sábado, 12 de março de 2022

PUTIN LEMBRA O HITLER DOS ÚLTIMOS DIAS NO BUNKER, ANTES DE SE MATAR

ricardo kotscho
PUTIN CONSEGUE DESTRUIR UCRÂNIA E RÚSSIA
AO MESMO TEMPO, E AMEAÇAR O MUNDO
"É um homem pequeno, que pensa
ter três metros de altura"
E
ntramos na terceira semana de guerra, e até agora não deu para entender aonde Vladimir Putin quer chegar com a invasão bárbara da Ucrânia. 

Todos os doutores especialistas, em todas as áreas do conhecimento humano, já deram seus palpites, mas nenhum até agora conseguiu me explicar o que leva um homem a colocar em risco a sobrevivência econômica do próprio país, segunda potência militar do planeta, que em poucos dias virou um pária mundial.

Se não é loucura, só pode ser uma tendência suicida, ao vermos Putin cada vez mais isolado no Kremlin, nostálgico do antigo poder soviético, lutando contra tudo e contra todos, com as grandes empresas saindo do país, desafiando a lógica e as relações internacionais num mundo globalizado. 

Leio que Putin não ouve mais ninguém e agora só dá ordens para atacar o inimigo, simbolizado pelas mulheres, crianças e idosos em fuga da pobre Ucrânia, mas que na verdade é o resto do mundo civilizado, incluindo o papa Francisco, a ONU, a Cruz Vermelha Internacional, os meus vizinhos de prédio, e quem mais tiver a coragem de o contrariar. 

Lembra muito os últimos momentos de um certo Adolf no bunker de Berlim, antes de desistir de dominar o mundo e se matar. 

Hitler mobilizou a Alemanha para se vingar da derrota na 1ª Guerra Mundial, foi eleito e tinha apoio popular até quase o fim, mas ninguém está saindo às ruas de Moscou para apoiar a guerra de Putin. 

Ao contrário, ele teve que calar a imprensa e a oposição, e ameaçar com 15 anos de cadeia quem se manifestar contra a guerra, chamada de operação militar especial

Basta olhar para a cara dele e ver que o que move Putin é o ressentimento, a vingança, o orgulho ferido. Não há visível na sua expressão nenhum bom sentimento.
 "Hitler tinha apoio popular quase até o fim, mas
ninguém sai às ruas de Moscou para apoiar Putin"

É um homem pequeno, que pensa ter três metros de altura. Isso nada tem a ver com estratégia geopolítica para defender seu país ameaçado, vítima do mando da Otan e do mundo ocidental

Trata-se apenas do medo que hoje tem até da sombra, depois de 22 anos de poder absoluto, em que criou uma nova oligarquia com ex-agentes da KGB e fechou os olhos para a corrupção, em troca da partilha do butim das antigas empresas estatais. 

O reinado czarista de Vladimir Putin pode estar chegando ao fim, como escreveu o colega Igor Gielow na Folha de S. Paulo.

Na melhor das hipóteses para ele, prevê Gielow, a vitória militar pode desaguar em ditadura, não se sabe comandada por quem, porque até os oligarcas estão revoltados com as sanções econômicas impostas ao país. 

Para os militares e a classe média, que ele cevou com queijos franceses e bons vinhos, uma hora a paciência vai acabar, diante das prateleiras dos mercados se esvaziando, a inflação subindo e as filas nos caixas eletrônicos aumentando porque não se pode mais nem usar cartão de crédito. 

Putin pode até declarar vitória na Ucrânia algum dia, qualquer que seja o resultado, com o país vizinho retalhado ou dizimado, mas a sua derrota já está precificada na própria Rússia, que não aceitará ser pária do mundo por muito tempo. 

Aquele povo tem brio e tem história. Foram eles, os russos, afinal, que derrotaram a Alemanha em 1945 e livraram o mundo do nazismo. Não vão querer viver isso outra vez. 

Vida que segue.  (por Ricardo Kotscho)
Hitler – os últimos 10 dias (d. Ennio De Concini, 1973) é um
filme semelhante ao posterior e mais famoso A queda! (d. Oliver
Hirschbiegel, 2004).  Baseia-se em testemunhos de gente que estava
no bunker com o führer (Alec Guinness). Legendas em português.

9 comentários:

Cezar disse...

Não me façam rir..Por favor Ricado!!!!!!!!!!! PUTIN já podia ter passado o rodo.. Ta indo devagar ...

Cezar disse...

https://youtu.be/9sHn3BMXqjA

O jornalista Leonardo Attuch entrevista o analista geopolítico Pepe Escobar sobre a nova ordem internacional e os movimentos da Rússia na Ucrânia

Anônimo disse...

Os vídeos que seguem também são elucidativos do que vem ocorrendo: https://youtu.be/ShampesAlT8 e https://youtu.be/sFhb_-jUNUs. Mestre Kotscho parece que está dormindo com o rádio ligado em péssima programação. Em seguida, desperta e repete dissonâncias como se fossem próprias.

Marco Aurélio, Rio de Janeiro

celsolungaretti disse...

Cezar e Marco Aurélio,

fica no mínimo esquisita essa utilização, contra o artigo do Ricardo Kotscho, de links de vídeos de gente que acha que o imperialismo estadunidense é pior do que o capitalismo de Estado russo ou o capitalismo selvagem da China.

Aliás, seria interessante essa gente embasar tal diferenciação em alguma corrente de pensamento aceitável para homens de esquerda como nós. Nunca li nada parecido nos grandes teóricos do marxismo e do anarquismo.

Que eu saiba, tal pretensão de que haja "capitalismo melhor" e "capitalismo pior" parte dos que procuram subterfúgios para não aderirem francamente à luta revolucionária, enfrentando o inimigo capitalista em todas as suas formatações e institucionalidades.

Se esta é a posição de vocês, o blog respeita vosso direito de manifestá-la. Mas, o espaço de comentários é para que vocês mesmos a defendam, questionando aquilo que consta ESPECIFICAMENTE do artigo. Não para sugerirem aos leitores que leiam/ouçam esta ou aquela manifestação de autores que defendem, GENERICAMENTE, outros entendimentos.

E, de preferência, respeitem a estatura política, intelectual e moral do Kotscho. Ninguém é obrigado a concordar com ele, mas a discordância deve ser expressa em argumentos, não em meras afirmações depreciativas acerca de um companheiro que defende desde os 16 anos (está com 73), com honestidade e talento, os ideais de liberdade e justiça social.

Anônimo disse...

Desculpe-me, se o Kotscho está nessa batalha há 57 anos, já deveria ser um pouco menos tolo sobre a realidade e parar de escrever as bobagens que tem cometido sobre o conflito. Sinceramente, tem sido, sobre o assunto, um verdadeiro lixo ingênuo, e me espanta que um jornalista tão tarimbado, vivido, ainda pense assim. Viu o filme e não entendeu lhufas. Uma grande decepção. Mas, que fazer?

Marco Aurélio, Rio de Janeiro

celsolungaretti disse...

Marco Aurélio,

você só está emitindo juízos de valor, sem sequer os justificar. Os leitores terão dificuldade inclusive para saber o que você realmente questiona no artigo do Kotscho;

Sei que vc não é caso isolado. A internet deu aos internautas a impressão de que suas opiniões de leigos valem tanto quanto as dos especialistas nos assuntos. Não valem.

O aprendizado (seja na escola formal ou na escola da vida, como autodidata ou pela experiência prática) continua sendo um diferencial e a falta de humildade continua sendo um grande empecilho para quem quiser realmente aprender algo.

Isto aqui não deve ser encarado como uma disputa de egos nem como um Fla-Flu. Temos é de entender a realidade do nosso tempo para melhor intervir sobre ela, não para brilhar nas redes sociais.

No fundo, o que minha posição sobre a invasão bárbara da Ucrânia vai alterar o rumo dos acontecimentos lá do outro lado do mundo? Não vai.

Mas, há algo nessa questão de suma importância: os que consideram que o grande inimigo é o imperialismo estadunidense e apoiam até o capitalismo autoritário de Estado russo e o capitalismo selvagem chinês contra ele, são os que negam a necessidade de uma revolução anticapitalista, que é a PRIORIDADE MÁXIMA da humanidade neste instante.

Ou superamos o capitalismo agônico ou ele nos levará à destruição, seja por força da inviabilidade econômica de sua perpetuação, seja por força dos devastadores danos ecológicos que está causando e causará cada vez mais enquanto durar sua sobrevida.

Você não dá valor aos que lutam durante toda a vida (Brecht era mais generoso), mas, quando for septuagenário como o Kotscho e eu, saberá quão difícil é continuar travando o bom combate quando as forças vão declinando e as doenças nos fustigando.

Não perderia um segundo com isso se fosse apenas para lustrar meu ego em discussões nas redes sociais. Mas, há questões de importância imensamente maior envolvidas, como o imperativo de retomarmos a luta revolucionária o quanto antes, ao invés de desperdiçarmos tempo cada vez mais escasso tomando partido nas pendengas de disputa de mercado entre Satã, Lúcifer e Belzebu (ou seja, EUA, Rússia e China).

Nossa missão histórica é lutarmos contra todos os demônios do capitalismo. Para que haja um século 22.

SF disse...

***
Os dirigentes soviéticos (os pigs) tinham dashas luxuosas.
Afinal, eles eram mais iguais dos que os outros.
***
Porém, um fenômeno acontece com tais déspotas.
Enlouquecem.
***
Um tal "Zé da Rússia" morreu assim.
Bêbado, em coma alcoólico, e sem a assistência do seu médico particular que ele tinha mandado para o gulag.
***
O seu entorno o deixou morrer a míngua, sem o conforto de uma presença amiga.
Nenhum deles, por mais bajuladores que fossem, suportava um minuto sequer a presença daquele ser trevoso.
***
É assim que acabam invariavelmente os patifes.
Loucos e bêbados.
***
Outro fim não terá Vlado.
Ele está muito parecido com Stalin ao final da sua triste e perniciosa vida.
E o pior é que ele não bebe...
***

Anônimo disse...

Alexandre Veiga

O filósofo Bertrand Russel 1872/1970 foi um grande pacifista. Militava contra a mobilização da Inglaterra no que viria ser a 1a. Guerra Mundial.
A polícia inglesa, presente numa igreja onde ocorria uma palestra pacifista, só interveio na última hora , evitando o linchamento do filósofo por fanáticos belicistas que invadiram o local armados de porretes, quando uma mulher gritou: "Ele é irmão de um conde".

Com a eclosão da guerra o filósofo perdeu sua cátedra no Trinity College e ficou preso por seis meses por recusar alistar-se.
Terminada Guerra Civil, consolidado o poder bolchevista, o filósofo foi visitar a União Soviética. Encontrou-se com Lenin e outros revolucionários históricos.

Voltando à Inglaterra disse que regime de terror instalado na antiga Russia era muito pior que o dos czares.
Se era odiado pela direita e com essa declaração passou a ser odiado também pela esquerda.

Segundo o filósofo , ele ficou tão isolado, num ostracismo tal, que não fosse ateu ele creditaria sua resistência interior a uma força superior, espiritual [Retratos de Memória].

Esse notável homem portanto teve a isenção , autoridade para décadas depois organizar o que foi chamado de Tribunal Russel para julgar os crimes de guerra dos EUA na Guerra do Vietnã.

O jornalista Ricardo Kotscho, já idoso, é um notável jornalista que não se vendeu aos grandes grupos da mídia. É difícil manter essa independência e cada vez mais raro jornalistas dessa envergadura ética/moral.
É detentor, e concordo, como o editor escreveu, defendendo com " honestidade e talento os ideais de liberdade e justiça social".

No entanto o jornalista Ricardo Kotscho carece da isenção para fazer tão contundentes ao presidente da Russia e omitir críticas ao grande provocador dessa tragédia : os EUA.

Falta lhe isenção porque nunca li em seus artigos uma condenação do horror que ocorre na Faixa da Gaza; a derrubada de centenárias oliveiras e moradias de famílias árabes/plestinas na Cisjordânia pelo exército invasor.

Esse horror, martírio do povo palestino, que atravessou as últimas décadas do século e entrou nas do século 21, poderia ter sido resolvido ou amenizado não fosse os EUA manter, municiar, dar créditos a fundo perdido ao Estado opressor dos palestinos.

O jornalista Ricardo Kotscho conhece bem e em profundidade essa enorme tragédia no Oriente Médio.
Ninguém pede, exige, espera que ele faça denuncias contra esse horror comprando uma briga com um poderoso lobby sempre pronto a defender Israel, o Estado opressor e a execrar, fichar seus críticos. É compreensível.

Mas , nos poupasse em seu artigo, da comiseração, da dor das "mulheres e idosos em fuga da pobre Ucrânia".
Repito, faltou-lhe isenção, pois mulheres e crianças e idosos são assassinados quase todo dia na Palestina nos territórios invadidos por um dos mais bem preparados exércitos do mundo, preparados e mantidos pelos EUA.




celsolungaretti disse...

Companheiro,

não dá para acertarmos todas as pendências de todos os tempos de uma vez só. O fato é que, neste exato instante, ocorre uma agressão bestial e covarde de um país militarmente poderoso contra um país militarmente bem mais fraco.

Se o Kotscho ou qualquer um deixaram de se posicionar corretamente noutros conflitos, isto deveria ter sido cobrado naqueles tempos. Mas, não impede de estarem mil por cento certos ao repudiarem Putin e sua maluquice digna de autocratas do século passado. A invasão dele tem a cor do sangue derramado e o fedor do mofo das gavetas em que guardamos velharias.

E, insisto: nada, absolutamente nada, torna, aos olhos de um revolucionário, o capitalismo de Estado autoritário do Putin melhor do que o imperialismo dos EUA e grandes nações europeias. Idem, o capitalismo selvagem da China, a maior nação escravagista do mundo atual.

E o grande problema para nós, revolucionários brasileiros, continua sendo o mesmo: aqueles que se dizem esquerdistas mas apoiam uma formatação do capitalismo em detrimento da outra são os mesmos que riscaram do vocabulário a palavra REVOLUÇÃO e enchem a cabeça dos explorados com ilusões de que um governo POPULISTA e REFORMISTA vá representar uma redenção para nosso povo.

Então, é fundamental nos posicionarmos contra a atual AGRESSÃO CAPITALISTA, assim como era importante termos nos posicionados contra todas as outras. Devemos nos colocar sempre ao lado dos oprimidos contra os opressores.

É deprimente vermos que a lorota de que exista "capitalismo mais pior" e "capitalismo menos pior" ainda iluda tantos ditos esquerdistas. Daí estarmos desde 1985 patinando sem sairmos do lugar.

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