Esta adolescente de 16 anos foi impiedosamente assassinada pelo inadmissível, inaceitável, grotesco, repulsivo, abominável e aberrante governo que sustenta o fanatismo religioso no Irã.
Não há desculpa nem qualquer justificativa aceitável para se torturar mortalmente uma jovem só porque não quis enfear-se utilizando o hijab, aquele véu islâmico que esconde os cabelos e torna sua usuária um ser assexuado, sem espontaneidade, sem alegria, sem vida, sem nada: uma réplica de zumbi.
Quanta paúra do diabo interior esses sacerdotes aiatolados nas trevas medievais têm da liberdade sexual!!!
O crime pelo qual Armita Geravand recebeu a pena capital foi viajar de metrô sem o véu ridículo. Os primatas da polícia moral tanto a espancaram que já saiu em coma da estação. A morte cerebral chega após passar quatro semanas hospitalizada.
Vale lembrar que pelo mesmíssimo crime foi morta em setembro Mahsa Amini, de 22 anos, esta à maneira do DOI-Codi brasileiro: estava numa prisão quando sofreu os espancamentos.
Regimes hediondos como o do Irã ajudam a perpetuar a desumanidade igualmente extremada de Israel, porque ambos igualam-se no absoluto desprezo pelos que têm convicções diferentes, estando sempre prontos para exterminá-los sob quaisquer pretextos.
Então, não nos podemos alinhar com um nem com o outro sem trairmos a essência do que somos: seres humanos empenhados em construir uma sociedade igualitária e livre.
Cabe-nos, portanto, os devolvermos para o passado odioso ao qual pertencem, pois, quando finalmente livrarmos a humanidade da exploração do homem pelo homem, eles serão sempre um corpo estranho, destoante, em meio à civilização. (por Celso Lungaretti)
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