Enquanto o Jair-vai-com-o-Donald fazia o maior auê acerca da cloroquina, acreditando que o remédio contra a malária pudesse servir como uma droga milagrosa para o combate à Covid-19, três semanas atrás eu já recomendava cautela.
Relembrei, neste sentido, um episódio emblemático de medicamento desviado de sua finalidade original e utilizado sem testes ou com testes insuficientes, cujos resultados foram desastrosos: o caso da talidomida, em 1959 nos EUA (vide aqui). Como consequência, cerca de 10 mil crianças nasceram horrivelmente deformadas.
Relembrei, neste sentido, um episódio emblemático de medicamento desviado de sua finalidade original e utilizado sem testes ou com testes insuficientes, cujos resultados foram desastrosos: o caso da talidomida, em 1959 nos EUA (vide aqui). Como consequência, cerca de 10 mil crianças nasceram horrivelmente deformadas.
Não deu outra: depois que a febre da cloroquina estimulou seu uso precipitado em grande escala pelo mundo afora, começaram a pipocar casos de morte em todo lugar. Para culminar, estudos recém-divulgados por respeitadas agências estadunidense e francesa concluíram tratar-se de uma roubada.
Então, os irresponsáveis que, movidos por suas obsessões ideológicas, brincaram com a vida alheia, simplesmente silenciaram, deixando de sequer proferir a palavra cloroquina.
Eis uma constatação da influente newsletter de mídia da CNN, nesta 4ª feira, 22:
"Após semanas de cobertura incansável, hypando o remédio antimalária como um tratamento que poderia mudar o jogo contra o coronavírus, a Fox News praticamente parou de mencioná-lo. O mesmo aconteceu com Trump, que não o menciona há uma semana".
Trump, Bolsonaro e outros aprendizes de feiticeiro que, movidos por suas obsessões ideológicas, se comportaram com leviandade criminosa, nem sequer pedirão desculpa às famílias de quem neles acreditou e foi parar no cemitério. (por Celso Lungaretti)
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