terça-feira, 14 de junho de 2022

DOR, REVOLTA E IMPOTÊNCIA

A
informação, ainda não confirmada oficialmente, sobre o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips é avassaladora, embora esperada desde que os dois desapareceram. 

Não serão as primeiras mortes na região amazônica pelos mesmos motivos e acontecem não é de hoje. 

A novidade nos dias que correm é o incentivo do governo federal à pesca ilegal, ao garimpo ilegal, ao desmatamento com exportação de madeira extraída ilegalmente, às milícias. 

Na terra sem lei em que se transformaram os morros, as favelas e as periferias brasileiras, a região amazônica e do Pantanal, a ausência proposital do Estado produz a barbárie. 

Lembremos que o psicopata que elogia torturadores, que disse não ser coveiro em plena pandemia (para a qual receitou imunidade de rebanho) e desfez das vacinas em nome da cloroquina, é o mesmo que dissemina desconfiança em torno do voto eletrônico para justificar a previsível derrota nas urnas e prega o golpe. 

E as Forças Armadas, em vez de colaborarem para tornar, de fato, a Amazônia Legal, se imiscuem onde não é papel delas, na Justiça Eleitoral. Com o que, os dois bravos humanistas são chamados de aventureiros pelo psicopata. 

O Brasil precisa reagir mesmo que já se faça tarde. Muito tarde. (por Juca Kfouri)
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TOQUE DO EDITOR – Concordo em gênero, número e grau com o comentarista esportivo Juca Kfouri. O Brasil precisa mesmo reagir, não pode esperar a derrota eleitoral do Bozo para iniciar sua reconstrução, depois do que terão sido quatro anos de destruição fanática, premeditada e bestial.

Assim como também aplaudo a iniciativa do bravo companheiro Rui Martins, de clamar pelo impeachment já e agora. Seis meses sob o Bozo, mesmo estando reduzido à impotência com relação ao golpe que tanto sonhou dar, serão uma eternidade,

Lamento, contudo, que tal clamor esteja mesmo vindo muito tarde. A hora em que o impeachment se tornou obrigatório foi aquela em que nossos irmãos começaram a morrer como moscas por causa da condução genocida do combate à pandemia.

Falhamos miseravelmente em 2020 e 2021, então nunca deixarei de lamentar mais a imensidão de brasileiros que morreram de covid podendo ser salvos, do que dois personagens célebres que entregaram a vida por seus ideais e portanto merecem todas as nossas lágrimas e homenagens.

Só que a diferença numérica é acachapante: dois x aproximadamente 400 mil. (por Celso Lungaretti)  

3 comentários:

RALPH DE SOUZA FILHO disse...

SOB A CUMPLICIDADE DAS FORÇAS ARMADAS ENVOLVIDAS EM TODOS OS GESTOS E AÇÕES QUE INUNDARAM A AMAZÔNIA DE UMA VASTÍSSIMA CONCERTAÇÃO ONDE FACÍNORAS TAIS OS NARCO TRAFICANTES E MADEIREIROS E GRILEIROS E POSSEIROS E GARIMPEIROS E PESCADORES DAS ÁGUAS TURVAS PARA ONDE QUER SE MOVAM AS TARRAFAS E OS ANZÓIS A IRROMPEREM E A AVULTAREM IMPÁVIDOS E ASSOMBROSOS OS ASSASSINOS E OS PSICOPATAS A MOVIMENTAREM - SE COM A MAIS AMPLA E IMPRESSIONANTE CERTEZA DA IMPUNIDADE É QUE ENTÃO PERMITO - ME A AFIRMAR DE QUE A TODOS QUANTOS ESTEJAM AO LADO DE BOLSONARO CAIBA BEM A CARAPUÇA DA CRIMINOSA SANHA DA PULSÃO DA MORTE E DA INDIGNIDADE INFÂME E CONSUBSTANCIADA NA BARBÁRIE D'UMA ESCUMALHA SUBORNADA E COOPTADA NÃO SENDO POSSÍVEL ASSIM CRER EM ABSOLUTAMENTE NADA E ÓBVIO APÓS UM INTERVALO DE TEMPO EXCESSIVO DESCONHECER COMO VEROSSÍMEIS QUAISQUER INFORMAÇÕES ADVINDAS DA POLÍCIA FEDERAL APARELHADA E DE SEU CORPO TÉCNICO E FORENSE OUTROSSIM SOB A SOMBRIA DESCRENÇA E A SUSPEIÇÃO IRRECUPERÁVEIS...

Fausto Neves disse...

Celso, veja que interessante

https://www.nytimes.com/es/2022/06/14/espanol/opinion/donald-trump-capitolio.html
E o Jair?

celsolungaretti disse...

Fausto, o Jair é ave de outra plumagem. Talvez um pavão que era para ser maravilhoso mas foi mal chocado e saiu do ovo horroroso...

Eu creio que ele se enquadraria bem nos filmes do pior cineasta do mundo, Ed Wood, por causa de sua ambiguidade: tudo faz para parecer um machão, mas, nos momentos culminantes, invariavelmente amarelou.

E ainda por cima é misógino e homofóbico...

Diante de tantas pistas, podemos pensar no Sherlock Holmes guardando a lupa e dizendo: "Elementar, meu caro Watson!" (embora isto seja apenas um falso clichê, pois em nenhum dos livros ele pronuncia tal frase).

Agora deixando a minha imaginação voar, talvez o detetive da rua Baker acrescentasse: "Cheguei a uma conclusão sobre o caso depois de assistir a 'Glen ou Glenda?', um filme que disseca bem a personalidade do autor deste crime".

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