terça-feira, 26 de novembro de 2019

BLABLABLÁ DO LULA FAZ LEMBRAR A MALANDRAGEM DO ZITO NO FUTEBOL

Ao mesmo tempo em que descarta o engajamento do PT no Fora, Bolsonaro!, sinalizando que a intenção do partido é voltar ao Palácio do Planalto pela via eleitoral no dia 1º de janeiro de 2023 e que se lixe quem não aguenta mais o trem fantasma da governança neofascista, Lula deixa também perceber que até lá usará e abusará do jus sperniandi, substituindo ações concretas por discursos inflamados.

Assim, acaba de declarar que é impossível ter "condescendência" com as aberrações do presidente miliciano e seus freaks, pois se trata, diz ainda ele, de um "governo de destruição do país, dos direitos, da liberdade e até da civilização". 

Quem se contenta com pastéis de vento receberá, portanto, pratos cheios deles doravante, enquanto continuará tendo de suportar  resignadamente sua via crucis por mais três intermináveis anos.

A postura do Lula me fez lembrar uma esperteza do grande capitão da fase áurea do Santos e líder de fato do bicampeonato brasileiro, José Ely de Miranda, o Zito

[Os capitães nominais do escrete eram os pacatos Bellini (1958) e Mauro (1962), mas a autoridade moral sobre os colegas pertencia toda ao vibrante Zito.]

Quando o Santos estava sendo garfado pelo árbitro em plena Vila Belmiro e a torcida espumava de raiva, ameaçando até invadir o gramado, o Zito ia falar com o soprador de apito, gesticulando energicamente. 

Parecia estar passando o maior sabão no juiz ladrão e, vendo isto, a galera se acalmava.

Só que as palavras ditas baixinho, acompanhando o gestual agressivo, eram exatamente o oposto do que se imaginava: ele falava ao árbitro que suas decisões estavam sendo corretas e que os jogadores do Santos as respeitariam.

Ou o Lula conhece esta história, ou está agindo igualzinho porque coloca sua ambição pessoal acima da indignação dos brasileiros, assim como Zito não levava a sério a ira santa da torcida.

Para o primeiro a prioridade absoluta é reconquistar a presidência da República; para o segundo, eram as vitórias e títulos. 

Quanto aos iludidos por suas malandragens manipulatórias, como diz um velho provérbio português, quem é burro, peça a Deus que o mate e ao diabo que o carregue. (por Celso Lungaretti)

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