domingo, 15 de junho de 2025

PASSEI A MINHA VIDA ADULTA INTEIRA VENDO ISRAEL FAZER OS ÁRABES DE SACO DE PANCADAS; MUITO SOFRE QUEM PADECE

As charges são do Jota Camelo
Eu começava a prestar atenção nos grandes acontecimentos mundiais quando ocorreu a chamada
guerra dos seis dias, em junho de 1967: Síria, Egito, Jordânia e Iraque, apoiados pelo Kwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão, foram derrotados de forma acachapante por Israel, apesar de sua evidente superioridade em efetivos e recursos.

Passei o resto da vida vendo os árabes serem triturados impiedosamente pelo estado sionista, sempre com o apoio declarado ou velado dos EUA e a despeito das condenações inócuas da ONU, olimpicamente ignoradas pelos genocidas da estrela de Davi.

O enredo se repete mais uma vez; já faz parte da ordem natural das coisas. Só quando algo nele mudar justificará uma análise mais aprofundada. Mais do mesmo vale apenas o tamanho deste post.

Não gosto de assinar protestos ou dar declarações indignadas quando sei de antemão que de absolutamente nada adiantarão. 

Posso passar anos travando uma luta extremamente desigual para nosso lado, como foi aquela contra a extradição de Cesare Battisti no período 2008/2011, desde que vislumbre uma mínima chance de vitória. 

Mas não perco meu tempo quando nem isto existe, pois detesto sentir-me impotente para mudar o curso de acontecimentos deploráveis. Sou guerreiro, não carpideira.

Nesses casos em que nada há que compense fazer, nada faço. Sigo o exemplo do Paulo Francis dos bons tempos, que encerrava o assunto dizendo muito sofre quem padece e passava a ocupar-se das campanhas que não tinham desfecho predeterminado. 

Mas, a semelhança acaba aí. Ele, depois da sua última grande fase (a de quando era o guru do Pasquim), acabou desistindo de todas as cruzadas idealistas, e isto eu não fiz nem farei. 

Tenho 74 anos e continuo pronto para ir em qualquer lugar, correndo o risco que houver, mesmo me arrastando com minha muleta, se depender de mim uma vitória no bom combate. 

Aí a minha inspiração vem de outro exemplo, o de Gilberto Gil na canção Viramundo: "Prefiro ter toda a vida/ a vida como inimiga/ a ter na morte da vida/ minha sorte decidida". (por Celso Lungaretti)

2 comentários:

SF disse...

Israel não faria o que está fazendo se temesse os aiatolás.
O fato é que eles já eram.
Perderam o comando do país.
Convenhamos, não há justos nestes conflitos.

celsolungaretti disse...

Concordo. Os árabes há muito teriam ganhado a parada se os reizinhos feudais quisessem. Mas, eles sabem que aí o povo começaria a questionar a eles, então preferem que o grande vilão continue sendo o estado sionista.

Quanto aos guerrilheiros, a minha bronca em relação a eles é que provocam Israel para que os genocidas da estrela de Davi responsam com os habituais massacres e os jovens continuem ingressando nas suas fileiras.

São todos vilãos e o povo é o mártir, como sempre.

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