Haddad: só funcionou bem como poste em 2012, mas perdeu em 2016 e 2018 |
Os marqueteiros tiveram esta brilhante ideia ao constatarem, mediante sondagens internas, que os eleitores paulistas se lembravam mais do Haddad como derrotado no pleito presidencial de 2018 do que como ex-prefeito de São Paulo (2013/2016) .
Deveriam estar espocando champanhes, pois quem se recorda dele como burgomestre paulistano foi exatamente quem lhe negou a reeleição: Haddad é caso único de prefeito que, na vez seguinte não chegou sequer ao 2º turno, pois João Doria liquidou a fatura logo na primeira rodada.
O motivo foram duas medidas do politicamente correto Haddad que irritaram profundamente eleitores paulistanos que não moram na Vila Madalena:
1. impôs um limite de velocidade ridicuolamente baixo nos trechos das rodovias que entravam na cidade ou dela saíam, o que criou um verdadeiro pandemônio. Nunca vi tanto acidente nesses trechos como naquela época. Caminhoneiros e motoristas conhecedores de onde existiam os radares reduziam a velocidade quando iam passar por eles, mas logo em seguida enterravam o pé no acelerador, surpreendendo os que desconheciam tal detalhe. E, claro, também o faziam quando estavam deixando o trecho paulistano. Isto, mais os congestionamentos terríveis das marginais na hora do rush ou quando ocorria acidente, reduziu a cinzas o filme do Haddad;
2. implantou faixas exclusivas para ciclistas em avenidas e ruas de intenso movimento, sem levar em conta que a imensa São Paulo tem área mais de seis vezes maior que a da diminuta Amsterdam. E essas faixas geralmente só serviam para algo nos fins de semana e feriados. Em dias úteis passava 1 bicicleta a cada 5 minutos (pelo menos era a impressão que eu tinha enquanto ficava mofando na pista comum abarrotada de automóveis avançando com rapidez de lesmas...).
Boulos tinha energia e carisma para vencer; Lula preferiu um borocochô |
Haddad foi um dos fatores importantes para a vitória do horroroso Bozo na trágica eleição de 2018, pois, com zero de carisma, impressionava muito menos os eleitores despotizados do que o bufão estridente.
Tenho absoluta certeza de que, com Ciro Gomes ou Guilherme Boulos como candidato, a chance de vitória antifascista teria sido muito maior. Mas o Lula, embriagado com seu êxito em impingir os postes Dilma Rousseff e o próprio Haddad, em 2010 e 2012 respectivamente, acreditou que pudesse repetir a mágica e o resultado foi... genocida no poder.
Incrivelmente, o dono do PT vai bisar o fracasso agora, quando poderia ter feito uma aposta muito mais segura com o Boulos.
Já o Ciro Gomes, inconformado com a puxada de tapete que levou do Lula em 2018, não fará mais alianças com o petismo enquanto o jenio reformista der as cartas. (por Celso Lungaretti)
Um comentário:
Enquanto isso, na Ucrânia
https://war.ukraine.ua/wp-content/uploads/2022/07/Ukrainian-wheat-fields.jpg
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