tenho advertido que Felipão não é o homem certo para conduzir o Brasil à vitória em 2014. É a minha maneira de contribuir para que ele seja substituído antes do pior acontecer.
Com uma pequena ressalva: as últimas atuações do Neymar no Barcelona nos ensejam alguma esperança de que, mesmo com um técnico ultrapassado, possamos salvar-nos graças a lances de talento individual.
Mas, tudo ficará bem mais fácil se tivermos um estrategista no banco, ao invés de um sargentão com artimanhas motivacionais do tempo do Onça.
Como eu destacara, o técnico Cuca tinha sido incompetente para conseguir vitórias ou empates fora de casa na fase de mata-mata da Libertadores e continuou sendo-o no Mundial. Com a diferença de que não havia jogo de volta para permitir uma reversão do quadro na bacia das almas.
O Atlético se apequenou diante de uma torcida entusiástica e de um adversário brioso e taticamente aplicado, mas bem inferior em termos técnicos. Perdeu e mereceu perder.
Talvez os leitores que não gostam de avaliações críticas, preferindo os oba-obas triunfalistas, passem agora a me compreender melhor.
Nem de longe eu torcia contra o Atlético. Mas, tudo que conheço de futebol, após acompanhá-lo com razoável interesse durante cinco décadas, me levava a concluir que o galo só teria alguma possibilidade de conquistar o título mundial se trocasse de treinador. Com um time muito inferior ao do Bayern e um técnico muitíssimo inferior ao Pep Guardiola, suas chances seriam irrisórias.
Meu alerta de nada serviu e aconteceu exatamente aquilo que eu tentava evitar. Paciência.
Da mesma forma, tenho advertido que Felipão não é o homem certo para conduzir o Brasil à vitória em 2014. É a minha maneira de contribuir para que ele seja substituído antes do pior acontecer.
Com uma pequena ressalva: as últimas atuações do Neymar no Barcelona nos ensejam alguma esperança de que, mesmo com um técnico ultrapassado, possamos salvar-nos graças a lances de talento individual.
Mas, tudo ficará bem mais fácil se tivermos um estrategista no banco, ao invés de um sargentão com artimanhas motivacionais do tempo do Onça.
2 comentários:
meu amigo:o pior VAI ACONTECER com o Brasil nessa copa! nem neymar vai salvar e digo mais:corremos o seríssimo risco de o mesmo chegar na copa"bichado"!
O futebol brasileiro passa pela maior crise de sua história. Tanto dentro de campo, com baixíssimo nível técnico, pela falta de treinadores de melhor visão tática e, principalmente, pela ingerência total dos cartolas - não por acaso surgiu o movimento "Bom Senso FC"(já era tempo !). E pra piorar tivemos neste final de ano esta cafajestagem que fizeram com a Portuguesa, e li ontem que o Roberto Dinamite vai lutar até o fim nos tribunais para manter o incompetente Vasco na primeira divisão...lamentável.E ainda temos que acompanhar a maior parte dos jornalistas esportivos, tentando esconder o sol com a peneira, fazendo de tudo para esconder a sujeira debaixo do tapete...normal, afinal,trabalham para empresas que tem no futebol um "produto" rentável portanto, precisam dar aquela "maquiada" no mesmo...
Abração, Celso
Marcelo Roque
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