quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

MOURÃO INSISTE NO GOLPE? NÃO, ELE QUER É SER O NOVO MITO DOS 'PATRIOTÁRIOS'

O que os óculos escuros do Mourão fazem lembrar?
A
té o Casagrande ficou furioso com um recém-publicado artigo opinativo do vice-presidente Hamilton Mourão, passando pano para os terroristas que anteontem (12/12) descarregaram sobre Brasília sua cólera pela diplomação do Lula. 

A noite de horror cujas imagens estarreceram o mundo civilizado foi justificada por Mourão como uma reação "diante dos protestos e questionamentos não respondidos das vozes de mais de 58 milhões de brasileiros sobre o sistema eleitoral", ou seja, a velha lengalenga golpista sobre uma jamais comprovada fraude com as urnas eletrônicas. 

Ele não hesitou sequer em admitir o verdadeiro motivo daquele vandalismo desembestado: 
"Assumirá a condução do Brasil um governo de esquerda que já comandou o País por 14 anos e não deu certo, tendo afogado a Nação num mar de gastança e de corrupção".
E se oferece como líder alternativo para as hordas da direita selvagem, depois de o Bozo ter-se desmoralizado aos olhos delas com suas sucessivas brochadas, sempre fugindo das responsabilidades legais e estimulando inocentes inúteis a tirarem as batatas do fogo em seu lugar:
Ah! Já sei..
"Usem os seus representantes eleitos no Congresso Nacional, como eu, que estarei no Senado Federal, para não apagar a chama da direita, que no passado recente não conseguia fazer uma oposição popular forte e consistente".
Alguma surpresa? Para mim, nenhuma. Cantei tal bola no meu artigo de 17 dias atrás (Surge o 1º candidato a novo guia da boiada: Bozo morto, Mourão posto?), quando escrevi que Mourão já estava "em plena campanha para suceder o Bozo como o duce dos fascistas tupiniquins".

Dando o devido crédito a outro raro articulista que percebeu tal jogada, o Ricardo Kotscho, assim conclui (e hoje não mudo uma vírgula sequer):
.
"Motivo de alívio? Nem tanto. Mourão, na ativa, era um oficial encrenqueiro, amiúde punido por suas insubordinações face aos governos petistas. Mas, sabe-se lá quando estava sendo sincero, se é que o foi alguma vez. 

Pois, ora jogando na extrema-direita, depois se apresentando como a alternativa sensata ao destrambelhado genocida e agora voltando à imagem original, a única certeza é que se trata de um obcecado pelo poder, daqueles que, lembrando a frase do Lula sobre o Brizola, pisam até no pescoço da mãe para um dia envergarem a faixa presidencial.
Que abominações ele não endossará 
para concretizar o seu sonho?

E o pior: não só é bem mais hábil e ladino do que o trapalhão de poucas luzes e pavio curto, como chegou ao escalão máximo do generalato: general de exército (acima, portanto, dos generais de brigada e de divisão).

O fato de o Bozo ser tão-somente um tenente que ascendeu a capitão ao passar desonrosamente para a reserva sempre tornou quase impossível as Forças Armadas agirem, ao arrepio da Constituição, para colocá-lo no poder supremo do país.  

Já Mourão satisfará plenamente tal requisito, caso tente um dia virar a mesa". (por Celso Lungaretti)

2 comentários:

Anônimo disse...

A frase do "pisa até no pescoço da mãe" foi do Brizola sobre o Lula, não o contrário.

celsolungaretti disse...

Não, companheiro, eu me lembrava bem dessa afirmação mas, por via das dúvidas, fui à busca do Google e comprovei meu acerto. Estou velho mas ainda conservo boa memória, felizmente.

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