quinta-feira, 30 de março de 2023

O "FILME PARA VER NO BLOG" DE HOJE É SOBRE A VOLTA DE UM VILÃO BOÇAL E IGNARO: HITLER

Ele está de volta é, nesta 5ª feira (30), atração obrigatória de nossa seção filmes para ver no blog, por motivo óbvio: tem tudo a ver com o retorno de um nefasto e nefando personagem com características muito semelhantes, quase uma miniatura daquele a quem o longa-metragem de 2015 se refere.

Para simplificar, aproveito trechos de uma perspicaz crítica de Tayana Teister no site Cinema com Rapadura (a íntegra do texto dela pode ser acessada aqui):

"Mito: narrativa de caráter fantástico ou simbólico; crença construída sobre algo ou alguém; folclore representativo de histórias que desempenham um papel fundamental na sociedade. 

Ou no entendimento atual, alguém que mitou, fala ou faz algo digno de aplausos, ou representa uma maioria.  
Adolf Hitler pode se encaixar nas duas definições. O grande vilão do mundo, o monstro responsável pelo pior crime contra a humanidade da história. Sua imagem representa o mito da maldade humana em pura definição, suas ações são difíceis de serem concebidas como reais, afinal é inacreditável o quão baixo um chefe de Estado é capaz de chegar ao exercer, ou melhor, impor seu poder sobre um povo.

Entretanto, Ele Está de Volta mostra que essa grande figura do mal pode se encaixar facilmente nesta nova definição de mito. E precisamos estar bem atentos a isso.

O longa de David Wnendt parte de uma ideia hipotética: e se Adolf Hitler reaparecesse nos dias de hoje? Como as pessoas reagiriam e que influência ele teria na sociedade? Como ele se portaria diante das novas tecnologias e formas de mídia?

Ele Está de Volta
 nos mostra Adolf Hitler em Berlim, em outubro de 2014, vindo diretamente de seus últimos momentos no bunker, em abril de 1945. O filme é uma sátira social, política e cultural e seu roteiro assenta-se em três colunas:
— o humor negro, de onde vem a matéria-prima para a sátira;
— a crítica política, que compara líderes alemães do pós-Guerra e chega aos chefes dos partidos neonazis e similares da atualidade; e
— a crítica sócio-cultural, complemento imediato da política focado no senso comum da população germânica e na cultura e comunicação de massa atuais, destacando-se aí a TV e o Youtube".

O filme é profético ao mostrar a normalização do monstro sete décadas depois. No Brasil, o processo foi muito mais rápido e, após apenas três meses, o similar de Hitler reapareceu, não foi imediatamente preso como deveria (afinal, trata-se do responsável direto e indiscutível pela sabotagem vacinal que acrescentou centenas de milhares de óbitos à lista de vítimas fatais da covid) e, segundo parece já ter sido acordado entre as principais lideranças da nossa sórdida política institucional, deverá ser punido tão somente com a inelegibilidade. 

Se De Gaulle não disse, digo eu: o Brasil não é um país sério. (por Celso Lungaretti)

2 comentários:

Anônimo disse...

https://twitter.com/DrBiddulph/status/1641314896280268804

Anônimo disse...

E também

https://www.youtube.com/watch?v=fzcdX99NLL0

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