Normalmente eu estaria publicando aqui a correta dissecação que o companheiro Rui Martins fez (vide aqui) das estridentes declarações de intenção do aloprado Donald Trump, desde que nelas acreditemos.
Mas, vieram à minha mente aqueles faroestes com pessoas pulando porque o bandido Ronald Reagan (também ex-presidente dos Estados Unidos) disparava tiros no chão... e, como editor deste blog, resolvi não dar quilometragem ao que me parece ser apenas a repetição do velho truque do Adolf Hitler para conquistar territórios alheios sem enfrentar resistências na década de 1930.
Alegando que a Alemanha ficara sem espaço vital para seu crescimento econômico, Hitler conseguiu fazer com que a Grã Bretanha e a França, em 1935, assistissem de braços cruzados à incorporação pelos nazistas de 90% do território de Saar (que fazia parte da Prússia e da Bavária) por meio de um plebiscito.
A promessa de que, alcançado tal objetivo, Hitler sossegaria não passava de conversa pra boi dormir: mordendo e assoprando, utilizando-se de ameaças militares e pressões diplomáticas, ele conseguiu anexar a Áustria em 1938, novamente sem que britânicos e franceses reagissem.
O novo alvo do tirano era a Polônia, daí a assinatura de um pacto de não agressão com a União Soviética (que habitualmente a protegeria).
Mas, quando Hitler invadiu território polonês em setembro de 1939, a Grã Bretanha e a França finalmente desistiram de domesticar o conquistador insaciável e declararam guerra à Alemanha.
São tão estapafúrdias, exageradas e inexequíveis as ameaças atuais de Trump que eu as vejo exatamente como blefes, com Trump exigindo demais para obter um pouco de mão beijada, além de fazer sua posse repercutir muito mais na imprensa mundial do que ocorreria sem ele bancar o bicho papão.
Recomendo a leitura da extensa análise do Rui sobre as bravatas trumpianas levadas a sério. Mas, não acredito que o sejam, daí estar evitando dançar só porque o fanfarrão ultradireitista alveja o chão. (CL)
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