"Se Mahmoud Ahmadinejad não abrir o olho, Benjamin Netanyahu vai acabar lhe roubando o papel principal na cobertura do fim do mundo. Os dois voltaram a disputar mais intensamente no noticiário desta semana a função de protagonista dos últimos capítulos da civilização.O premiê israelense leva vantagem: não só ordena massacres, como massacra a lógica, os fatos e a verossimilhança.
"(...) Ahmadinejad já deve estar preparando uma lambança atômica capaz de recuperar seu prestígio de exterminador do futuro na imprensa. Se é que Netanyahu não tem outra barbárie engatilhada".
E o faz pela TV, então tem ibope garantido. Os telespectadores não desgrudam os olhos, tentando concluir se:
- ele acredita mesmo nas besteiras que diz ou está de gozação;
- trata-se do Peter Sellers no papel de Netanyahu ou vice-versa;
- é melhor dar um tempo para ver se melhora ou interná-lo logo;
- ele fala por si mesmo ou é um médium incorporando o Pinochet.
Não me critiquem por fazer galhofa com assuntos sérios (e trágicos!).
É que, simplesmente, não há outra reação possível diante da enxurrada de disparates e alucinações que Netanyahu despejou na telinha, insistindo em justificar uma ação que o mundo inteiro condenou, em vez de pedir perdão ao seu povo pela odiosa imagem que dele projetou.
Se não, vejamos:
É que, simplesmente, não há outra reação possível diante da enxurrada de disparates e alucinações que Netanyahu despejou na telinha, insistindo em justificar uma ação que o mundo inteiro condenou, em vez de pedir perdão ao seu povo pela odiosa imagem que dele projetou.
Se não, vejamos:
"Israel está enfrentando um ataque de hipocrisia internacional."Só faltou mesmo ele dizer que os ativistas comiam criancinhas vivas...
"Se o bloqueio tivesse sido furado, teria sido seguido por dezenas, centenas de barcos. Cada barco poderia carregar dezenas de mísseis."
"Nosso dever é inspecionar todos os barcos que chegam. Se não o fizermos, Gaza se tornará um porto iraniano, o que seria uma ameaça real para o Mediterrâneo e a Europa."
"O Hamas continua se armando e o Irã continua transferindo armas ao Hamas, especialmente foguetes e mísseis."
"Não era um cruzeiro de amor, era um cruzeiro de ódio. Não era uma operação pacífica, era uma operação terrorista."
2 comentários:
Hoje tuitei o seguinte: "Lendo últimas falas d Netanyahu, entendo pq os sionistas têm tanto medo da bomba q está longe de ser objetivo maior do Irã: SABEM Q MERECEM."
Pode ser besteira, mas a náusea é tanto que não dá pra dizer menos.
Enfim, apareci pra contar que fiz uma nova tradução daquele texto do Gandhi, direto do inglês. (O responsável daquele outro blog admitiu que a dele foi feita com base em várias versões em línguas intermediárias). Em alguns pontos talvez pareça menos impactante, mas creio que no conjunto ficou mais clara e precisa. Coloquei também algumas notas de contextualização histórica, e link para o site dos arquivos de Gandhi que contém todos os textos dele sobre o assunto.
Está à inteira disposição, inicialmente em http://bit.ly/c6aEet - depois vou colocar também em outros blogs.
Celso, creio que já é hora de mudar a denominação do lugar para Gueto de Gaza. Qualquer semelhança com o Gueto de Varsóvia em hipótese alguma é mera coincidência. Os israelenses assumiram o papel dos nazistas e os palestinos o papel dos judeus confinados no gueto. Só está faltando a suástica e a obrigação dos palestinos usarem uma identificação. É a História se repetindo como genocídio, desta vez do povo palestino.Que cruel ironia: os perseguidos de ontem tornaram-se os carrascos de hoje.
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