sexta-feira, 27 de outubro de 2017

CULTOS AFRO-BRASILEIROS DENUNCIARÃO INTOLERÂNCIA RELIGIOSA À OEA. ELES MERECEM NOSSO TOTAL APOIO!

Celso Lungaretti
A notícia abaixo é da repórter Denise Mota, da Folha de S. Paulo, e diz respeito a uma iniciativa que conta com o meu total e irrestrito apoio. Trata-se, aliás, de um dos motivos pelos quais me repugnou tanto ver a Dilma, na campanha eleitoral de 2014, caçando votos na maje$to$a pirâmide paulistana do Edir Macedo. 

Além de tudo, os mercadores da fé são também caçadores de bruxas, pois precisam de um inimigo qualquer para assustarem o seu rebanho (é bom para os negócios...). 

Se puder comparecerei, por uma razão de coerência: há meio século luto contra todas as formas de obscurantismo e fanatismo religioso. 

"Na próxima 2ª feira, 30, líderes de instituições que representam cultos de matriz africana apresentarão uma petição na Câmara Municipal de São Paulo, às 19h, que será endereçada à Corte Interamericana de Direitos Humanos. No documento, representantes de organizações de todo o país, ao lado de um grupo de juristas, denunciarão os crescentes casos de intolerância religiosa e pedirão providências concretas.

'São dois os objetivos principais: requerer uma audiência pública na Corte, para que o Estado brasileiro dê explicações sobre a grave e crescente intolerância que vitimiza fiéis das religiões afro-brasileiras em todo o país. 


E instaurar um processo visando obter uma sentença que condene o Brasil a indenizar as vítimas de intolerância religiosa, aperfeiçoar o aparato normativo, dotar recursos financeiros e implementar políticas públicas de prevenção ao discurso de ódio religioso', explica o advogado Hédio Silva Júnior, ex-secretário da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.


A assinatura da petição estará aberta a toda a população. A iniciativa parte de instituições como as casas matrizes da Bahia, o Axé Batistini, a União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, o Superior Órgão de Umbanda, o Coletivo de Entidades Negras e o Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira, entre outras.


O documento também elencará uma série de atos que configuram violações aos direitos dos praticantes de qualquer religião, garantidos pela Constituição brasileira, mas diluídos no dia a dia real, em 'um fosso que separa a legislação e o cotidiano de impunidade', como afirma Silva Júnior. 

São casos de ataques físicos, depredações de templos, torturas, ameaças, destruição de patrimônio, ofensas verbais, constrangimentos e humilhações de crianças em escolas, recusa de funcionários públicos em atender candomblecistas e sentenças judiciais que negam o caráter de religião ao candomblé, à umbanda, ao batuque e a outras expressões de fé afro-brasileiras".

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