quinta-feira, 23 de abril de 2020

CONFIRMADO O ACERTO DESTE BLOG AO COMPARAR A CLOROQUINA À TALIDOMIDA, QUE FAZIA NENÊS NASCEREM DEFORMADOS

Enquanto o Jair-vai-com-o-Donald fazia o maior auê acerca da cloroquina, acreditando que o remédio contra a malária pudesse servir como uma droga milagrosa para o combate à Covid-19, três semanas atrás eu já recomendava cautela.

Relembrei, neste sentido, um episódio emblemático de medicamento desviado de sua finalidade original e utilizado sem testes ou com testes insuficientes, cujos resultados foram desastrosos: o caso da talidomida, em 1959 nos EUA (vide aqui).  Como consequência, cerca de 10 mil crianças nasceram horrivelmente deformadas.

Não deu outra: depois que a febre da cloroquina estimulou seu uso precipitado em grande escala pelo mundo afora, começaram a pipocar casos de morte em todo lugar. Para culminar, estudos recém-divulgados por respeitadas agências estadunidense e francesa concluíram tratar-se de uma roubada.

Então, os irresponsáveis que, movidos por suas obsessões ideológicas, brincaram com a vida alheia, simplesmente silenciaram, deixando de sequer proferir a palavra cloroquina

Eis uma constatação da influente newsletter de mídia da CNN, nesta 4ª feira, 22:
"Após semanas de cobertura incansável, hypando o remédio antimalária como um tratamento que poderia mudar o jogo contra o coronavírus, a Fox News praticamente parou de mencioná-lo. O mesmo aconteceu com Trump, que não o menciona há uma semana".
Trump, Bolsonaro e outros aprendizes de feiticeiro que, movidos por suas obsessões ideológicas, se comportaram com leviandade criminosa, nem sequer pedirão desculpa às famílias de quem neles acreditou e foi parar no cemitério. (por Celso Lungaretti)

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