sexta-feira, 20 de agosto de 2021

OS BLEFES DE UM BUFÃO QUE SE REPETE POR FALTA DE IDEIAS E PASSA VEXAME PORQUE NINGUÉM DÁ BOLA PARA SEUS PITIS

thaís oyama
EDUARDO BOLSONARO REVELA TRUQUE E 
INTENÇÃO QUE NUNCA SAIU DA CABEÇA DO PAI
S
e alguém não havia entendido ainda, Eduardo Bolsonaro cuidou de deixar claro o que se passa pela cabeça de Jair Bolsonaro, seu pai. 

Ontem (19), em entrevista à Rede TV, o deputado federal afirmou que "vai chegar uma hora" em que as ordens expedidas pelo Supremo Tribunal Federal" não serão mais cumpridas". Eduardo criticava medidas recentes determinadas pela Corte, como a da prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson e a inclusão de Jair Bolsonaro no inquérito das fake news

Para o filho 03 do presidente, Bolsonaro "tenta sempre agir dentro das quatro linhas da Constituição", mas o STF não lhe deixa saída. "Não tem mais corda para você esticar". 

O próximo passo, portanto, sugeriu, poderá ser a recusa do presidente da República em acatar uma determinação do Judiciário, o que significará uma ruptura institucional de grau convulsivo imprevisível. 

Bolsonaro repete truques e padrões. 

Quando, em maio do ano passado, o então decano do STF, Celso de Mello, cogitou a possibilidade de apreender o seu telefone celular, o general Augusto Heleno, chefe da Casa Civil, divulgou uma nota dizendo que a tentativa de cumprimento da medida teria "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional". 

A nota foi assinada por Heleno, mas a ameaça de descumprir a ordem do tribunal era de Bolsonaro. Ela foi divulgada duas semanas antes de uma bateria de manifestações marcadas em todo país em favor do presidente. 

Da mesma forma, a fala de Eduardo é a fala de Bolsonaro, e ocorre a vinte dias dos protestos em prol do governo marcados para 7 de setembro. 

Em 2019, também em maio e também às vésperas de manifestações, Bolsonaro repassou em seus grupos de Whatsapp o que ficou conhecido como texto apavorante, em que dizia que, por culpa do Congresso e do STF, o país poderia chegar a uma "ruptura institucional irreversível, com desfecho imprevisível". 

No último dia 14, conforme revelou o colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, o presidente, mais uma vez, compartilhou numa lista de transmissão no WhatsApp mensagem conclamando apoiadores a mostrar "que o presidente e as Forças Armadas" têm o apoio necessário para dar um "necessário contragolpe". O texto dizia que a manifestação de 7 de setembro deve ser "absurdamente gigante". 

A fala de Eduardo Bolsonaro deixa claro não apenas o que se passa na cabeça de Jair Bolsonaro, mas o que sempre esteve dentro dela e só não transbordou para a realidade até agora por falta de apoio. 

Uma manifestação esvaziada no próximo dia 7 será a melhor forma de esfriar os ímpetos golpistas do presidente – e o contrário também é verdadeiro. (por Thaís Oyama)
.
TOQUE DO EDITOR – Gostei de sua recapitulação desses blefes que, vale lembrar, desde o primeiro momento recomendei que não fossem levados a sério.

Só discordo de sua frase final, a de que os ímpetos golpistas do Bozo poderão esquentar caso muito gado vá pastar na avenida Paulista no próximo dia 7. Se ele fosse um Hitler ou um Mussolini, já teria dado o golpe em 2019. Não chega nem perto. 

Como jamais teve competência, muito menos fibra, para cumprir suas ameaças, deixou a chance passar e ela não voltará mais. Hoje não passa de um cadáver político à espera de ser recolhido pelo camburão institucional. Deveríamos, por compaixão, abreviar a sua agonia. (por Celso Lungaretti

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