quarta-feira, 18 de julho de 2018

ILUSÃO PETISTA DESFEITA: DIAS TOFFOLI NÃO PAUTARÁ LOGO A REDISCUSSÃO DA PRISÃO DE CONDENADOS EM 2ª INSTÂNCIA

"HumPTy DumPTy num muro se aboletou,
HumPTy DumPTy lá de cima despencou.
Todos os cavalos e os homens do rei a arfar
Não conseguiram de novo lá para cima o içar"
(cantiga infantil da era vitoriana)
Por quanto tempo o PT ainda continuará fazendo de conta que Lula vai participar da eleição presidencial de 2018?

É simplesmente incompreensível a insistência em tal possibilidade impossível. Deus e o mundo da política sabem há meses que sua condição de ficha suja será confirmada tão logo o PT tente registrar a candidatura do Lula e que sua permanência na prisão se prolongará até a realização do pleito, para que nem como cabo eleitoral ele possa atuar eficientemente.

Para não se curvarem à evidência dos fatos e às certezas de bastidores, os dirigentes petistas levantavam a fantasiosa hipótese de o Supremo Tribunal Federal reconsiderar sua postura quanto à prisão de condenados em 2ª instância.

O primeiro choque de realidade foi quando se tornou evidente que Carmen Lúcia não pautará a rediscussão do assunto até o término de sua passagem pela presidência do STF, em 11 de setembro.

No dia seguinte assumirá Dias Toffoli, que acaba de afirmar o seguinte à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo:
"A presidência do STF muitas vezes leva quem a está exercendo a votar contra seu próprio convencimento em defesa da instituição".
Mônica explica qual a mensagem que está nas entrelinhas: 
"O magistrado evita falar de casos concretos. Mas já deixou claro a colegas do Supremo, p. ex., que não pautará as ações que questionam a prisão de condenado em 2ª instância antes do 2º turno das eleições presidenciais —mesmo sendo favorável à revisão do tema".
Noves fora, as reais e únicas opções que o PT tem neste exato instante são:
  1. continuar participando das farsas eleitorais da democracia burguesa, o que implicaria a escolha de um candidato de verdade em suas fileiras ou o apoio a um candidato de verdade de outro partido de esquerda; 
  2. reconhecer que, com as contradições do capitalismo aproximando-o cada vez mais da implosão final, as farsas eleitorais nem sequer conveniência tática têm mais para os explorados, o que implicaria o redirecionamento da atuação petista, deixando de coonestar o jogo de cartas marcadas da democracia burguesa e passando a priorizar as lutas sociais e a acumulação de forças para uma ruptura revolucionária.
O resto é conversa pra boi dormir.

Um comentário:

Henrique Nascimento disse...

Ontem o Lula teve uma visita ilustre: Renan Calheiros. O próximo deve ser o Sarney.

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