quarta-feira, 30 de setembro de 2009

INVESTIGADORES DA ONU CONCLUEM: ISRAEL MASSACROU CIVIS EM GAZA

Os genocídios e atrocidades perpetrados por Israel durante sua campanha de intimidação dos palestinos em dezembro/2008 e janeiro/2009 foram veementemente condenados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, em relatório divulgado nesta terça-feira.

Segundo o documento, a ofensiva de Israel foi direcionada contra "o povo de Gaza em conjunto", configurando "uma política de castigo".

Mais: "Israel não adotou as precauções requeridas pelo direito internacional para limitar o número de civis mortos ou feridos nem os danos materiais".

Portanto, o estado judeu "cometeu crimes de guerra e, possivelmente, contra a humanidade".

Segundo o juiz sul-africano Richard Goldstone, que presidiu a missão de investigação da ONU, foram analisados 36 episódios ocorridos em Gaza, entre eles "alguns nos quais as forças armadas israelenses lançaram ataques diretos contra civis, com consequências letais".

Pior ainda, os militares judeus recorreram exatamente às mesmas práticas que seu povo tanto deplorava nos nazistas: "Outros incidentes que detalhamos se referem ao emprego pelas forças israelenses de escudos humanos, em violação de uma sentença anterior do Tribunal Supremo israelense que proibiu essa conduta".

Ou seja, é tão comum os israelenses servirem-se de seres humanos como escudos que seu principal tribunal já impugnou esta infamia, em vão!

É claro que os fanáticos do Hamas também são recriminados, mas a missão constatou a extrema desproporção entre os ataques sofridos por Israel e a forma avassaladora como reagiu. Foi o que Goldstone explicou à imprensa:
"O ataque contra a única fábrica que seguia produzindo farinha, a destruição da maior parte da produção de ovos em Gaza, a destruição com escavadeiras de enormes superfícies de terra agrícola e o bombardeio de 200 fábricas, não podem ser justificados de nenhuma maneira com razões militares. Esses ataques não tiveram nada a ver com o disparo de foguetes e morteiros contra Israel".
A missão recomendou à Assembleia Geral da ONU que promova uma discussão urgente sobre o emprego do fósforo branco, que foi usado indiscriminadamente pelos israelenses contra a população civil de Gaza. A utilização militar do fósforo branco é proibida tanto pela Convenção de Genebra quanto pela Convenção de Armas Químicas.

E quem esperava do governo de Barack Obama uma postura menos aberrante no conflito do Oriente médio se decepcionou. Além de Israel, os Estados Unidos foram o único país a rejeitar o relatório, com uma justificativa que seria cômica se não fosse trágica, verbalizada por Michael Posner, secretário de Estado adjunto para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho:
"Não se pode fazer equivalência moral entre Israel, um Estado democrático com direito à autodefesa, e o grupo terrorista Hamas, que respondeu à retirada israelense de Gaza aterrorizando os civis no sul de Israel".
A verdadeira diferença entre as partes desse conflito é bem outra, conforme se deprende deste levantamento de um grupo israelense de direitos humanos, o B'Tselem: 1.387 palestinos foram assassinados em Gaza, 773 (55,7%) dos quais eram civis. Enquanto isso, as baixas israelenses se limitaram a dez militares e três civis.

Ou seja, para cada israelense morto, mais de cem palestinos tombaram.

Uma proporção que também nada fica a dever às retaliações nazistas.

2 comentários:

Unknown disse...

Contemple por um segundo o seguinte discurso:

"Nossa raça é a Raça Mestre. Somos deuses divinos neste planeta. Nós somos tão diferentes das raças inferiores como elas são dos insetos. De fato, comparado com nossa raça, outras raças são bestas e animais. No máximo são gado. Outras raças são consideradas como excremento humano. Nosso destino é reinar sobre as raças inferiores. Nosso reino terrestre será reinado por nosso líder com uma barra de ferro. As massas lamberão nossos pés e nos servirão como nossos escravos."

Em primeira instância parece o discurso de um nazista, mas na verdade essas palavras racistas saíram da boca do então primeiro-ministro israelense Menachem Begin (1977-1983) no Knesset (paralamento israelense) em 1982.* Estranho como a história se repete. Os nazistas tinham os judeus. Os judeus sionistas tem os palestinos. Como sempre, o mundo se mantém em silêncio. Como falou Gabriel o Pensador, "o pior cego é aquele que não quer ver." Enquanto não aprendemos as lições que a história nos ensina, seguiremos, como humanidade (a única raça que existe é a raça humana), cometendo os mesmos erros. Enquanto a humanidade não aprende, o ser humano continua a sofrer. Nossa ignorância coletiva é absurda.

*Begin and the beasts. New Statesman, 25 de júlio de 1982.

texto retirado do meu blog: http://proletariolibertario.blogspot.com/2009/10/historia-se-repete.html

Anônimo disse...

Israel é apenas o "ponta de lança" dos EUA na região. Já supõe-se que os israelenses que lá moram não tem nada de origem nos judeus do século I. Os de hoje seriam apenas pessoas que habitavam uma região antiga URSS que se convertei à religião judaica. Os verdadeiros seriam os palestinos, que com o tempo trocaram de religião para a muçulmana.

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