O candidato Jair Bolsonaro da extrema-direita brasileira, é uma espécie de ressurreição de Enéas Carneiro e o seu Prona, bem como de Plínio Salgado e seus integralistas, conhecidos como galinhas verdes.
Sofre da mesma rejeição da extremista francesa de direita, Marine Le Pen: tem um entusiasmado eleitorado conservador, nacionalista e reacionário, capaz de levá-lo até a vencer o primeiro turno das eleições presidenciais, porém não irá além de um máximo de 30% dos votos, um terço do eleitorado.
Na França, por duas vezes a Frente Nacional, o partido da extrema-direita, chegou ao segundo-turno. Na primeira, com seu fundador, Jean-Marie Le Pen; e, na segunda, com sua filha, Marine Le Pen.
A possibilidade de ter na presidência da França alguém considerado como próximo do nazifascismo fez com que, nessas duas vezes, todos os partidos democráticos, de direita e de esquerda, se unissem para evitar o desastre.
Assim, Jacques Chirac venceu com 82% dos votos e Macron, um neoliberal, recebeu 66% dos votos, deixando para Marine Le Pen 34%. Mesmo a contragosto, o eleitorado de esquerda foi votar em Chirac e Macron, barrando assim o caminho aos que representam as ideologias derrotadas na 2ª Guerra Mundial.
Assim, Jacques Chirac venceu com 82% dos votos e Macron, um neoliberal, recebeu 66% dos votos, deixando para Marine Le Pen 34%. Mesmo a contragosto, o eleitorado de esquerda foi votar em Chirac e Macron, barrando assim o caminho aos que representam as ideologias derrotadas na 2ª Guerra Mundial.
Le Pen pai e filha: desastres evitados na França. |
É simples, as sondagens divulgadas no último domingo (15) pela Folha de S. Paulo dão 14% para Marina e 8% para Joaquim Barbosa. Unindo-se os dois, termos 22% bem na frente de Bolsonaro. Esperemos que o PT, na campanha eleitoral, não queira destruir, como fez em 2014, a concorrente de esquerda, para ser possível uma união no segundo turno.
Cabe a nós evitarmos este desastre aqui! |
Quem sabe chegou a hora do PT ter coragem de fazer sua autocrítica, reconhecer não ter o monopólio da esquerda e das lutas sociais.
Mas, nesta altura, embora tendo sido um partido de diversas esquerdas na sua criação, é legítima a pergunta: o PT é ainda um partido de esquerda ou um partido populista que apostou no culto pessoal, perdeu seu programa e não preparou ninguém para ocupar o lugar de Lula?
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