quinta-feira, 16 de junho de 2022

QUE TIPO DE MESSIAS É O JAIR, SE TUDO DÁ TÃO ERRADO PARA ELE?

jamil chade
ASSASSINATOS SEPULTAM PLANOS DE BOLSONARO NO EXTERIOR E APROFUNDAM CRISE
O assassinato de um indigenista e um jornalista escancaram uma crise de imagem "sem precedentes" para o Brasil, que já era alvo de questionamentos, críticas e preocupações internacionais.

Para experientes diplomatas por mim ouvidos, a confirmação das mortes de Bruno Pereira e de Dom Phillips aprofundam um mal-estar e podem "sepultar" qualquer tentativa de inserção do governo de Jair Bolsonaro no exterior.

Apurei que haverá, a partir de agora, uma pressão intensa sobre as autoridades brasileiras para que realizem uma investigação imparcial e independente sobre as mortes, com o governo britânico, a ONU e entidades internacionais cobrando tais atos.

Dentro do Itamaraty, a ordem nos últimos dias foi a de passar a informação para agências internacionais e governos estrangeiros de que o governo estava comprometido na busca pelos dois homens. Mas, sem credibilidade por anos de um discurso negacionista, a palavra do Brasil foi recebida com desdém.

Segundo antigos embaixadores, o caso neste momento pode ter um impacto maior que o de Chico Mendes ou de Dorothy Stang, ambos assassinatos por seu trabalho na floresta. Hoje, dizem eles, a Amazônia está no centro do debate internacional e nunca, no período de democracia, o governo brasileiro foi tão criticado no exterior como agora.

O caso também pode ter impactos econômicos e comerciais. 

No último ano, o maior fundo soberano do mundo – na Noruega – reduziu investimentos no Brasil sob a alegação de que o país vivia uma crise tanto no que se refere aos direitos humanos como em questões ambientais.

Cenários feitos por diplomatas apontam que essa tendência, agora, pode aumentar. Não há confiança na palavra do Brasil de que age para defender a Amazônia, indígenas ou ativistas.

Acordos comerciais já com sérias dificuldades para serem aprovados agora seriam congelados. Um deles envolve o Mercosul e a União Europeia. Apurei que, nesta 5ª feira (16), indígenas brasileiros planejam um ato diante do Parlamento Europeu em homenagem aos dois mortos. 

O evento amplia a pressão no sentido de que os europeus não ratifiquem nenhum tipo de aproximação comercial com o Brasil.

Membros de governos estrangeiros indicam que haverá uma reação internacional muito dura e que o dedo vai estar apontado ao desmonte promovido por Bolsonaro em toda a política ambiental e de direitos humanos no país.

Na ONU, funcionários do mais alto escalão da entidade destacam para a incoerência de uma situação de violência só agora ganhar o noticiário internacional, por conta da existência de uma vítima estrangeira. 
A agência admite que a pressão de governos estrangeiros para que haja uma cobrança maior sobre o Brasil vai aumentar.

Já na semana passada, a ONU criticou a reação "extremamente lenta" do governo na busca pelos dois homens, além de atacar os comentários feitos pelo presidente Jair Bolsonaro denegrindo o trabalho do indigenista e do jornalista.

Um dia depois, coube ao embaixador do Brasil na ONU, Tovar Nunes, desmentir Bachelet e dizer que o governo atua contra atividades ilegais em reservas indígenas. Ele também destacou programas de proteção a ambientalistas e jornalistas.

Nos corredores da ONU, um só comentário: quem é que vai acreditar na palavra do Brasil?

A pressão também virá de entidades da sociedade civil. Laura Canineu, diretora do Brasil da Human Rights Watch, deixou claro que as cobranças continuarão. Ela pede que o processo de investigação seja realizado "de forma minuciosa, independente e imparcial, em estrito cumprimento da lei"

"É essencial que a investigação esclareça as circunstâncias e a motivação do crime, e leve à responsabilização de todos os envolvidos", afirmou.

"
Esta é uma grande tragédia para as famílias de Bruno e Dom, assim como para todos que defendem a Amazônia e os direitos dos povos indígenas, e todos que reportam e dão visibilidade a esses temas", disse.

"É urgente que medidas imediatas e contundentes sejam adotadas pelo governo federal, governadores estaduais e ministérios públicos federal e estaduais para combater a ilegalidade e as redes criminosas na Amazônia", completou. (por Jamil Chade)
.
TOQUE DO EDITOR – Os ministros evangélicos pactuados com o Bozo impingiram a seus rebanhos a lorota de que o sobrenome Messias seria um sinal dos céus acerca do papel que o dito sujo desempenharia na Terra.

Bem, se formos acreditar que nossas vidas são movidas pelos cordéis de Deus (sempre me pareceu que tal papel é exercido pelo poder econômico), então a mensagem que Ele nos envia é bem diferente: os três anos e meio de desgoverno do celerado conseguiram somar incompetência extremada com um azar fora do comum.

Recado havendo, só pode ser o seguinte: "Já que vocês insistem em passar pano para esse encapetado, Eu lhe mandarei a pior peste de um século para cá, uma recessão econômica que fará o povo catar comida no caminhão do lixo e dois homicídios que vão abalar o mundo. Chega ou querem mais?" (por Celso Lungaretti)   
Zumbis do Mal ou O Messias do Mal (tradução do título em inglês)
é um filme de terror convencional, dirigido em 1973 por Willard Wuyck

2 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo o mourão à 'direita'!
Adicionando:
Guernica Amazonica (1) (10 de janeiro de 2020)
https://publisher-publish.s3.eu-central-1.amazonaws.com/pb-brasil247/swp/jtjeq9/media/20200110210120_0307d291a5c0455dae3f0df4380a9b16172a4692c47a62bab7cce181167ee178.jpeg
Com ricardo salles
Aliás, o mourão
https://i.calameoassets.com/191104190741-88996fa8f70953cc6263a83a7971a7e7/large.jpg
Nem sei comentar!!!

Fausto Neves disse...

Ainda ontem 15 de Junho
https://www.theguardian.com/world/video/2022/jun/15/boris-johnson-expresses-deep-concern-over-fate-of-dom-phillips-in-brazil-video
E
https://www.theguardian.com/world/2022/jun/15/deep-concern-over-fate-of-dom-phillips-in-brazil-says-boris-johnson
E o jair é solidário com aquele russo!

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