quinta-feira, 8 de julho de 2021

INTIMIDAÇÃO CONTRA CPI É EFEITO RETARDADO DA IMPUNIDADE DOS CRIMINOSOS DA DITADURA MILITAR

david emanuel coelho
MILITARES PASSAM RECIBO DA MARACUTAIA
C
ada dia fica mais claro o envolvimento de militares com o mar de lama no Ministério da Saúde. 

O complacência dos fardados com o genocídio bolsonarista, é bom lembrar, já  restara comprovado com a desastrosa administração do General Pazuello, quando o número de mortes de brasileiros cresceu a níveis estratosféricos. 

Os últimos depoimentos na CPI da Pandemia apontaram fortemente para uma conexão militar em pedidos de suborno e superfaturamento de vacinas e insumos médicos. O auge, certamente, foi o interrogatório de Roberto Ferreira Dias, que sugeriu o envolvimento de militares incrustrados no Ministério da Saúde. 

Em reação, o presidente da Comissão, Omar Aziz, falou na possível existência de uma banda podre das Forças Armadas.
Mesmo tendo
aliviado ao afirmar, falsamente, que na ditadura não houve corrupção, isto foi o bastante para atrair a ira do alto comando militar, o qual soltou uma nota de repúdio contra o citado presidente. 

A nota, dizem fontes jornalísticas, veio para intimidar a CPI e impedir a investigação dos delitos militares. 

Na realidade, tal nota é a prova cabal do envolvimento militar nas maracutaias do governo Bolsonaro. Tendo se embrenhado no projeto bolsonarista, que é uma criação deles, os militares auferiram ganhos monstruosos, tanto pessoais quanto corporativos. 

A defesa de não investigar militares envolvidos com corrupção aponta para o quanto os militares possuem saudades da época quando denunciantes de corrupção acabavam mortos nos porões da repressão. 

O Brasil, assim, paga mais uma vez o preço de não ter punido os militares ao fim do período de exceção. Jogando seus crimes debaixo do tapete, deixou para eles a lição de que estão acima da legalidade, podendo fazer o que bem entenderem sem nunca serem questionados. (por David Emanuel Coelho)

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